Como o Álcool Age no Organismo

Não é novidade para ninguém que o álcool faz mal, apesar de ser uma droga lícita, isto é, não existe restrições quanto ao seu consumo. Porém, pouco se sabe exatamente como o álcool age no organismo. Para se ter uma ideia as moléculas de etanol, que fazem parte dos ingredientes das bebidas alcoólicas, vão diretamente para o intestino, 75% fazem o caminho na circulação sanguínea.

Na verdade, o etanol é o principal ingrediente das bebidas com álcool. Por isso, basta consumir pouco para que as moléculas se encaminhem para o intestino via o sangue. Elas chegam na corrente sanguínea através da mucosa da boca.

O esôfago também é outro caminho que a bebida percorre e através dele o etanol atinge o estômago. Neste caso, 25% desse ingrediente fica armazenado no órgão. As demais moléculas continuam circulando no sangue até chegarem ao intestino delgado.

O Tempo que o Álcool Demora Para Entrar na Circulação Sanguínea e Chegar aos Órgãos:

O processo que falamos anteriormente, do álcool que chega na corrente sanguínea e que através dela chega aos órgãos acontece num período entre 15 a 60 minutos. O tempo para mais ou menos dentro do que foi dito é determinado por alguns fatores, como por exemplo, em que velocidade a bebida foi ingerida ou se existia comida no estômago ou a pessoa estava de barriga vazia.

Apesar do tempo não breve entre beber algo alcoólico e o etanol entrar na corrente sanguínea, quando chega até lá se espalha rapidamente nos tecidos cuja as células possuem grande quantidade de água. Exemplos desses órgãos: fígado, coração, os rins e o cérebro.

Para piorar os efeitos, no caso do fígado, as moléculas de etanol são metabolizadas em 90%. E a cada hora o órgão está processando o que equivale a uma lata de cerveja. Logo a seguir, o etanol começa a intoxicar o organismo como um todo.

O aumento na vontade de ir ao banheiro depois de consumir bebidas alcoólicas se dá justamente pelo efeito que o etanol faz sobre os rins. Quando aumenta a vontade significa que ele chegou no órgão e está provocando os efeitos.

Como o Álcool age no Cérebro e no Estômago?

Como falamos anteriormente, os órgão que possuem maior quantidade de água são aqueles que mais sofrem com os efeitos do álcool e o cérebro é um deles. Através da corrente sanguínea a bebida chega até o órgão e isso faz com que os neurônios recebam um estimo para aumentar a produção de serotonina. E é justamente esse neurotransmissor que é responsável pelo controle do humor, do prazer e da ansiedade.

Dessa forma fica fácil entender porque a bebida alcoólica deixa as pessoas mais eufóricas e desinibidas.

Uma vez que ele já provocou esse aumento na produção de serotonina e se a pessoa continua bebendo, outros dois neurotransmissores também são atingidos. Diminuindo a produção do glutamato, que passa a ser liberado dentro do cérebro. E é por isso, que as pessoas perdem o autocontrole e a coordenação.

No estômago o álcool age irritando a mucosa presente no órgão e isso faz com que a digestão se complique. A produção de ácido gástrico aumenta e por esse motivo que surgem as sensações de mal-estar e de enjoo.

Quando uma pessoa que bebeu muito sente esse sintoma e chega a vomitar, nada mais é do que o organismo se defendendo. Junto com o cérebro é o “recado” que é necessário expulsar o etanol do organismo. E justamente, depois de vomitar a irritação da mucosa que é provocada por essas moléculas de etanol acaba. Já que elas foram colocadas para fora do organismo.

Como o Álcool Age no Organismo: Rins e Coração?

O primeiro “sintoma” de que o álcool chegou nos rins é a vontade de ir ao banheiro. E não pense que isso está associado a quantidade de bebida que foi ingerida. O processo se dá pelo controle que o cérebro tem sobre a absorção de água pelos rins, que é alterado com o etanol presente na bebida alcoólica.

No coração é uma sequência do que foi provocado nos rins. Seria o efeito colateral pelo excesso de urina que é produzido e isso atinge o coração. Uma vez que minerais que são importantes para que os batimentos cardíacos sejam mantidos em ritmo certo são eliminados na urina, como potássio e magnésio. Por isso, que é normal que os batimentos cardíacos sofram alterações depois de uma certa quantidade de bebida alcoólica ingerida.

A Quantidade de Álcool e o Efeito que ela Exerce Sobre o Organismo

Bastam somente duas latas de cervejas para que o cérebro sofra o que foi falado anteriormente. Para processar 14 mg de álcool o corpo leva exatamente 1 hora. O que em quantidade de bebidas seria:

  • Vinho: 150ml
  • Uísque: 40 ml
  • Cerveja: 350 ml
  • 30 mg de álcool no sangue: provoca efeitos descritos no cérebro e o primeiro deles é a euforia. E não para por aqui, a euforia vem seguida de alterações no humor (muito alegre ou muito triste) e a coordenação motora fica reduzida. Essa é a chamada de segunda fase do efeito do álcool no organismo.
  • 60 mg de álcool no sangue: acima desse limite de álcool no Brasil não se pode dirigir.
  • 100 mg de álcool no sangue: os reflexos ficam ainda piores, a concentração diminui muito e a pessoa perde o equilíbrio, não tem controle sobre o corpo.
  • 200 mg de álcool no sangue: a visão é prejudicada (o indivíduo passa a ver duplo), o som da voz fica arrastado, o estômago começa sofrer irritação e começam a náusea até chegar ao vômito.
  • 300 mg de álcool no sangue: grande sonolência (praticamente incontrolável), sensação de o corpo anestesiado e lapsos da memória.
  • 400 mg de álcool no sangue: a pessoa pode ter insuficiência respiratória, pode entrar em coma e se não for socorrido a tempo, pode morrer.

É por isso que os governos batalham e insistem tanto nas campanhas para que as pessoas não dirijam depois de consumir determinada quantidade de álcool. “Se for dirigir, não beba”.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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