O Maniqueísmo

A Pérsia ficava entre a Índia e o Império Romano, e a rota da seda a atravessava, fazendo da Pérsia uma encruzilhada de idéias. Havia judeus que fugiram de sua terra natal e depois cristãos. Havia o budismo vindo da Índia e o Zoroastrismo nativo. E dessa mistura religiosa teve origem uma fé universalista: o Maniqueísmo.

O profeta Mani

O Maniqueísmo

O Maniqueísmo

Fundador do Maniqueísmo acredita-se que Mani era filho da realeza Parta, e era ainda garoto quando teve seus primeiros contatos com as muitas religiões e os Partas perderam o poder. Após a falha tentativa de retomada do poder da nobreza Parta, Mani ainda aos treze anos teve sua revelação divina, em que Deus dizia que ele não pertencia àquela comunidade e que deveria se manter afastado de toda impureza.

Aos vinte e cinco anos, Mani declarou-se mensageiro de Deus e começou, à imagem do apóstolo Paulo, a viajar pelo império Ardashir disseminando seus ensimentos. Dizia-se sucessor em missão de Zaratustra e Jesus, e que triunfaria na disseminação de seus ensinamentos por fazê-lo a todos os povos em todas as línguas. Por onde passava ou enviava seus missionários, assimilava o que podia da religião presente, incluindo em seus ensinamentos influências budistas, judaiscas, cristãs, zoroástricas e dos seguidores de Mitra.

Doutrina e organização do Maniqueísmo

Sobre

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Mani acreditava que sua doutrina era a mais avançada e a soma de toda sabedoria religiosa. Com a ciência tornando-se parte da religião, isso incluía as visões de Mani sobre a origens do universo, antropologia, história, etc. Acreditava tanto em Buda, quanto Jesus e Zoroastro, e utilizava-se das escrituras de tais religiões. Acreditava na batalha entre bem e mal e que a humanidade precisava purificar-se para alcançar enfim a vitória das forças da luz. Uma das purificações necessárias era abster-se de carne.

A religião divida-se em três grupos: Os eleitos, monges ascetas com diversos votos que se dedicavam à redenção da humanidade, os Ouvidores, que seguiam os ensinamentos mas não precisavam seguir voto algum e o terceiro grupo era o dos demais seguidores, um grupo responsável pela grande popularidade da crença de Mani, pois a eles não era requerido seguir quaisquer práticas religiosas, apenas ter fé verdadeira.

O martírio de Mani

Religiões

Religiões

Embora os imperadores persas, que eram responsáveis pela autorização das religiões em seu império, fossem favoráveis a Mani, uma combinação de fatores políticos e disputas com outras religiões levou o imperador Bahram a desenvolver uma hostilidade contra o profeta, muito por pressão de novos alto-sacerdotes do zoroastrismo.

Mani foi chamado à corte sob várias acusações, e logo o direito de defesa lhe foi arbitrariamente tomado e Mani foi preso, morrendo no cárcere e tornando-se mártir. Seus seguidores foram perseguidos e sem um poder estatal para servir como apoio e proteção à religião o Maniqueísmo praticamente desapareceu.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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