Violência doméstica, especialmente a violência contra crianças, adolescentes e mulheres dentro de casa é um dos crimes mais bárbaros que existe, especialmente porque é normalmente os agressores são justamente aqueles responsáveis por amar e proteger as vítimas, causando assim, além dos traumas físicos, importantes traumas emocionais e psicológicos. Por sua brutalidade a violência doméstica é um tema que sempre gera muita revolta, e essa semana virou notícia dos jornais com a morte da atriz norte americana Farrah Fawcett, que faleceu dia 25 vítima de câncer. Farrah Fawcett ficou conhecida quando atuou no programa de TV “As panteras”, um seriado muito popular da década de 70. Alguns anos depois a atriz protagonizou um bom filme com uma história real muito forte e emocionante que tratava da violência doméstica.
Violência Doméstica
Fawcett viveu Francine Hughes uma mulher que foi espancada pelo marido durante muitos anos em casa, e numa dessas ocasiões incendiou o marido. Hughes foi a julgamento pelo assassinato do marido, entretanto a defesa utilizou como tese a “Síndrome da mulher agredida” e ela foi considerada mentalmente incapaz após todos os anos de agressões e assim considerada inocente. Para interpretar Hughes em uma história baseada em fatos reais de violência doméstica, a atriz conheceu a fundo esse drama vivido por milhões de mulheres em todo o mundo, visitou entidades, associações e abrigos que recolhem mulheres e crianças vitimas da violência doméstica, conheceu mulheres mutiladas e histórias hediondas e ficou absolutamente sensibilizada. Como conseqüência Fawcett recebeu muitos elogios das críticas de cinema por sua atuação neste filme, e agora com sua morte se tornou público que durante o resto de sua vida a atriz seguiu ajudando e prestando apoio financeiro a algumas entidades que tratam mulheres agredidas.
Contra Mulheres
Tanto que no seu testamento parte de seus bens são destinados a essas associações e entidades que tratam e prestam serviço de segurança de mulheres vitimas de violência doméstica. Mas a violência doméstica não está só nos noticiários através de atitudes nobres como a da atriz Farrah Fawcett, as cenas de violência domestica estão em todos os lugares e é muito alto o índice de mulheres que sofrem agressões repetidas, e não denunciam nem se libertam dos agressores porque se sentem intimidadas, são dependentes e também porque sentem vergonha. Esta semana ao lado da noticia da atriz que doa bens para a causa das mulheres agredidas, tem a notícia absurda do professor de educação física que tortura a esposa durante horas para que ela confesse uma situação hipotética de traição.
Não se Cale!
Ele amarrou a esposa na cama da própria casa, espancou e cortou o rosto e o corpo, quebrou os dois pulsos dela, além de ter feito com que comesse as próprias fezes e outras humilhações. O casamento dos dois tinha apenas 3 anos e segundo testemunhas a o aumento da violência era comum entre aquele casal, ela, uma mulher independente, bonita e instruída nunca denunciou o marido, um professor de educação física que deveria ensinar seus alunos a cuidar do corpo. Situações como está demonstram que a violência doméstica está em todas as classes sociais e é mascarada, escondida e suas vitimas sofrem em segredo agressões físicas e morais ultrajantes. Enquanto as mulheres agredidas continuarem acobertando os agressores histórias como esta e outras tão graves ou até mais, continuarão a acontecer em todos os lugares, com muito mais freqüência do que podemos imaginar.
Cada um de nós conhece alguém que tenha sido vítima de violência doméstica. A violência doméstica é um crime que afeta as pessoas independentemente do seu estatuto social e é inaceitável em qualquer sociedade.
O impacto do crime sobre as vítimas é tal que eles vivem em constante medo, o que se torna prejudicial à sua saúde e vida social. As crianças são sempre afetadas se vivem em uma casa onde há violência.
Se você está passando por isso, é importante saber que não importa o que alguém lhe disser, você não é o único a passar por este crime hediondo. Um monte de homens, mulheres e crianças passam por abusos diários.
Não deixe ninguém tirar ou destruir sua vida. Nunca deixe de denunciar esse tipo de crime que vem crescendo a cada dia no país, principalmente a violência contra a mulher, que já conta com uma lei específica, a Lei Maria da Penha.
