É preciso prestar muita atenção para que se possa fazer uma leitura correta dos resultados para a economia brasileira, causados pela valorização ou desvalorização do preço do barril de petróleo. No primeiro trimestre do ano de 2008, o barril tinha um custo de 107,2 dólares e no mesmo período, em 2009, o custo era de 52,01 dólares. Uma diferença em torno de 50%, um pouquinho mais do que isto. Agora, ao ler a manchete dos jornais sobre o assunto que diz: ¨gastos com importação de diesel caem 81% no primeiro semestre¨ e as importações do diesel, caíram em torno de 56%, surge uma diferença de 25 pontos percentuais,mais ou menos, que refletem a menor demanda causada pela retração da economia e com o maior uso do biodiesel agregado aos combustíveis brasileiros.
Em função disto, o Brasil gasta menos com importação de diesel. Um dado interessante e que muitas vezes escapa aos mais atentos observadores, é o fato de que quando as chuvas por aqui, são maiores, os reservatórios das hidrelétricas ficam cheios e seus motores permanecem desligados por um tempo maior, o que é um fator muito considerável em como economizar combustível, o que se transforma na verdadeira bola de ouro na produção de energia limpa no Brasil. Mas para que o Brasil alcançasse um menor gasto com importação de diesel, já considerados alguns fatores, a redução anunciada de 4,8%, o que representa uma retração quase que normal, pois muito desse menor consumo, deve ser reflexo de uma maior atenção e cuidados para não consumir sem necessidade.
Se todo o consumidor de diesel se concientizar de gastar só o necessário e não desperdiçar, pelo menos 5% se reduzirão no seu consumo, sem precisar ser um alquimista, basta usar o bom censo. O desperdício, de um modo geral, é uma constante do consumidor brasileiro. Em outras áreas, exemplo das colheitadeiras de soja e arroz, vai a mais de l0%, o desperdício em grãos que ficam na lavoura. Em referência a retração de 81% nos gastos com a importação do diesel pelo Brasil, por incrível que poça parecer, não tem nada a ver com a auto-suficiência em petróleo bruto alcançado pelo país, que se já não é de l00%, deve faltar apenas, retira-lo do pré-sal.
Se considerarmos os últimos dez anos de prospecção de petróleo no Brasil, já era tempo de reflexos nos preços de seus derivados, em favor dos consumidores, principalmente nos preços do diesel e da gasolina, que continua sendo a mais cara do mundo. Mesmo agora, com toda a grandiosidade que representa o pré sal para a economia brasileira, pois mexe com um produto que é de fundamental importância na estrutura econômica de qualquer país, como é o petróleo. Nós brasileiros continuamos a não a luz no fim do túnel, tudo continua como sempre foi, ¨nos palanques eleitorais¨.