Guerra De Nanquim: Informações e História

Um fato que não podemos negar é que, desde o início dos seres humanos no planeta, dominações que culminava em guerras sempre existiram. Isso não é novidade. Podemos ver isso voltando um pouco no tempo, em algum livro de História. Lá, estarão contidos alguns desses conflitos, como a Segunda Guerra Mundial, que deixou um saldo astronômico de mortos, numericamente falando.

Guerra De Nanquim: Informações e História

Guerra De Nanquim: Informações e História

Podemos ver também que, até mesmo nos tempos atuais, ameaças de invasão de território de países, uma guerra nuclear, enfim. Mas será que um dia chegaremos a um consenso, onde guerras e outros conflitos não passarão apenas de lembranças tristes? Nunca saberemos.

E, durante o século XX, além da Segunda Guerra Mundial, ocorreram vários outros conflitos que também envolveram a morte de pessoas. Podemos citar, por exemplo, o Massacre de Nanquim ou Guerra de Nanquim, que foi um dos períodos mais negros do século XX para a China. Isso tudo tem início com a invasão japonesa no território Chinês, onde promoveu muita desordem pública.

Neste artigo, iremos abordar um pouco mais sobre esse assunto, o que foi, realmente, a Guerra de Nanquim, e as suas consequências tanto para os chineses quanto aos japoneses.

A Guerra De Nanquim

A Guerra de Nanquim ou o Massacre de Nanquim foi um crime de autoria do poderio militar do Japão cometida a Nanquim, sendo naquela época capital da China. Isso tudo teve início depois de a cidade perecer mediante a um ataque do exército japonês, ocorrido no dia 13 de dezembro de 1937. Tais ataques duraram por semanas, até que as tropas se retiraram do território, em meados do mês de fevereiro do ano de 1938.

Durante todas essas semanas, Nanquim viveu um verdadeiro tormento nas mãos das tropas, que promoveram muita baderna nas ruas. Saques, destruição, execução de pessoas e até mesmo abuso sexual foram cometidos por eles.

Há boatos de que as execuções não foram necessariamente de prisioneiros chineses, mas pessoas comuns também entraram na lista dos mortos, sendo incluídos de forma proposital como inimigos combatentes, depois que o derrame de sangue começou a crescer. Outro fato que espanta é a morte de crianças e mulheres, que nada tinham a ver com as invasões, sendo ainda que a morte dessas se intensificou depois do aumento dos casos de estupro e também de outros crimes.

O Número De Mortos No Incidente

Os números de mortos no Massacre de Nanquim é bastante controverso, mas há quem diga que o número ultrapasse, e muito, os 200 mil. Parece um exagero, mas não é, por causa da atuação de várias funerárias, que afirmam terem contado mais de 150 mil corpos. Ou seja, a estimativa se estende aquelas pessoas desaparecidas, que foram liquidadas das formas mais cruéis e variadas possíveis: Incêndios promovidos pelo exército japonês, execuções e até mesmo o descarte de corpos em lagos da região.

Ainda há uma discussão entre China e Japão para definir o número de vítimas que perderam as suas vidas nos ataques. Trabalham com números que podem chegar a mais de 300.000 mortos. Em 2007, para deixar o número de vítimas ainda mais controverso, surgiram alguns documentos relatando que o número de mortos poderia quase que duplicar, passando para mais de meio milhão de pessoas.

O Número De Mortos No Incidente

O Número De Mortos No Incidente

Os Ataques

Os ataques á então capital chinesa tiveram início no dia 13 de dezembro de 1937, mas o plano para a invasão havia começado meses antes, em julho do mesmo ano. Em agosto, os primeiros ataques feitos pelos navios posicionados atingiram a costa da China. Desde esse período até o fim desse mês, os soldados japoneses começaram a desembarcar no território chinês, tendo nove unidades de infantaria e outras duas de artilharia, que se deslocavam para a cidade de Xangai, e, no final do mês de outubro conseguiram conquistar os arredores da cidade, e aí também se inicia as batalhas para a conquista de Xangai, fato este que ocorre no final do mês de novembro. E, logo depois dessa conquista, inicia os preparativos para a invasão de Nanquim. A posição dos soldados japoneses em relação á cidade era de 300 quilômetros.

O Contra- Ataque Chinês

Os chineses, depois de sofrerem a derrota para os japoneses na cidade de Xangai, iniciaram os esforços para tentar frear o exército inimigo, detendo-os antes de chegar a Nanquim. Adotaram, para isso, uma tática, no qual o plano era a dizimação de qualquer estrutura que possa servir de base para que o exército japonês conseguisse se reestruturar e continuar sua marcha até a capital. Dividiram-se em três setores, localizados ao Sul, Norte e Leste de Nanquim, apesar de a sua estrutura bélica ser bastante inferior ao poderio militar japonês.

E, como já era de se esperar, os japoneses conseguiram derrotar os chineses.

As Torturas e Os Casos De Estupro

Naqueles tempos de invasão, o pânico e o terror assombravam a população, visto que os soldados dominaram a cidade horas depois de tê-la invadido. Os soldados, então, começam a separar os combatentes chineses dos civis, sendo sempre hostis e brutais com tais pessoas.

Os que eram pegos pelo exército imperial do Japão eram conduzidos a terríveis castigos, como a tortura. E, muitos deles, eram fuzilados ou mesmo decapitados.

A separação era feita por sexo e idade, por exemplo. Segundo fontes, os soldados chegavam a aprisionar os civis, organizá-los e leva-los até uma pedreira, onde havia uma grande cratera. Lá, jogavam os prisioneiros e, munidos de fuzis, executavam tais pessoas.

Houve também relatos de que muitas mulheres, provenientes de países dominados pelo exército imperial japonês eram obrigadas a ceder o seu corpo e manter relações sexuais com os soldados. Além de origem chinesa, mulheres coreanas e filipinas, por exemplo, também eram ‘’escravas sexuais’’.

As vítimas dessa escravização sempre cobraram do governo Japonês alguma indenização pelos danos morais sofridos naquela época, o mesmo sempre negando a realizar os pagamentos utilizando do argumento que as pendências com as guerras já foram esclarecidas e resolvidas. Mas até mesmo uma fundação foi criada com o objetivo de amparar e auxiliar na busca e obtenção desses direitos.

Por Francisco Prado

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Categoria(s) do artigo:
História

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