Um químico gostaria de definir sais como sendo compostos iônicos, os quais possuem um tipo de íon negativo(s), exceto pelo o íon hidróxido (OH-), e de íons positivo(s), exceto pelo o íon de hidrogênio (H+). Mas para as pessoas comuns, um “sal” é muitas vezes um sinônimo para o sal comumente usado na alimentação.
Em sentido estrito, isto não é um pressuposto correto. O sal é um sal, mas nem todos os sais são sais de mesa. Em nosso dia a dia, muitas vezes, nos deparamos com outros tipos de sais como NaHCO3 (hidrocarbonato de sódio), que é utilizado para aliviar problemas de estômago, ácidos, NH4Cl (cloreto de amônio) como suplemento alimentar para o gado, etc.
Os sais são formados quando “ácidos” e “bases” sofrem uma reação química em conjunto. Isto resulta na formação de água e um composto neutro, que é conhecido como sal. Sais são substâncias fascinantes. No estado sólido os sais são isolantes, mas sob a forma fundida são excelentes condutores de calor e eletricidade. Quando uma pitada de sal é dissolvida em água, ela torna-se um condutor de eletricidade. Isso acontece por causa dos íons presentes no sal. No estado fundido e em forma dissolvida, esses íons são livres e, portanto, são capazes de conduzir eletricidade.
Mas de onde é que estes sais vêm? As respostas variam de acordo com o composto de sal que estamos interessados. Suas fontes naturais incluem minas, o mar ou partes secas do oceano. Quando se trata de sal de cozinha (NaCl), as fontes são diversas, variando das montanhas do Himalaia aos oceanos. Mas aqui nós vamos nos concentrar em como esta parte importante da nossa dieta é extraída dos mares.
Extração
A fórmula química ou química de taquigrafia para o sal de mesa é “NaCl”. Na significa um átomo de sódio e Cl significa um átomo de cloro, o que significa que para cada átomo de sódio há um átomo de cloro. A proporção dos elementos é 50:50. O NaCl é uma substância cristalina e tem “simetria face cúbico centrada “, ou, em suma, tem estrutura FCC. Quando colocado em água, ou qualquer outro líquido polar, a estrutura é interrompida e se decompõe em seus íons – Na e Cl.
Agora, esta reação ou processo é reversível – se a água ou o líquido polar no qual o sal está dissolvido evaporar, aquecendo-o ou colocando-o ao sol, os cristais reaparecem, assim teremos nosso sal de volta. Este é o princípio básico que é usado para separar o “sal” da “água do mar” – a fonte mais comum de sal de mesa.
Em princípio, grandes lagoas ou reservatórios são construídos perto da beira-mar onde água deverá acumular, por bombas e outros meios artificiais. Os reservatórios são mantidos abertos, o que significa que muita luz do sol irá cair sobre eles. Eles se aquecem, aquecendo a água, que aumenta a sua velocidade de evaporação e depois de um certo período de tempo, normalmente alguns dias, apenas o sal é deixado nos reservatórios. Agora, este não é o “sal de mesa”, apesar de constituir uma parte significativa do resíduo. Há ainda uma série de processos aos quais este resíduo será submetido antes de chegar a nossas mesas. Mas, com a água já separada, o “sal de cozinha” já está em uma forma reconhecível.
O corpo humano não pode funcionar sem sal. Não é de se surpreender, portanto, que o sal tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento humano e da civilização. O sal foi o primeiro conservante de alimentos, permitindo que os humanos pudessem viajar e negociar mais longe do que nunca. O sal era também uma forma primitiva de pagamento. A palavra “salário” vem da palavra romana “salarium”, quando os soldados eram parcialmente pagos com sal. Tão importante quanto o sal tem sido para nossa sobrevivência, os seres humanos tem sorte de a água cobrir mais de 70 por cento da superfície da Terra, e 97 por cento de tudo isso é salgado.
Extração Manual do Sal
Para retirar o sal da água do mar, primeiro você deve coletar um pouco de água do mar em um lago, lagoa ou outro reservatório. Isso protege a água das marés do oceano. O reservatório pode ser uma criação natural, tal como uma lagoa ou lago. Mas os melhores reservatórios têm fundos que evitam que a água do mar vaze a partir de lixiviação no solo.
Em seguida, exponha sua água do mar para o sol. Você estará usando evaporação solar para fazer o seu sal. Água do mar natural é de aproximadamente 3 por cento de sal. Você vai permitir que a água evapore até que sua água esteja com aproximadamente 5 por cento de sal. Agora é chamada solução salina, uma mistura concentrada de água e diferentes sais dissolvidos, incluindo o sulfato de cálcio (cal), carbonato de cálcio, magnésio, potássio, bromo e outros compostos de sódio.
Em seguida, você irá drenar a água salgada através de uma série de lagoas de evaporação ou bacias para desviar o sulfato de cálcio (cal). Alguns “fazedores de sal” sabem que é hora de drenar a água salgada quando a água fica vermelha. A cor vermelha vem de algas que mudam de cor em altas concentrações de sal.
Agora você deve drenar a salmoura em lagoas de colheita ou. Isto é, onde o cloreto de sódio – sal – finalmente cristaliza no fundo dos tanques. Uma vez que o sal cristaliza no fundo do reservatório, é necessário bombear a “água-mãe” ou “solução-mãe”. Existem ainda os minerais valiosos na água-mãe. Por exemplo, você pode colher de sal Epsom (sulfato de magnésio), um fertilizante popular.
Em seguida, deve-se retirar o sal. Você pode usar colheitadeiras mecânicas ou de trabalho manual para recolher o sal cristalizado da lagoa de colheita. Finalmente, você deve lavar o sal e empacotá-lo para venda ou uso pessoal.
