Quantas vezes alguém olha para o céu durante toda a sua vida? E quando olha será que imagina sobre quantas coisas acontecem no infinito a cada segundo?
O universo é muito mais que um céu azul… Ele é um fenômeno maravilhoso!
A palavra colisão nos faz pensar imediatamente em batida ou em choque entre duas ou mais coisas. Porém, em se tratando de colisão entre galáxias vemos que as palavras choque e batida não se encaixam. Porque, entre galáxias colisão, que vem de colidir, tem outro significado. Na verdade, quando os astrônomos usam a expressão colisão entre galáxias eles querem dizer que uma galáxia passou através diretamente de outra e, que essa passagem ocorreu em um momento suficiente para que não acontecesse uma junção entre elas.
Mesmo passando uma pela outra, o que pode nos fazer pensar que não ocorre nenhuma alteração significativa em nenhuma das duas galáxias, na verdade não é bem assim. Porque, dentro das galáxias existem poeira e gás e quando acontece uma colisão, ainda que uma galáxia passe através da outra, essas duas substâncias, gás e poeira, vão interagir. Cada vez que isso ocorre podemos estar sendo presenteados com a aparição de novas estrelas no céu. Isso, porque cientificamente falando pode ocorrer que novas estrelas se formem a partir do processo que acontece após esse tipo de colisão.
Outra coisa bastante interessante é que após colidirem, uma ou até as duas galáxias pode ter a sua forma modificada. Em algumas vezes as modificações que ocorrem são tão grandes que os astrônomos percebem: barras, onde antes não tinha anéis e até mesmo formas bastante semelhantes a caudas.
Contudo, devemos ressaltar que, de acordo com os estudiosos, as estrelas que já existem dentro de uma determinada galáxia nada sofrem durante a colisão. Isso, porque elas não se colidem enquanto vão passando umas pelas outras.
Mas, também pode acontecer de o tempo que é chamado pelos estudiosos de momento relativo das galáxias, não ser suficiente para a passagem de uma galáxia por dentro da outra galáxia. E, nesses casos as duas se colidem. As duas galáxias que se colidiram se unem de uma maneira gradual, aos poucos, e o resultado é a formação de uma galáxia com maior volume, ou seja, uma galáxia maior.
Quando essa união entre duas galáxias que se colidem acontece, ocorrem modificações de grande significado nas suas formas, principalmente se for feita uma comparação com as formas originais das galáxias. As galáxias não têm formas iguais e diferem muito também umas das outras com relação ao tamanho. O que faz o tamanho de uma galáxia ser maior ou menor é a quantidade de massa que ela contém (gás, poeira, estrela). Em uma colisão entre galáxias com tamanhos muito diferentes a galáxia maior nada sofre, porém a menor após a colisão é totalmente feita em pedaços. Essa ocorrência é conhecida entre os estudiosos pelo nome de canibalismo. Elas não acontecem de um momento para o outro. Astrônomos do mundo inteiro vivem com a atenção voltada para o espaço e estudando cada modificação que nele ocorre por menor que possa parecer.
A colisão entre galáxias é um processo longo. A partir do momento em que ela é iniciada até o instante em que realmente acontece pode levar milhões de anos (pela nossa escala de tempo) e, em alguns casos esse tempo pode levar bilhões de anos.
No dia 6 de agosto de 2007 ocorreu uma colisão entre quatro galáxias resultando na liberação de bilhões de estrelas espalhadas no cosmos. Essa colisão foi observada no observatório da Nasa. Segundo os observadores desse observatório espacial (Nasa), ela foi considerada na história da astronomia como uma das maiores. Quando terminar o processo dessa colisão, o resultado será a fusão dessas quatro galáxias, onde se transformarão em uma única galáxia com volume de massa 10 vezes maior do que a galáxia onde se localiza o sistema solar e onde se encontra a Terra. A Via Láctea.
Os observadores do observatório espacial da Nasa fizeram a descoberta dessa fusão de modo acidental, enquanto tinham suas atenções voltadas para outras pesquisas. Porém, passaram a analisá-la e, concluíram após estudos que apesar de nessa fusão estarem envolvidas 4 galáxias, a quantidade de gás é muito pouca, diferente do que foi notado em outras fusões, que foram descobertas.
Com essa nova descoberta, segundo os estudiosos do assunto, foi reforçada a teoria que as galáxias que existem atualmente no universo, foram formadas após grandes fusões recentemente.
Ainda baseado em estudos, os observadores afirmam que a Galáxia de Andrômeda daqui a aproximadamente quatro bilhões de anos começará uma fusão com a Via-Láctea, a nossa galáxia. É interessante observar que no momento atual a Galáxia de Andrômeda se encontra a uma distância de 2.5 milhões de anos-luz da Via-Láctea. O mais incrível é que essa colisão acontecerá apesar do que está acontecendo com a maioria das outras galáxias, que aproveitando a expansão do universo estão cada vez mais se distanciando umas das outras. Porém, a colisão entre a Galáxia de Andrômeda e a Galáxia Via-Láctea acontecerá porque uma está sendo atraída pela outra. No entanto, de acordo com estudos feitos por observadores de observatórios espaciais, é pouco provável que aconteça uma colisão entre as estrelas de ambas as galáxias, pelo fato de elas estarem muito distantes umas das outras.
Após essa colisão (Galáxia Via Láctea e Galáxia de Andrômeda) será formado novo centro de galáxias em órbitas aleatórias. É para essas órbitas que as estrelas seguirão após a fusão. Devido a isso (formação do novo centro), serão levados para outra localização da Via-Láctea todos os outros corpos que compõem o sistema solar que conhecemos, inclusive o sol.
Na Galáxia Via-Láctea, o sistema solar está localizado em uma região bem centralizada. Mas, ao ser movido para outra região ele ficará muito distante do centro, provavelmente. Porém, não há nenhuma previsão de destruição dos astros que compõem o sistema. Quando o processo de fusão entre as Galáxias de Andrômeda e a Galáxia Via-Láctea estiver terminado no universo haverá uma galáxia imensa, resultado da fusão entre as duas. Porém, ela só se completará daqui a mais de 2 bilhões de anos.
http://www.youtube.com/watch?v=jkwBNMy69eQ