História Da Bolsa De Valores Do Brasil

Bolsa De Valores Do Rio De Janeiro

A Bolsa de Valores tem grande importância no mundo todo e se hoje vários países tem o pregão não era bem assim há uns 200 anos. A primeira Bolsa de Valores do Brasil foi a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que foi fundada no ano de 1845. Em seguida foram fundadas no Brasil outras bolsas de valores no Recife, Espírito Santo, Brasília, Minas Gerais, Salvador, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Paraná.

Bolsa De Valores Do Rio De Janeiro

Bolsa De Valores De São Paulo

Em São Paulo foi criada a Bolsa Livre por Emílio Rangel Pestana no ano de 1890. Essa bolsa não durou muito na capital paulista encerrando as suas atividades já no ano seguinte, 1891. O problema enfrentado pela Bolsa Livre foi uma crise que aconteceu no Brasil causada pela política do encilhamento.

Somente no ano de 1895 é que começaram a ser realizadas as atividades de negociação da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo. Após quase quatro décadas de atuação essa bolsa passou a ser chamada de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. Quando apareceram as sociedades corretoras, no ano de 1967, o nome mudou para Bolsa de Valores de São Paulo.

Uma curiosidade é que nesse tempo a bolsa funciona como grandes quadros negros em que se marcava as cotações. O período ficou sendo conhecido como Idade da Pedra, em nada se parecia com os painéis que não param de mudar as cotações dos dias de hoje.

Bolsa De Valores De São Paulo

BM&F (Bolsa De Mercadorias e Futuros)

A criação da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) aconteceu no ano de 1986 e foi o resultado da junção de duas bolsas que já existiam a operavam no Brasil, a Bolsa Mercantil de Futuros e a Bolsa de Mercadorias de São Paulo. Nessa bolsa são negociados contratos de commodities dentre os quais se destaca o café, o algodão e o gado.

Depois de alguns anos de atuação essa bolsa foi unida a Bolsa de Valores de São Paulo e se tornou a BM&FBovespa.

O Brasil e As Bolsas De Valores

O nosso país já teve 27 bolsas de valores operando, eram bolsas diferentes entre si e que tinham ligações com os governos dos estados em que estavam. Além disso, eram os governos estaduais que escolhiam os corretores que fariam parte da bolsa de valores. Para quem pensa que sempre foi a Bolsa de São Paulo a mais importante se engana.

Durante um bom tempo a principal bolsa de valores do país era a bolsa de valores do Rio de Janeiro. Foi somente a partir da década de 1970 que o Rio começou a perder espaço no mercado de capitais do país para a Bovespa (o novo nome da Bolsa de Valores de São Paulo).

Nessa época a Bovespa já não era dependente do Governo sendo independente para realizar as suas atividades.

A Automação e a Bolsa De Valores

Como já citamos acima durante muito tempo a Bolsa de Valores usava quadros negros para anotar as cotações. Foi a partir de 1980 que a Bovespa começou a focar na automação. Desde 1972 a bolsa tinha saída da Idade da Pedra dos quadros negros, porém, operava usando sistemas de operação via telefone, o que foi chamado de pregão viva voz.

Já no final da década de 1990 a Bovespa já tinha o hábito de atualizar os seus sistemas para tornar mais eficiente as atividades dentro da bolsa. Foi nessa época que surgiu as negociações via Home Broker e o after market.

Centralização Em São Paulo

No começo dos anos 2000 houve a junção de todas as bolsas de valores brasileiras e a partir disso todas as negociações passaram a ser realizadas e concentradas na bolsa de valores de São Paulo. Em 2005 o pregão de viva voz foi encerrado e passou a ser somente uma lembrança.

O sistema eletrônico se consolidou como a melhor opção para as atividades da bolsa. Atualmente, a BM&FBovespa tem o seu capital aberto e as suas ações passam a ser negociadas com o código BVMF3.

Como Funciona a Bolsa De Valores

O Que São Ações Na Bolsa De Valores?

Ação é uma parte do capital que uma empresa possui, trata-se de um pequeno pedaço dela. Quando alguém compra uma ação de uma empresa passa a ter uma parte dela sendo uma pequena sócia.

Tipos De Ação

Ordinária Nominativa (ON) – O tipo de ação que dá para a pessoa que a compra o direito a ter voto nas assembleias das empresas e assim pode opinar nas decisões da empresa.

Preferencial Nominativa (PN) – Esse tipo de ação não oferece direito a voto, porém, garante a preferência no recebimento dos dividendos.

Basicamente as empresas fazem a divisão dos seus lucros com os acionistas. Algumas empresas fazem essa divisão todo mês e outras a cada trimestre. Vale lembrar que os dividendos que são concedidos para acionistas que tem Ons nem sempre são iguais a aqueles que são dados a quem tem PNs.

Quem possui preferenciais nominativas em geral recebem valores maiores. Quase sempre as PNs são compradas e vendidas com mais facilidade. Há empresas que disponibilizam no mercado somente ações ordinárias nominativas.

Como Investir Em Ações?

A negociação é feita através das bolsas de valores, em nosso país esse tipo de transação é realizada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A compra e venda de ações é feita por meio de corretoras que são habilitadas para isso. Para que uma corretora possa fazer esse tipo de negociação precisa ter autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Quem deseja iniciar as atividades de compra e venda de ações precisa se cadastrar numa corretora habilitada oferecendo informações como nome, profissão, endereço e também fornecendo cópias do RG e CPF bem como comprovante de residência. Com esses dados a corretora pode abrir uma conta de investidor para essa pessoa no Bovespa.

Fica a cargo de cada instituição determinar qual é a quantia mínima para fazer a abertura da conta. É possível comprar ações de três maneiras: Fundos de Investimento, Clubes de Investimento e Individualmente. Cada investidor escolha a melhor forma para si.