Cidades-Fantasma Pelo Mundo

O planeta Terra é muito grande, isso é inegável, embora existam vários outros planetas que são muito maiores. Mas não é disso que estamos falando. Dizemos que o planeta é muito grande, pela existência de vários países com milhares de cidades, bairros, ruas, enfim. Pessoas.

Aliás, falando em cidades, vimos que muitas crescem devido á atividade econômica na área, que pode ser tanto industrial, como também extrativista ou agropecuária. E, geralmente, para se manter, é necessário que essas atividades gerem lucro e, por fim, atraiam mais pessoas para se tornarem moradores da cidade e, também, crescer junto com o desenvolvimento da cidade.

Mas, e quando as atividades econômicas começam a apresentar declínio? Pois bem, algumas cidades vão caindo de habitantes e entrando em falência, até poder achar outros investimentos que a reergam.

Entretanto, muitas vezes essas cidades são abandonadas por completo pelos seus habitantes, em busca de emprego para conseguir sobreviver. E o resultado é várias cidades-fantasma deixadas ao relento, e sofrendo com as intempéries do tempo. E é sobre isso que iremos falar no nosso artigo de hoje. Aqui iremos conhecer algumas cidades-fantasma existentes no mundo, e o porque de seu abandono. Vamos lá?

As Cidades- Fantasma

As cidades que serão apresentadas a você a seguir são alguns exemplos que, de um momento de ápice de habitantes, a cidade, de uma hora para a outra se viu completamente vazia, tendo o passar do tempo como companheiro. Veja.

Bodie

Bodie é a nossa primeira cidade fantasma da lista. Situada na Califórnia, Bodie chegou a ser o maior município do estado, e foi habitado por pessoas que queriam, a todo custo, se aproveitar das minas de ouro para se enriquecerem, chegando a cidade a ter cerca de 9.000 habitantes.

Bodie

Bodie

Depois que as minas auríferas se esgotaram, a população foi abandonando Bodie, já que não havia outra atividade econômica na área. E hoje, a pequena cidade fantasma guarda algumas relíquias daquela época, como alguns prédios que ainda resistem de pé, lojas, casas e até uma pequena igreja. Bodie hoje é um reduto para turistas.

Fordlândia

A cidade de Fordlândia fica no Brasil, no estado do Pará. Como o nome sugere, tem algo a ver com Henry Ford, fundador da Ford, uma das maiores montadoras de carros do mundo. A cidade foi criada com um único propósito: abrigar seringueiros para a extração de látex das árvores a fim de ser utilizada na fabricação dos pneus que equipavam os carros de sua companhia, isso porque o látex era proveniente da Malásia, que naquela época ainda era uma colônia britânica.

Os que trabalhavam na Fordlândia viviam como trabalhadores Estadunidenses, por exemplo, comendo hambúrgueres e vivendo em casas também do estilo dos EUA, além do uso de crachás e outros.

Depois que Henry Ford morreu, seu neto Henry Ford II assumiu o controle da companhia, e, um de seus primeiros decretos, foi o encerramento da atividade seringueira na Fordlândia.

Desde então, apesar de pertencer ao governo, o local está abandonado, mas com algumas construções que remetem, e muito, para aquele tempo onde a produção era massiva.

Sanzhi

A cidade fantasma de Sanzhi está localizada em Taiwan, e foi concebida para ser a cidade do futuro. Isso era bastante claro, basta ver pela concepção das moradias. Todas feitas circularmente, se assemelhando discos voadores.

Segundo fontes, a cidade futurística somente não foi para frente por que a construtora responsável pelo projeto veio a declarar falência antes dos términos das obras.

Mas muitos contam que vários assassinatos ocorreram no local e, depois da descoberta de restos humanos, decidiram parar com a obra. Atualmente a cidade continua parcialmente montada, com alguns problemas oriundos da falta de manutenção.

Chernobyl

Chernobyl é uma das cidades-fantasma mais famosas, já que a sua evacuação se deu por conta do acidente nuclear da usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, sendo o pior acidente nuclear da história da humanidade.

Chernobyl foi concebida, assim como Pripyat, para acomodar os trabalhadores na usina nuclear de mesmo nome. O problema ocorreu em abril de 1986, quando, depois de testes, o reator explodiu e liberou altas taxas radioativas no ambiente.

Tudo a um raio de 30 quilômetros da usina foi evacuado. Pela gravidade da situação, as pessoas saíram às pressas dessas duas cidades, muitas vezes levando somente documentos e as roupas do corpo.

Chernobyl

Chernobyl

Atualmente, passados mais de 20 anos da tragédia, o nível de radioatividade ainda é considerado alto para que o ser humano possa habitar. Mas há autorizações para quem deseja visitar, por um período de tempo bem curto, aproximadamente 10 minutos, para evitar os danos decorrentes da radiação.

Quem visita pode conferir como estão às construções, e observar objetos largados no chão, em mesas de escolas, em apartamentos, enfim.

Bannack

Outra cidade norte-americana na lista, Bannack tem o nome inspirado em uma tribo indígena. Está localizada em Montana, sendo fundada no ano de 1862. Assim como Bodie, Bannack foi uma cidade mineira, chegando a ter vários edifícios comerciais, tais como hotéis, cervejaria, mercearia, bilhares, entre muitos outros. E, depois que todo o metal precioso se esgotou, a cidade foi se esvaziando. Hoje, ela é parte integral do Bannack State Park.

A cidade conta com vários edifícios bem preservados, como dos hotéis, de uma escola e também uma igreja. Anualmente, é realizado um evento no local com o objetivo de relembrar os tempos da febre do ouro na cidade.

São João Marcos

Localizada no Brasil, a cidade de São João Marcos fazia parte do estado do Rio de Janeiro. Depois de várias incidências de malária na região e a maior parte da população sucumbir diante a esse fato, o governo decidiu remover a população que restou para as cidades vizinhas, para que o local onde se localizava a cidade pudesse se transformar em um enorme lago para a Represa de Ribeirão das Lages. As águas não chegaram a ocupar todo o espaço da antiga cidade, e, em 2011, um parque arqueológico foi criado no local, com o intuito de preservar e relembrar a memória da cidade hoje parcialmente engolida pelas águas.

Por Francisco Prado

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Categoria(s) do artigo:
Internacional

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