Foo Fighters – Wasting Light, um CD para Fazer História

A História do Foo Fighters

O Nome da Banda

A banda Foo Fighters é uma das mais importantes do cenário de rock alternativo dos Estados Unidos e foi fundada em 1995, por Dave Grohl. O nome da banda é uma referência a expressão “foo fighter”, que era usado pelos aviadores na Segunda Guerra Mundial para fazer a descrição de fenômenos estranhos e misteriosos nos céus, basicamente o que eles entendiam como OVNIs.

Foo Fighters

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O Começo da Banda

Antes do Foo Fighters, Dave Grohl foi por quatro anos o baterista da banda de grunge Nirvana. Nessa fase ele compôs inúmeras músicas que não foram divulgadas, tratava-se de uma forma de preservar a dinâmica do Nirvana. Mesmo assim, Dave gravou algumas demos em estúdio.

Essas canções foram compiladas no álbum Pocketwatch, que foi lançado com o pseudônimo “Late!”, no ano de 1992. Depois que Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, morreu de forma trágica em abril de 1994, Grohl pensou em abandonar a música. Em contrapartida a esse desejo, ele acabou gravando algumas das suas músicas como uma experiência.

No mesmo ano, o artista entrou no Robert Lang’s Studio, em Seattle, com o seu amigo e produtor Barrett Jones. Num período de uma semana, Grohl gravou algumas faixas em que canta e toca todos os instrumentos, com exceção de uma guitarra.

Para não ficar sendo citado apenas como “aquele cara do Nirvana”, ele resolveu adotar o nome “Foo Fighters” para parecer que era uma banda. Essas fitas gravadas por ele foram distribuídas para alguns amigos e logo passou a chamar a atenção das gravadoras. Assinou um contrato, então, com a Capitol Records e essa fita se tornou o primeiro álbum do Foo Fighters.

Nesse momento, Dave percebeu que precisava de uma banda de verdade para tocar num show, por exemplo. Então, ele chamou o guitarrista Pat Smear, que já havia tocado no The Germs e havia participado de uma turnê do Nirvana. Grohl também chamou o baixista Nate Mendl e o baterista William Goldsmith da banda de rock alternativo Sunny Day Real Estate que havia acabado.

O primeiro single da banda foi “This Is a Call” lançado em junho de 1995. O primeiro álbum dessa banda saiu no mês seguinte. Nos meses seguintes foram lançados os singles “I’ll Stick Around” e “Big Me”.

O Período de 1996 e 1997

Depois de algumas turnês em 1996, a banda estava completa e entrou em estúdio para gravar com o produtor Gil Norton o seu segundo álbum. Porém, nesse trabalho Grohl ficou insatisfeito com a percussão de Goldsmith e acabou reunindo a banda em Los Angeles e regravou toda a parte da bateria.

O baterista Goldsmith ficou revoltado e saiu da banda. O álbum da discórdia “The Colour and the Shape” foi lançado em 1997. A procura de um novo baterista, Grohl pediu a dica do amigo Taylor Hawkins, baterista da turnê de Alanis Morissette, e o mesmo se voluntariou para ocupar o espaço.

Depois disso, a banda ainda enfrentou algumas saídas de integrantes, mas sempre se afirmando num posto de banda bem sucedida. Confira abaixo os membros da banda ao longo dos anos.

Membros da Banda

  • Dave Grohl – O líder da banda atua nos vocais, guitarra e bateria (desde o começo até agora)
  • Nate Mendel – Baixista da banda desde 1995 até agora.
  • Taylor Hawkins – Bateristae também backing vocal desde 1997 até agora.
  • Chris Shiflett – Guitarrista e backing vocal desde 1999 até agora
  • Pat Smear – Guitarrista desde 1995 a 1997 e com retorno em 2006 até agora.

O Fim da Banda?

Os fãs do Foo Fighters receberam uma notícia um tanto desagradável através do Facebook oficial da banda. Num post o vocalista e guitarrista da banda, Dave Grohl, confirmou o que já era motivo de boatos e especulações há muito tempo, a pausa da banda.

Apesar de deixar claro que a banda não tem a intenção de tocar juntos tão cedo, Dave destacou que não havia a decisão de acabar com a banda de vez. Quem gosta do Foo Fighters tem sofrido com a incerteza do futuro de uma das bandas mais importantes do cenário musical do rock das últimas décadas. Saiba mais sobre esse fim, ou pausa, do Foo Fighters e relembre um pouco da trajetória da banda.

Os Boatos

As especulações começaram quando Dave disse que o show da banda no Global Festival, em Nova Iorque (29/09/2012) seria o último por um longo tempo. O público, apesar do susto, ainda não conseguia acreditar nisso. Foi então que Grohl escreveu um comunicado oficial dizendo “Sim… Eu estava falando sério”.

Continuou dizendo “Eu não sei quando o Foo Fighters vai tocar novamente. Parece estranho dizer isso, mas é uma coisa boa sumir por um tempo. É uma das razões pelas quais ainda estamos aqui. Faz sentido?”.

No mês de agosto de 2012 a banda se despediu das plateias inglesas, mas fez questão de dizer que mesmo com a parada, este não era o fim da banda. Com tantos boatos Dave Grohl achou melhor explicar melhor essa situação, dizendo:

“Houve momentos em que não achei que [o Foo Fighters] fosse sobreviver. Houve momentos em que eu quis desistir. Mas… Eu não posso desistir desta banda. E nunca irei. Porque não é apenas uma banda para mim. É a minha vida. É minha família. É o meu mundo”.

A Pausa

Durante esse período, que a banda está definindo como “pausa” e não fim, Dave Grohl vai se dedicar a um documentário chamado Sound City, que é dirigido e produzido por ele. Basicamente, nesse documentário vai ser abordada a história de um dos estúdios mais importantes e famosos de Los Angeles.

Nesse momento de pausa, o vocalista deseja dar um tempo na rotina da banda, ele definiu como guardar a banda na garagem um pouco, mas sem um dia certo para voltar aos palcos. A ideia é conseguir se dedicar totalmente e exclusivamente ao filme e a sua trilha sonora. Dave está bem animado com o projeto do filme, ele chegou a dizer que se trata do maior e mais importante projeto em que trabalhou até hoje.

O último álbum da banda saiu em 2011 com o título de “Wasting Light”. Esse disco teve a produção de Butch Vig, mesmo produtor de “Nevermind”, o álbum que alçou o Nirvana ao sucesso em 1991.

Existem bandas musicais que acabam por marcar gerações. Na década de 1960, tivemos Beatles, Cream e Jimmy Hendrix, já em 1970 apareceram AC/DC e Sex Pistols, nos anos oitenta reinaram as grandes bandas de metais e na década de 1990, o grunge, representado por Nirvana e Pearl Jam, esteve em alta. Neste novo milênio, nesta primeira década do século, uma das bandas que com certeza será reverenciada em um futuro próximo, chama-se Foo Figthers, do carismático Dave Grohl.

Quem é apaixonado por rock, por guitarras distorcidas, gritos estridentes e muita baderna, aprendeu a admirar a banda formada por um ex-integrante de uma das mais famosas bandas de todos os tempos. Dave Grohl deixou as baquetas do Nirvana para liderar uma das bandas mais influentes dos últimos anos. Foo Fighters alcançou seu status de grande banda de rock, Dave largou a sombra de Kurt Cobain para brilhar em seu estrelato.

Foram vários os sucessos produzidos pelo Foo Figthers. Músicas como “All My Life”, “Monkey Wrench” e “Breakout” são garantia certa de muita agitação e vibração, bem ao estilo rock pesado alternativo. “Times Like These”, “My Hero” e “Everlong” com toda a certeza já podem ser considerados clássicos do Rock n Roll, e a maravilhosa canção “Best Of You” eternizada como uma das melhores músicas criadas nos últimos vinte anos. Foo Fighters vem produzindo excelentes trabalhos, fabricando músicas que agradam até os menos simpatizantes do estilo.

Depois de um hiato, o grupo voltou melhor do que nunca. Muitos pensavam que após o lançamento do CD duplo, intitulado “In Your Honor”, lançado no ano de 2005, o Foo Figthers não conseguiria mais produzir um excelente trabalho, entretanto depois de alguns bons anos, a banda de Dave Grohl, superou todas as expectativas ao lançar “Wasting Light”.

Começando por “Bridge Burning”, passando por “Hope” e chegando em “Dear Rosemary”, é possível sentir que a banda está afinada e tocando em uma mesma sintonia. Guitarras bem trabalhadas, melodias com ótimos arranjos e muita pegada, fazem de “Wasting Light”, um dos trabalhos mais maduro produzido por uma banda norte americana nos últimos tempos.

Foo Fighters provou o seu valor ao cenário musical mundial. Não é só uma banda remanescente de um grande grupo de rock, mas um grupo que conquistou o seu próprio público e lugar na galeria dos maiorais. Foo Fighters e o álbum “Wasting Light” serão aclamados em um futuro próximo.

Rodolpho Medeiros

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Categoria(s) do artigo:
Músicos

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