O Que é e Para que Serve Alcatrão Vegetal?

O Carvão Vegetal

O carvão vegetal é um produto que se obtém por meio da carbonização (queima) de uma madeira, ou seja, funciona como um combustível sólido. Após  esse processo de queima o que se resulta é uma substância de uma tonalidade bastante escura, na cor preta.

O carvão, que como foi dito é o subproduto dessa queima, é um artefato muito utilizado nos dias de hoje, servindo principalmente como combustível para diversos itens, sendo eles os aquecedores, os fogões a lenha, as churrasqueiras, as lareiras, etc. Além desses itens caseiros, o carvão vegetal também pode ser facilmente utilizado em setores industriais, como por exemplo, nas siderúrgicas. Por fim, ainda que muitas pessoas desconheçam esse feito, o carvão também tem utilidade na área da medicina, sendo que nesse caso é tratado mais comumente como carvão ativado, e na maioria das vezes ele é obtido por meio de madeiras que possuem aspecto mais mole e sem resinas.

Como foi possível observar, o carvão é algo muito útil, sendo utilizado inclusive desde muito tempo atrás, mais especificamente desde a antiguidade. No Antigo Egito, o carvão era usado para que se realizasse a purificação de óleos, bem como para utilidades medicinais. Já no período da Segunda Guerra Mundial ele era utilizado com o objetivo de retirar gases tóxicos que eram muito incidentes nessa época. Assim, o que mais se sobressaia era a capacidade de o carvão absorver essas impurezas sem que houvesse alteração em suas estruturas, já que o carvão possui uma estrutura bastante porosa.

Já a utilização no Brasil, estima-se que tenha começado com os índios, onde eles utilizavam o carvão misturado juntamente com gorduras animais, visando fazer o combate de doenças, principalmente possível úlceras ou tumores. Outro ponto de destaque do carvão é a sua boa condução de oxigênio e um ótimo liberador de toxinas. Ele se destaca também na utilização como prevenção de mau hálito, dores de estômago, aftas, diarreias incidentes de infecções, gases do intestino e vários tipos de intoxicações.

Carvão Vegetal

Carvão Vegetal

Hoje em dia o Brasil ainda continua utilizando o carvão vegetal em áreas industriais, o que deixou de acontecer em vários países, principalmente os países centrais. Assim, o Brasil também se encontra em primeiro lugar em produtor de carvão vegetal. Desse modo, a maior parte do carvão produzido no Brasil – cerca de oitenta e cinco por cento – é utilizado nas indústrias, uma menor parte – nove por cento – é utilizada em casas de família e o restante é utilizado em setores comerciais, como é o caso de pizzarias, padarias e churrascarias, por exemplo, que fazem utilização direta de fornos e coisas do tipo.

A produção de carvão vegetal no Brasil é tão considerável que de acordo com pesquisas, no ano de 2015 a produção desse insumo chegou a mais de seis milhões de toneladas, onde oitenta e sete por cento foi advindos da silvicultura e treze por cento advindos da extração vegetal. Os estados que mais contribuíram para a produção do carvão vegetal foram o Maranhão, o Piauí, a Bahia, o Mato Grosso do Sul e o Tocantins.

O Alcatrão Vegetal

Alcatrão Vegetal

Alcatrão Vegetal

O alcatrão vegetal – também conhecido como Coal Tar – é uma espécie de subproduto do carvão vegetal, sendo constituído pela combustão do mesmo, juntamente com a mistura de mais de quatro mil componentes químicos. Durante a combustão do carvão, o alcatrão surge como uma substância líquida e com uma fluidez não muito alta, com uma cor bastante escura. Na maioria das vezes esse líquido é separado em frações e assim pode ser utilizado como matéria prima para inúmeros produtos, até mesmo para cosméticos.

Além de ser encontrado nos cosméticos, como em shampoos anti caspa, e de tratamento contra a psoríase e as dermatites diversas, também é possível achar o alcatrão em pavimentações, na indústria de modo geral (principalmente em corantes sintéticos), em medicamentos para problemas dermatológicos e também em tinturas de cabelo.

Já foram realizadas pesquisas que apontam o alcatrão como uma substância cancerígena, principalmente quando ligada a utilização de tinturas de cabelo que a contenham, porém, não existe nenhuma regulamentação muito severa no Brasil a respeito disso, sendo necessário apenas a implementação de uma etiqueta que indique totalmente os possíveis problemas e apresentando também as precauções que devem ser tomadas. A proibição existe somente para a utilização de alcatrão em produtos que tem o uso destinado para a área dos olhos e para os lábios, que é o caso de muitas maquiagens.

Além de ser considerado cancerígeno por diversos órgãos internacionais – sendo apontado como possível contribuinte para cânceres de pulmão, sangue, pele, bexiga e rins – o alcatrão também já foi alvo de experimentos que mostravam que ele poderia ser danoso para o sistema neurológico, principalmente quando a pessoa fosse exposta ou aplicasse produtos que possuíam ele como substância presente na composição.

Devido todo esse perigo que o alcatrão pode apresentar, muitas pessoas acabam ficando receosas com a utilização de produtos que contenham essa substância, e com razão. Porém, muitos produtos que são feitos com alcatrão na composição não levam esse nome no rótulo, deixando assim essa substância com mais difícil identificação. Uma dica para continuar encontrando esse item no meio da composição é procurar por nomes que sejam equivalentes, como: coal, estar, coal tar solutioon, crude coal tar, KC 261, tar, lavatar, impervotar, high solvent naphtha, picis carbonis, naphtha, benzin B70, petroleun benzin, naphtha distillate, entre outros.

Assim sendo, vale ressaltar que ainda que essa substância não seja proibida no Brasil, o mais indicado é que sempre se busque alternativas e outras opções para o uso de produtos a base do alcatrão, pois é melhor prevenir do que remediar.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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