Estuários na Noruega

Entende-se por estuário o corpo de água costureira, que se encontra fechado de forma parcial, onde a água do mar se mistura à água do rio. Sendo assim, podemos definir esse ambiente, onde localizam-se os estuários, de acordo com a salinidade, não pelos limites geográficos.

Estuário é uma palavra que se deriva de outras palavras latinas. São elas: aestuo, ou fervura, e aestus, ou a maré, que indica o efeito que ocorre quando se encontram o fluxo da maré com o fluxo do rio. No Brasil, os principais estuários são a foz do Amazonas e do Rio São Francisco, a Lagoa dos Patos e também a Baía da Guanabara.

Enfim, os estuários correspondem aos locais que os rios e o mar se encontram. A divisão pode ser nos locais onde ocorre a diluição da água salgada com a água doce.

Geralmente, os estuários costumam ser mais produtivos, biologicamente falando, que o mar ou que o rio adjacente. Afinal de contas, a circulação de água é diferente, especial nessas áreas, e conseguem reter os nutrientes presentes nas plantas, estimulando a produção de fitoplâncton, ou produção primária.

Como a água doce tende a ser mais leve do que a salgada, ela costuma formar uma distinta camada na superfície do estuário, que flutua.

Existe um determinado volume de mistura no limite existente entre a água salgada e doce. E essa mistura é provocada pelo fluxo da água doce sobre a água salgada, e também pelo fluxo e pelo refluxo que as marés causam.

Uma outra mistura adicional também pode ser provoca de vez em quando pelos ventos fortes. E também pelas ondas internas, que se propagam no decorrer da interface entre as duas águas (salgada e doce).

Tipos de Estuários

Podemos classificar os estuários em 4 tipos diferentes, confirma a sua origem. São eles:

  • Fiordes

Com aspecto íngreme, que passam por erosões glaciais, contendo um canal no formato de “U”. A sua profundidade varia entre 300 e 400 metros. Porém, eles terminam tipicamente em orla, ou em rasa soleira, que se forma através de depósitos glaciais terminais.

No caso dos fiordes que apresentam as soleiras rasas, acontece uma mistura pequena vertical abaixo da soleira. Com isso, as águas do fundo acabam ficando estagnadas.

Foto de um Estuário

Foto de um Estuário

Em contrapartida, nos fiordes com as soleiras mais profundas, as águas do fundo se misturam. Os estuários do tipo fiordes acontecem na Noruega, no Alasca, na Nova Zelândia, no Canadá Ocidental e também na Groenlândia.

  • Desembocaduras dos rios afogados

Esse tipo é o mais comum no mundo inteiro, em especial pela costa atlântica dos EUA. Assim, vale frisar que o nível do mar aumentou muito desde o término do último período glacial, há cerca de 18 mil anos. Esse aumento foi de cerca de 125 metros.

Com isso, deu-se origem à incursão da água do mar para as desembocaduras de rios. Alguns exemplos desse tipo de estuário são: Baía Chesapeake, James e Susquehanna e York.

  • Tectônico

Trata-se de reentrâncias costeiras que se forma em virtude das imperfeições e da subsidência do local. A água do mar como a água doce fluem na depressão, e dão origem a um estuário. Considera-se a Baía de San Francisco, nos EUA, em parte, como sendo um estudo tectônico.

  • Estuário com barra

Eles se formam quando são construídos um esporão ou uma ilha de forma paralela à costa, bem acima no nível do mar. Assim, como se trata de estuários mais rasos e que, geralmente, contam com apenas uma entrada pequena, que serve para conectá-los com o oceano, a maré tem a sua ação mais limitada.

Assim, as águas desse tipo de estuário são misturadas pela ação do vento. São exemplos de estuários em barra Baía Chinconteage, situada em Maryland, Pamlico Sounds, que se encontra na Carolina do Norte e Albemarle.

Os Estuários da Noruega

Estuário da Noruega

Estuário da Noruega

Os estuários da Noruega são do tipo Fiordes. Iremos conhecer agora as principais características desse tipo de estuário.

Trata-se de uma imensa entrada do mar por entre as elevadas montanhas rochosas, que se originam em virtude de erosão provocada por gelo do glaciar antigo.

Esse tipo de estuário encontra-se, principalmente, na Nova Zelândia, na Noruega, no Chile e na Groelência, onde são considerados como estruturas geomorfológicas emblemáticas daquela paisagem.

A formação dos fiodes se dá, originalmente, em virtude da ação de massas enorme de gelo, ou geleiras, como também são chamadas. Estas vão se movimentando em direção ao mar, mais se parecendo com imensos rios congelados.

Atualmente, os fiordes considerados modernos existem apenas nas regiões costeiras de montanhas, locais onde o clima se encontra bem frio, ou que já foi frio, de forma a permitir que glaciares se formem abaixo do nível do mar.

Certas geleiras, como aquelas que existem na Suíça, são mais elevadas, e encontram-se no interior do país. Com isso, eles não conseguem encontrar a saída que dá para o mar. Por esse motivo, não formam os fiordes.

A origem dos fiordes é datada de cerca de 12.000 anos, na ocasião em que o mar tomou conta dos espaços que as geleiras criaram na costa atlântica, no período da última Era Glacial.

Assim, essas grandes entradas de relevos têm o potencial de chegar à muitos quilômetros, centenas até, da costa até o interior.

Podemos encontrar fiordes com facilidade nas regiões abaixo:

  • Noruega
  • Suécia
  • Determinadas partes da Irlanda
  • Islândia
  • Finlândia
  • No leste e extremo norte da Rússia
  • Groelândia
  • Dinamarca
  • Na região sul do Chile
  • No sudoeste da Nova Zelândia
  • No Montenegro
  • Na costa oeste da Escócia
  • Na Alemanhça, na costa do mar Báltico
  • No Canadá, na Colúmbia Britânica e na Terra Nova
  • No oeste e na costa sul do Alasca

Aqui no Brasil existe somente uma ocorrência de fiorde tropical, que é o Saco do Mamanguá. Ele está localizado no Rio de Janeiro, mais precisamente em Paraty. No entanto, há controvérsias sobre o Saco do Mamanguá. Se ele é, de fato, um fiorde ou não.

Contudo, como a sua origem não é datada da Era Glaciar, e por apresentar águas rasas, ele, certamente, corresponde a uma ria, e não a um fiorde, como muito acreditam.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Cultura

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.