As telas LCD começaram a entrar no mercado na década de 1990 e hoje dominam o mercado de monitores para computador e já reclamam seu lugar de direito entre os televisores.
A tecnologia por trás do cristal líquido passou por aperfeiçoamentos nesse meio tempo, mas a essência por trás de sua qualidade de imagem ainda é a mesma. Vamos conhecer um pouco mais dessa tecnologia.
Cristal Líquido? É Líquido Mesmo?
Essa é uma pergunta bastante pertinente. É normal certa resistência das pessoas ao ouvir o nome “cristal líquido”. Como poderia a tela de seu computador ou a televisão da sua sala serem líquidos?
O LCD não é exatamente um líquido. Não se trata de algo sólido tampouco. O material usado na fabricação desse tipo de telas está em um estado especial entre o sólido e o líquido — entenda-se meio gelatinoso.
Estado Gelatinoso
Não é possível perceber esta textura do material, no entanto, pelos revestimentos aplicados sobre ele. Telas de LCD geralmente são compostas de 6 camadas de diferentes materiais.
Primeiramente um filme de polarização vertical, em seguida uma camada de substrato de vidro com eletrodos e traçado também vertical, o crista líquido propriamente dito, outra camada de substrato de vidro desta vez com traçados horizontais, outro filme polarizador — com traçados horizontais assim como o vidro — e por fim um espelho.
Tipos de Telas LCD
As telas LCD possuem diferentes modos de construção de acordo com as necessidades do produto final. Os dois tipos mais usados, e conhecidos, são as telas de matriz passiva e matriz ativa.
As telas de matriz passiva consistem em uma grade de alimentação para os pixels da imagem — um pixel é a menor parte de uma imagem digital. Esse tipo de LCD possui limitações para telas de tamanhos médios e grandes.
As telas de matriz passiva foram abandonadas aos poucos entre dispositivos em cores até que restassem apenas em telas preto e branco, como em relógios digitais e eletrodomésticos.
Visores LCD de matriz passiva coloridos podem ser facilmente reconhecidos pelas distorções de cor apresentadas ao se inclinar o equipamento. Você certamente já possuiu um celular ou câmera digital antigos com uma tela dessa natureza.
Telas LCD de matriz ativa, por outro lado, possuem a alimentação de seus pixels feita por uma camada de micro transistores. Essas telas permitem imagens mais nítidas com tempos de resposta muito menores que as antigas.
Matriz Ativa
Ainda permitem ângulo de visão de quase 180 graus sem quaisquer distorções. É o tipo mais usado em monitores, televisores e telas de gadgets em geral atualmente.
Telas LCD-LED
As telas LCD-LED são uma novidade no mercado. Essas telas entraram nas lojas com a promessa de imagens de maior qualidade e economia de energia. Essas telas não devem ser confundidas, no entanto, com telas OLED. A semelhança entre os nomes e a falta de informação entre vendedores são as principais causas para a confusão.
Telas LCD-LED possuem uma melhoria na iluminação de fundo em relação às telas LCD comuns. Esse tipo de tela, ao contrário da novíssima tecnologia OLED, ainda precisa de iluminação para mostrar suas imagens. É nessa hora que entra o LED. Esses componentes são usados simplesmente como iluminadores.
Melhor Iluminação
Telas OLED tem a capacidade de emitir luz por si próprias quando alimentadas com eletricidade sem a necessidade de uma luz de fundo. Esses dispositivos possuem espessuras muito menores às das telas LCD e consumo de energia ínfimo. Com o tempo as telas OLED substituirão as LCD assim como estas substituíram os antigos CRT.
Por Thiago Resende
