A televisão, desde a sua chegada ao Brasil em meados do ano de 1950, é a 2° fonte de comunicação mais utilizada no país, sendo superado pelo rádio, que pode ser captado em locais bastante distantes e de difícil acesso. Podemos concluir então, que a televisão faz parte do cotidiano da população. Através dela, notícias boas, tragédias, diversão e entretenimento estão cada vez mais presentes nas casas das pessoas. E não poderíamos nos esquecer de um dos passatempos preferidos das donas de casa brasileiras: A telenovela. Algumas prendem a telespectadora ou telespectador, que espera ansiosamente pelo próximo capítulo. O horário que essas obras passam são sempre seguido nos lares, o que cria certo respeito pelas novelas. Mas, antes das telenovelas, algo já iniciava esse novo tipo de entretenimento: A rádio novela. Antigamente, depois do jantar, a família se reunia diante do aparelho de rádio e ouvia, atentamente, a cada fala dos artistas. Foi a base necessária para que a telenovela nascesse.
O Início das Telenovelas
As telenovelas tiveram início no longínquo ano de 1951, mais precisamente em 21 de dezembro. A rede Tupi, a primeira emissora de televisão da América latina colocava no ar ‘’Sua Vida Me Pertence’’, com atores de peso como Lima Duarte. Ela não era transmitida diariamente, somente duas vezes, semanalmente. A sua duração foi curta: Menos de 30 capítulos. Foi também a pioneira na arte do beijo, sendo a primeira a transmitir, em rede nacional, uma cena de beijo. Nada extravagante, e pode ser comparado a um mero selinho. Depois, vieram outras obras, como ‘’Gabriela’’, baseada na obra literária de Jorge Amado (Teve dois remakes: Um em 1975, com Sônia Braga como Gabriela e em 2012, com Juliana Paes no papel principal), ‘’Éramos Seis’’, ‘’Saramandaia’’, ‘’Roque Santeiro’’ entre outras produções.
Globo
Quando falamos em novelas, logo nos vem à cabeça a Rede Globo, uma das pioneiras das telenovelas brasileiras. Suas produções são reconhecidas no mundo inteiro, tanto pela qualidade da produção, quanto da escolha dos atores. Como já dito, as novelas da Globo estão presentes em vários países, já que a emissora vende as suas produções no exterior. Portugal e Argentina são exemplos de países onde as novelas são exibidas nos canais.
Núcleo “Malvado” das Novelas
Mas, em todas as produções noveleiras, é indispensável a existência do mocinho e do vilão, que costuma ser ‘’massacrado’’ nos comentários das donas de casa pelo Brasil afora. Os atores que interpretam tais personagens de má-índole estudam e muito para que o comportamento do vilão ou vilã esteja adequado com o enredo da produção. Geralmente, antes ou depois que a novela entra na reta final, os vilões começam a sofrer e, no final, morrem de alguma maneira trágica. Isso, atualmente, não ocorre frequentemente. Agora, alguns vilões ainda se dão bem, mesmo depois de todas as malandragens e falcatruas cometidas por eles. Um exemplo é a vilã Tereza Cristina, interpretada por Christiane Torloni, em Fina Estampa. Depois de quase matar Griselda (Lília Cabral), fugir de barco com Pereirinha (José Mayer) e aparentemente morrer após o naufrágio do barco, reaparece na cena final da novela. E, ultimamente, muitos vilões e muitas vilãs marcaram a história da teledramaturgia brasileira. Logo mais, iremos listar as melhores vilãs de todos os tempos.
As 5 Melhores Vilãs de Todos os Tempos
Vamos agora, listar 5 das maiores vilãs de todos os tempos da teledramaturgia brasileira, além da que mais causou impacto no mundo noveleiro. Você, certamente, vai se lembrar delas e também das novelas nas quais elas apareceram. Vamos começar com a quinta colocação.
05° – Tais (Alessandra Negrini) – “Paraíso Tropical” – 2007
Quem não se lembra das gêmeas Paula e Taís? Ambas são filhas de Amélia, uma cafetina. No começo, nenhuma das duas tinha conhecimento da existência de uma irmã gêmea. Quando se encontraram, Taís resolveu fingir ser uma pessoa boa. Mas o que ela queria mesmo era causar a discórdia entre sua irmã e Daniel (Fábio Assunção). Depois de quase matar sua irmã e se colocar em seu lugar, a vilã é desmascarada e morre envenenada por gás de cozinha por Olavo (Wagner Moura).
http://www.youtube.com/watch?v=XyKE9pBogrU04° – Clara (Mariana Ximenes) “Passione” – 2010
Uma moça ingênua, que trabalha como empregada na casa de uma família que é proprietária da maior fábrica de bicicletas do Brasil, os Gouveia. Depois de descobrir que a patroa tem um filho perdido na Itália, a boa moça revela a sua índole e vai atrás dele, querendo conquistá-lo a fim de, depois que casar-se com ele e fazê-lo assinar papéis passando a parte da empresa que lhe caberia para ela, matá-lo. Esse plano quase deu certo. Depois que o Italiano descobriu toda a verdade, simulou um assalto em sua casa e, em determinado momento, a arma do ladrão caiu aos pés de Clara. Já com a intenção, atirou em Totó (Tony Ramos), que simulou também a sua morte. Depois de desmascarada, Clara tenta fugir da polícia, mas acaba ‘’morrendo’’ num acidente de carro. É revelado no último capítulo que Clara estava viva e foi ela quem matou Saulo (Werner Schünemann).
03° – Flora (Patrícia Pillar) “A Favorita” – 2008
Essa vilã não poderia faltar na nossa lista. Ela conseguiu passar um ar de ingenuidade e carinho para aqueles que a acusavam de matar Marcelo Fontini, que era filho de Irene Fontini (Glória Menezes) e Gonçalo Fontini (Mauro Mendonça). Depois de acusar Donatela (Claudia Raia) e manipular a sua filha biológica contra a mãe adotiva, é revelado que é a verdadeira vilã. Depois de matar vários personagens, como Gonçalo e Dodi (Murilo Benício), Flora é desmascarada, leva um tiro de sua filha Larissa (Mariana Ximenes) e acaba presa.
02° – Laura (Cláudia Abreu) “Celebridade” – 2003
É uma das melhores vilãs da primeira década de 2000. Tenta obter tudo o que a estilista Maria Clara (Malu Mader) tem e se tornar uma pessoa semelhante a ela. Consegue o que queria, mas, logo perde tudo e vai para a cadeia. Antes disso, Maria Clara acerta as contas com Laura, e a esbofeteia muito, sendo essa cena uma das melhores em novelas.
01° – Odete Roitman (Beatriz Segall) “Vale Tudo” – 1988
Não poderíamos deixar de fora da nossa lista uma vilã que é considerada a melhor de todas. Depois de executar todas as maldades possíveis, acaba sendo morta por Leila (Cássia Kiss). O pior de tudo é que a morte foi um engano, já que Leila imaginou que era Maria de Fátima (Glória Pires). A assassina só foi revelada no último capítulo. Durante o período, o assunto predominava nas rodas de conversas e entre donas de casa: “Quem Assassinou Odete Roitman?”. O Ibope aponta que, no dia do assassinato, a novela ultrapassou os 80 pontos, beirando a mais de 90. No fim da novela, cerca de 90 beirando a 95.
E, agora, Vamos Para a Vilã Que Mais Impactou a Primeira Década de 2000:
Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) “Senhora do Destino” – 2004
Essa é uma vilã que todos se lembram, com certeza. Depois de seqüestrar e criar a filha de Maria do Carmo (Susana Vieira) tenta convencê-la a não procurar a sua mãe verdadeira, depois de um comercial na TV. Isabel (Carolina Dickemann) passa a conviver com a mãe biológica. Assim que Isabel tem uma filha com Edgard, Nazaré seqüestra a criança e vai para uma ponte. Depois de entregar a criança para a mãe, se desculpa pelas maldades e suicida-se, jogando da ponte.
O seu linguajar, ao se referir a Maria do Carmo é inesquecível, como “Anta Nordestina”. Além disso, a tesoura e a escada da sua casa dão indícios da mente psicopata da vilã. Ela e Maria do Carmo tiveram um embate, no qual Maria a espancou. Isso elevou e muito o nível de audiência.
Por Francisco Prado