Boa parte dos mitos que se ouve falar sobre esportes, tendem a ser apenas boatos ou estereótipos que não se encaixam de fato na realidade de todos os esportistas. No entanto, no golfe o mito tem um fundo de verdade e faz sentido quando analisado.
O custo do esporte europeu é alto – não apenas para quem joga, mas para quem mantém as áreas de jogo: o investimento para construir um percurso de golfe não consegue ser menor do que quinhentos mil reais, e a manutenção do campo é tão custosa quanto. Por isso, as associações em clubes de golfe são altas, e as taxas dos sócios dificilmente saem por menos de duzentos reais por mês para cada membro associado.
Amadores de Golfe
O equipamento do esporte também não é barato: tacos de golfe custam em media de duzentos a quinhentos reais, dependendo do material – e os tacos são apenas o mais básico dos equipamentos.
Por tudo isso, o mito de que Golfe é um esporte “de elite” não é completamente infundado, nem falso.
O perfil do jogador de golfe amador é, tanto no Brasil, como no resto do mundo, basicamente o perfil do chamado “turista ideal”.
Campeonato de Golfe
Eles são pessoas do sexo masculino, de idade acima de trinta e oito anos, com uma renda anual em média de quarenta e cinco mil dólares. Esses jogadores – profissionais ou amadores – em geral têm, pelo menos, ensino superior, comumente sendo mestres ou doutores em suas áreas.
Quando em viagem, esses esportistas tendem a viajar para lugares onde possam jogar golfe; muitos preferindo viajar apenas por esse motivo, demandam maior atenção em relação aos serviços, segurança e comodidade.
Outro grande fator contribuinte para, principalmente, a idade média do jogador de golfe é a questão do esforço físico: o golfe gasta calorias e consume energia, mas não é um esporte de alto impacto, e a execução de cada partida, apesar de demorada – uma média de quatro horas para cobrir todos os dezoito buracos do curso – também é feita com calma.
Golfe
A atividade física é feita, mas sem exageros, o que beneficia pessoas com a idade já avançada, que desejam fazer exercícios físicos, mas não tem o hábito de fazê-los em excesso.
Há, é claro, a tentativa de integrar mais parcelas da sociedade na prática do esporte – campos construídos para a utilização gratuita de pessoas com renda mais baixa, e doação de materiais como tacos e tees – mas a sua difusão ainda é muito pequena.
O perfil médio do jogador também reflete nas associações em torno do esporte – os Golf Clubs são normalmente associados a pessoas de classe social mais alta, casais com filhos, e, mais comumente, executivos.
