Grande escritor que marcou época, um dos mais importantes da literatura brasileira. Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos nasceu em 27 de Outubro de 1892, em Quebrangulo, Alagoas. Garoto prodígio, com apenas 8 anos dirigia um jornalzinho, onde publicou sua primeira obra o conto “Pequeno mendigo” Mudou-se para Palmeiras dos Índios, Alagoas em 1928, trabalhando como jornalista conseguiu o cargo de prefeito da cidade, mas 2 anos após seu mandado ele renunciou o cargo. Em 1933 lançou se primeiro livro, o romance “Caetés”, nessa mesma época dirigia a imprensa oficial e a instrução pública.
Prisão
Em Março 1936 foi demitido de seu cargo na instrução publica e foi preso por suspeita de ligação com o comunismo. Passou por vários presídios, ficou preso por 10 meses, nesse tempo sofreu várias humilhações, retratadas em seu livro “Memórias do Cárcere”, publicado após sua libertação. Com a queda de Getúlio Vargas e sua ditadura, Graciliano se une ao Partido Comunista Brasileiro em 1945, e em 1948 descreve no livro “Viagem” sua experiência nos países socialistas do Leste Europeu.
Suas obras
Graciliano Ramos gostava de reescrever suas obras, pois achava desnecessário muitas palavras para dizer o que pensava, tanto que em 1938 estava preste a lançar o livro “O Mundo Coberto de Penas” e de última hora resolveu alterar o título para “Vidas Secas“, que se encontra dentre suas muitas obras publicadas, a diferença é que esse romance foi o que mais se destacou , nele Graciliano passa para o leitor como era a vida no sertão do nordeste brasileiro, e a dificuldade que as pessoas encontravam para sobreviver, seu conteúdo fala também sobre a opressão social e a seca, sua atenção com as palavras contagia e comove o leitor nessa belíssima obra que retrata a miséria, a fome, a dificuldade de socialização, falta de instrução, mostra enfim as condições subumanas passadas por seus personagens. O triste é saber que, ainda, em pleno século XXI esse povo ainda vive em plena miséria, e sofre opressões. Dentre outras obras, podemos citar também “Angústia” (1936) publicado enquanto Graciliano se encontrava preso, a obra foi escrita em primeira pessoa, retrata a vida de Luís da Silva, um personagem solitário, que após conseguir namorar com sua tão sonhada vizinha Marina,acaba perdendo-a para Julião Tavares, um rapaz do qual ele vive a remoer raiva e ciúme. Luís da Silva começa então a viver em plena angústia e castigo de si mesmo por um crime que ele cometeu. com este livro Graciliano conseguiu o prêmio “Lima Barreto” da Revista Académica.
Perde -se um escritor
Em 20 de Janeiro de 1953, o Brasil perdeu seu melhor romancista da segunda fase do Modernismo Brasileiro. A maioria das escolas universitárias brasileiras que se prezam, utilizam até hoje as obras de Graciliano Ramos em seus vestibulares.