Como Usar o Adesivo Para Parar de Fumar? Passo a Passo

Que o cigarro é o causador de uma série de doenças graves, todo mundo já sabe. Muitas pessoas tentam, de todas as formas, se livrarem do vício. Um dos métodos mais comuns é o uso de adesivos de nicotina.

Para saber mais sobre esse assunto, como usar o adesivo para parar de fumar, o passo a passo e muito mais, continue lendo, pois daremos todos os detalhes aqui.

O Que é o Adesivo Para Parar de Fumar e Como Ele Funciona

Antes de mais nada, vamos entender o que é, de fato, o adesivo de nicotina. Ele consiste em um recurso usado na TRN (Terapia de Reposição de Nicotina), que atua proporcionando ao fumante uma dose da nicotina, sem que este esteja submetido às demais substâncias nocivas à saúde, como é o caso do monóxido de carbono e o alcatrão, por exemplo.

Dessa forma, o paciente tem menos crises de abstinência, pois a nicotina é retirada aos poucos, para que o indivíduo vá parando de fumar gradativamente.

O adesivo de nicotina é método disponível para a Terapia de Reposição de Nicotina, que mais tem adesão atualmente. Ele é colocado na pele da pessoa, em qualquer local do corpo que não tenha pelos. EÉ um tipo de terapia que apresenta menos efeitos desagradáveis.

Esse adesivo atua liberando nicotina durante 24 horas, sem interrupção, apresentando um pico de absorção que varia entre 4 e 9 horas após entrar em contato com a pele.

Para Quem é Indicado?

O uso do adesivo de nicotina é indicado para os pacientes com elevado grau de dependência, assim como a Terapia de Reposição de Nicotina em geral. Esses pacientes são aqueles que apresentaram um resultado acima de 5 em um teste específico, denominado Teste de Fagerstrom.

Se o paciente apresentar histórico de síndrome de abstinência ao ser privado do consumo do fumo, ele também pode usar os adesivos.

Normalmente, a aplicação dessa terapia em quem fuma menos de dez cigarros ao dia é bem controversa. No entanto, o ideal é avaliar cada caso de forma isolada.

Adesivo Para Parar de Fumar

Adesivo Para Parar de Fumar

Os adesivos para parar de fumar podem ser comprados na farmácia sem a necessidade de uma receita médica.

Porém, o mais indicado é que o usuário procure um médico antes, pois ele pode ajudar na escolha do melhor método para cada caso, pode também aliar outros métodos ao uso do adesivo, e avaliar o grau de dependência e histórico do paciente.

Passo a Passo de Como Usar o Adesivo Para Parar de Fumar

A forma de usar o adesivo de nicotina é bem simples. Você só precisa colocar o mesmo na pele, em uma região que não fique exposta ao sol e que não tenha pelos. O tórax e as costas são regiões bem interessantes para usar os adesivos. São áreas que não costumam ser expostas ao sol, e o adesivo fica mais protegido também.

Ele pode ser usado por 24 horas. Porém, uma dica interessante é colocar ao acordar, e retirá-lo mais tarde, simulando o ciclo diário de consumo de cigarro.

Quando retirar, é necessário colocar um novo adesivo em uma outra área do corpo, repetindo esse procedimento diariamente.

O tempo de uso dos adesivos de nicotina pode variar entre 2 e 3 meses, conforme o grau de dependência do usuário. Podemos encontrar adesivos para parar de fumar de 21, de 14 e de 7 mg, sendo que os mais comuns são os de 7 mg, com uma dose reduzida a cada 4 semanas.

Porém, isso irá variar de acordo com a tolerância que o indivíduo apresentar à síndrome de abstinência. Nesse caso, quem avalia é o médico.

No entanto, há algumas recomendações básicas e gerais para o uso dos adesivos para parar de fumar. Em geral, as pessoas que consomem a partir de 20 cigarros por dia, ou que obtiveram entre 8 e 10 pontos ao realizarem o Teste de Fagerstrom, costumam seguir o seguinte tratamento e esquema de dosagem:

  • Entre as semanas de 1 até 4: usa-se adesivos de 21 mg.
  • Entre as semanas de 5 até 8: usa-se adesivos de 14 mg.
  • Entre as semanas de 9 até 12: usa-se adesivos de 7 mg.

No caso dos pacientes que tiveram entre 5 e 7 pontos no Teste de Fagerstrom, ou que consomem mais que 10 cigarros ao dia, podem seguir o tratamento com 8 semanas, mas começando por uma dose menor.

  • Entre as semanas de 1 a 4: usa-se adesivos de 14 mg.
  • Entre as semanas de 5 a 8: usa-se adesivos de 7 mg.

Quais São os Resultados Esperados Com o Uso do Adesivo de Nicotina?

De acordo com uma análise do Banco de Dados da Cochrane Collaboration, feita no ano de 2008, que consiste em uma associação de renome mundial, formada por pesquisadores e por profissionais de saúde, as pessoas que utilizam o adesivo de nicotina são capazes de se tornarem abstinentes do cigarro depois de 6 meses.

As chances para que isso ocorra foram de 2 a 3 vezes maiores nas pessoas que faziam o uso do adesivo. Inclusive, ele foi ainda melhor do que o placebo em conjunto com o suporte comportamental.

Adesivo de Nicotina na Mão

Adesivo de Nicotina na Mão

Efeitos Colaterais do Adesivo Para Parar de Fumar

Em geral, o efeito colateral que pode acontecer em pessoas que usam o adesivo é irritação na pele, podendo fazer com que o paciente interrompa o tratamento. Porém, de acordo com os especialistas, essa situação é muito rara.

Contraindicações ao Uso do Adesivo de Nicotina

Não existem grandes riscos associados ao uso do adesivo, pois o mesmo atua repondo apenas a nicotina, e em pequenas quantidades, em comparação a encontrada no cigarro.

Além disso, a nicotina é mais responsável por causar o vício de fumar, do que por provocar os problemas que o tabagismo causa. Por isso, continuar fumando o cigarro é muito pior do que usar os adesivos.

Além do mais, de acordo com alguns especialistas, até mesmo gestantes e pessoas com problemas cardíacos podem usar os adesivos de nicotina, pois não existem provas de que eles causem problemas nesses casos, nem para os pacientes, e nem para o feto.

No entanto, há estudos mais recentes que têm apresentado uma relação entre o câncer e a nicotina. Em 2013, foi publicado um estudo em uma revista científica chamada PLo, que mostrou que a nicotina tem potencial de promover mudanças nos genes das células, favorecendo o surgimento do câncer.

Dessa forma, essa descoberta pode promover alterações nas recomendações para o uso dessa terapia.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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