O Que é Anti-Intelectualismo?

Poderia alguém não gostar que outra pessoa se torne um intelectual? Na verdade sim. Está surgindo no mundo nos últimos tempos o anti-intelectualismo, um sentimento de desprezo fortemente compartilhado por pessoas que não querem que outras agreguem mais conhecimento em sua mente, estudem e lance teorias. A grosso modo, o Anti-intelectualismo é uma versão ao homem intelectual.

O Que é Anti-Intelectualismo?

O Que é Anti-Intelectualismo?

O Anti-Intelectualismo é uma Linha de Pensamento?

Qualquer forma de pensar compartilhada por um grupo é uma linha de pensamento. Logo, o Anti-intelectualismo também se encaixa nesse meio, mesmo que não seja algo compartilhado por muito. Mas há uma corrente de pessoas muito forte já difundindo a ideia de um mundo livre, sem intelectuais, onde todos pensariam como quiser. Mas por que isso?

O Surgimento do Anti-Intelectualismo

Acredita-se no surgimento desta linha de pensamento pela propagação de ideias de intelectuais, pessoas lançando teorias sobre os mais diversos eventos, a forma como as pessoas vivem e como elas deveriam viver. Tanta gente tentando “mandar na forma de viver dos outros”, incomodou o pouco. Por serem minoria, os intelectuais começaram a ser odiados por algumas pessoas.

O Surgimento do Anti-Intelectualismo

O Surgimento do Anti-Intelectualismo

O Que é um Intelectual?

Intelectuais são pessoas com foco no estudo, que usam seu ‘intelecto’ para aprofundar seus conhecimentos em determinado assunto, tornando-se algumas vezes, um teórico sobre o tema e até autoridade sobre o assunto, sendo constantemente consultado por mídias, pesquisadores e escritores para dar um juízo de valor sobre algum tema. O termo ‘intelectual’ é dado à alguém quando ele merece, por ser especialista ou autoridade em algum assunto. Uma pessoa costuma ser nomeada intelectual por outros acadêmicos, especialistas em um assunto que assumem que outra pessoa pode ter tanto entendimento sobre um tema quanto eles ou até mais.  Mas a determinação do título de intelectual gera algumas controvérsias. Uma delas é o estudo apenas em livro na maior parte das vezes, em uma experiência empírica, uma das bases do Anti-intelectualismo. Como pode uma pessoa dizer a melhor forma de cultivar uma terra para ter seu sustento se ela jamais viveu lá? Ela sabe em teoria, mas algumas variantes são totalmente ignorada por intelectuais dando juízo de valor sobre uma situação, mas sem compreender a amplitude de certas situações.

As Causas do Anti-Intelectualismo

Existem diversas causas alimentadoras do anti-intelectualismo. Uma delas são motivos religiosos. Os grandes líderes religiosos querem cada vez mais fechar o cerco para a concorrência, pois em muitos casos a religião virou uma indústria de quem pode fazer mais ‘clientes’ em um único culto. O irônico do anti-intelectualismo na religião é que, os líderes religiosos propagantes desta linha de pensamento são intelectuais. Eles apenas não desejam os fiéis com correntes de pensamento e mente tão ampla a ponto de escolher outra verdade. Outra origem do anti-intelectualismo seria político. Em ditaduras, governos altamente fechados e controladores do tipo da China, um país socialista altamente autoritário, é interessante alimentar os pensamentos anti-intelectualistas. Isso porque um povo com um conhecimento limitado é mais fácil de ser controlado, aceitando mais fácil a realidade a qual lhe foi destinada e evitando revoltas e perda de poder. Em outras palavras: um povo ignorante é um povo feliz. Há ainda o motivo ético, de grupos. O anti-intelectualismo seria uma forma de unificar o povo. Como a maior parte da sociedade não tem tanto conhecimento, também não deseja que outros tenham e querem acabar com este grupo seleto e ovacionado pela maioria. Seria um desejo de unificação, eliminando a elevação intelectual de algumas pessoas.

As Causas do Anti-Intelectualismo

As Causas do Anti-Intelectualismo

O Anti-Intelectualismo Tem Fundamento?

Para os apreciadores desta corrente de pensamento, não há a necessidade de novos líderes de pensamento guiando outros em nossa sociedade. Temos pesquisadores mais práticos, os cientistas, e uma medicina mais avançada que podem explicar a origem do mundo e de diversas doenças sem filosofar e criar livros diversos apenas por fazer.  Para os anti-intelectualistas, também não há mais a necessidade de tantos líderes de pensamento guiando outros. Há um grande acesso à informação hoje em dia, tanto online como em livros e sem censura na maior parte dos países. Isso elimina a figura de um homem apenas difundindo pensamentos boca a boca e guiando outros na sua corrente de pensamento como um grande palestrante. As teorias de que religiosos usam o anti-intelectualismo também tem fundamento prático. Muitas religiões distorcem textos bíblicos e fazem de sua interpretação a verdade absoluta, pedindo até aos fiéis para se restringirem às suas leituras indicadas. Para tais pessoas, há uma forte tendência a disseminar o anti-intelectualismo em seu público alvo: se eles não pensam bem sobre suas decisões e não refletem sobre seus passos dentro da igreja, podem sim ser mais propenso a doar-se mais para a crença, e são público fácil para pregação e prosperidade da religião. Em tais casos, o anti-intelectualismo é um pensamento não apenas lucrativo, como também necessário para a perpetuação de sua linha de pensamento. É interessante manter o público focado em seus pensamentos, sem estudo, em suas palavras.

Estamos na Era dos Fins dos Intelectuais?

Para alguns estudiosos, sim. Isso porque o estudo em livros, pesquisa e embasamento apenas em papel está ficando cada vez mais obsoleto. Os cientistas são hoje as personas mais consultadas e indicadas para pesquisas, pareceres e provas técnicas. Eles desvendam mistérios e podem colocar diversas teorias lançadas por intelectuais à prova com base científica, técnica e mostrando ao vivo o que antes era feito apenas com o papel.  Existem ainda diversos estudiosos, personas em todo o mundo de destaque na literatura, em artes plásticas e com linhas de pensamento interessante sobre o mundo moderno, economia e o futuro da humanidade. Mas por não terem bases científicas, não conseguirem comprovar fatos diversos e ainda estarem na base da leitura e lançamento de artigos teóricos, são considerados menos importantes na relevância da escala social de quem escutar e quem não escutar.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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