Muitas pessoas apreciam obras de arte e pagam verdadeiras fortunas para ter um exemplar de algum pintor famoso. No post de hoje, vamos falar um pouco sobre as 10 obras de arte francesas mais famosas e mais caras que existem. Continue lendo…
• A Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte: vamos começar pela obra de Geordes-Pierre Seurat, famoso pintor francês. A obra é uma pintura a óleo, em uma tela de pontilhismo. A pintura teve início em 1884, e só foi concluída em 1886. O Instituto de Arte de Chicago adquiriu a peça em 1974, por um valor que hoje é equivalente à 328 mil dólares.
• Les Jouers de Cartes (Jogadores de Cartas): obra de arte pós-impressionista, pintada por Paul Cézanne, em 1890. A pintura foi feita no período final de trabalho de Paul que, para muitos, foi o seu melhor período.
A obra mostra dois camponeses jogando cartas e fumando cachimbos. Uma versão desse trabalho foi vendida, em 2011, por mais de 250 milhões de dólares. O que fez com que ela se tornasse a obra de arte mais cara já vendida até 2015, quando outra obra foi vendida por cerca de 300 milhões de dólares, intitulada “Quando você vai se casar?”, de Ganguin.
• O Danse (Dança): um trabalho de Henri Matisse, do ano 1910. Matisse, Picasso e Duchamp são considerados, na arte moderna, as personalidades mais influentes. Matisse criou “O Danse” para um colecionador de arte, o russo Sergei Shchukin. E a obra era parte integrante de uma comissão de 2 obras.
O que se vê no trabalho são 5 figuras dançantes, na cor vermelha, um céu bem azul e uma paisagem na cor verde. Essa pintura exerce, até os dias de hoje, uma grande influência. Na época da sua produção, Matisse usou uma linguagem mais infantil e sem sofisticação. A obra é um ponto-chave no crescimento da arte moderna.
• La Liberté Guidant le Peuple (Liberdade liderando o povo): uma obra do artista Eugène Delacroix (que é considerado como o principal pintor romântico da França), de 1830. Em diversas culturas, a liberdade existiu como uma espécie de deusa. No decorrer da Revolução Francesa, a Liberdade recebeu várias personificações alegóricas na França. Desde essa ocasião, a figura que representa a Liberdade é vista como uma espécie de símbolo da República Francesa e da França.
Essa obra festeja a derrubada do rei Carlos X, em julho de 1830. É uma espécie de comemoração à Revolução que culminou na derrubada do rei. A pintura mostra a figura da Libertad como sendo uma mulher robusta que pertence à cidade e como uma deusa. Em uma mão, ela segura a bandeira francesa. Na outra, ela segura uma arma de fogo.
• Le Radeau de La Méduse (A Balsa da Medusa): uma pintura de Théodore Géricault, produzida em 1819. Na obra, podemos observar um navio francês de guerra, que lutou em batalhas napoleônicas. Ainda que tenha conseguido sobreviver às guerras, o navio caiu num banco de areia em 1816, no momento em que estava transportando 4000 pessoas em direção ao Senegal. Todas elas tiveram que deixar o navio. Dessas 400 pessoas, 151 ficaram numa jangada.
Todos os homens que estavam nessa jangada passaram por uma terrível experiência. Fortes tempestades os arrastavam para o mar. Lá, eles se rebelaram e acabaram sendo assassinados por oficiais. Já outros, para sobreviverem, precisaram se render ao canibalismo. Após passarem quase duas semanas em alto mar, encontraram a jangada com 15 homens sobreviventes. Todo esse acontecimento acabou se tornando um verdadeiro escândalo, que ganhou proporção internacional.
Para compor a sua obra, Théodore estudou bem todo o acontecimento. Hoje, a pintura é tida como trabalho icônico, pertencente ao romantismo francês. E foi a responsável por imortalizar o acontecimento.
• Olympia: uma obra de arte de Édouard Manet, de 1863. A primeira exibição da peça foi em 1865, no Salão de Paris. O trabalho causou uma série de controvérsias. E não pense que eram devido à nudez da personagem. E sim por vários indícios presentes na obra de que Olympia era uma prostituta. Dentre os detalhes que criaram essa dúvida estavam os brincos de pérola que ela usava, o xale oriental, orquídea nos cabelos e a pulseira. E há também um gato preto em sua cama. Esse animalzinho eram um símbolo tradicional da prostituição. O que mais se destacou nesse trabalho foi o olhar de confronto da personagem. Várias vezes ele é tido como um verdadeiro desafio ao patriarca.
• O Mort de Marat (A Morte de Marat): uma obra de Jacques-Louis David, produzida em 1793. Jean-Paul Marat, político e jornalista, e voz radical da importante Revolução Francesa. O seu papel mais famoso foi o L’Ami du Peuple, ou Amigo do Povo, em português. Porém, algumas pessoas consideravam esse papel como uma violência imprudente, e que servia para estimular o comportamento indisciplinado.
Marat foi culpado pelo massacre de setembro no decorrer do Reino do Terror, por Charlotte Corday, que pertencia a uma pequena família nobre. No dia 13 de julho de 1793, Charlotte Corday esfaqueou Marat no banheiro, onde ele precisou passar bastante tempo devido à um problema de pele. Charlotte foi julgada pelo crime. A imagem, que mostra o jornalista radical morto no banheiro se tornou uma das mais famosas na época da Revolução Russa.
• Bal du Moulin de la Galette (Dança no Moulin de la Galette): o trabalho retrata uma tarde de domingo, em Montmarttre, mais precisamente no Moulin de la Galett, em Paris, no século XIX. A obra é do pintor Pierre-Auguste Renoir, em 1876.
O salão de dança ao ar livre, mais conhecido como Moulin, que também era um café, se localizava próximo a cada do artista, que gostava de ver os casais felizes e assistir a danças.
Renoir consegue retratar muito bem o retrato coletivo e a sua arte. Essa pintura é uma das mais ambiciosas desse artista. Até então, nenhum outro artista havia feito uma pintura que conseguisse retratar tão bem aspectos do cotidiano com tanta qualidade e profissionalismo. Alguns descreveram como sendo uma das obras mais belas do séc. XIX.
• Impressão, Soleil Levant (Impressiona, Dawn): uma obra do famoso Claude Monet, criado em 1872. Essa pintura tem uma enorme relevância, pois se tornou um verdadeiro símbolo do impressionismo dando, inclusive, nome a esse movimento. O principal tema dessa obra é o porto de Le Havre, que se localiza na França.
Os críticos daquela ocasião não receberam bem. Tanto que o termo impressionista acabou sendo objeto de uma crítica satírica do crítico de arte Louis Leroy. Para que fosse possível capturar a real essência daquela cena que queria expressar, Monet usou a cor como o seu principal fator.
Porém, ao contrário do que se pensava naquela época, o movimento acabou se tornando tão popular, que se estendeu para a literatura e para a música.
• A Dimanche Apres-Midi Ile de la Grande Jatte (Uma Tarde de Domingo na Ilha de Lá Grande-Jatte): uma obra produzida pelo artista George Seurat, de 1884 a 1886. Considerado um artista que adepto à inovação, ele foi o criador de duas técnicas proeminentes, denominadas Cromoluminarismo e Pontilhismo. Essa obra é a mais famosa, e a que melhor retrata o Pontilhismo. Nessa técnica, pequenos pontos diferentes e de cores puras são aplicados seguindo um padrão, de maneira que as imagens são formadas a partir desses pontos.
A conclusão dessa obra levou dois anos. Seurat criou vários esboços das várias figuras da pintura, para que pudesse aperfeiçoar as suas formas. Esse trabalho é considerado a obra prima do artista. Além de também ser a obra marco do fim do século XIX, uma vez que modificou a direção de arte, que deu início ao neoimpressionismo, que foi um movimento artístico no início da era moderna.
O Que Leva Uma Obra de Arte Ser Tão Cara?
A complexidade de uma obra tem quase nenhuma relação com o alto valor cobrado por ela. Assim como a habilidade do artista. Diante disso, fica ainda mais difícil entender o motivo de uma obra de arte custar tão caro.
O que torna uma obra de arte muito cara tem muito a ver com o renome do artista que a produziu. Esse artista acaba se tornando uma “marca”. E isso influencia, de forma direta, no preço cobrado por tudo o que ele produz. Quando isso acontece, tudo o que aquele artista toca vira “ouro”, como as pessoas costuma dizer. O que a gente pode entender disso é que, na maioria das vezes, o que vai definir o valor da obra d arte não é o que o artista produziu, e sim o artista em si.
Outros pontos que tornam uma obra valiosa é a quantidade de exemplares existentes. Dessa forma, quanto menos exemplares tiver, mais cara será.
Assim como obras de artistas já falecidos também, o que dá um toque de exclusividade para a peça, uma vez que, ainda que alguém consiga criar algo parecido, ninguém fará exatamente igual. Um exemplo é o quadro da Mona Lisa, por exemplo. Ninguém nunca fará igual ao seu criador, Leonardo da Vinci. O mercado de obras de arte movimenta uma fortuna.