Guerra Da Barba: Características Gerais e Eleanor De Aquitânia

França e Inglaterra se enfrentaram na Guerra da Barba entre os anos de 1152 e 1153. O rei francês Luís VII barbudo casou com Eleanor, filha do duque compatriota. Recebe duas províncias situadas ao sul como dote.

Com o final das cruzadas e no sentido de acabar com o aspecto selvagem Luís voltou das Cruzadas e raspou a barba, fato que desagradou em níveis consideráveis à esposa. Mesmo com as reclamações de Eleanor ele rejeitou deixar os pelos da cara crescerem novamente.

A história aponta que por causa do simples motivo Eleanor se divorciou e na sequência virou mulher de rei inglês Henrique II. Por consequência e planos geopolíticos ela exigiu as províncias de volta, o líder francês recusou, começou o início da Guerra.

Casamento Jovem: Luta Antiga

Interessante notar que na época que casou com o rei da França, Leonor de Aquitânia tinha apenas quinze anos de idade. Considerada noiva mais desejada de elite europeia na época. Luís VII foi eleito entre dezenas de pretendentes e o território francês aumentou o território até Pirinéus, fato que desagradou outras nações, caso da Inglaterra, por exemplo.

Não se pode ignorar o fato de que Guilherme X expressou no testamento o desejo de que a filha se casasse com o líder francês, filho legítimo de Luís VI, oferecendo em troca o dote. Nos primeiros momentos do casamento o casal vivia relação estável. Entre outras ações Leonor estimulou de modo direto o marido em participar da Segunda Cruzada que se estendeu de 1147 a 1149.

Casamento Jovem: Luta Antiga

Casamento Jovem: Luta Antiga

Principais Motivos: Guerra Da Barba

As divergências entre Leonor e Luís começaram durante a expedição. Ela estava em favor da luta no sentido de reconquistar o Condado de Edessa em estratégia para defender a região de Antioquia, local cruzado sob o domínio do tipo Raimundo de Poitiers. Leonor buscava ações geopolíticas para defender os interesses familiares.

Por outro lado Luís achava melhor fazer o avanço para Jerusalém. Por causa da discussão aconteceu a rebelião dos cavaleiros da Aquitânia, evento que dividiu o exército em duas partes. O líder francês fracassou em atacar Damasco no movimento posterior.

Quando retornou das guerras o rei resolveu cortar a longa barba. Leonor usou o argumento para conquistar o divórcio. Na sequência ela se casa com o rei inglês Henrique Plantageneta II.

Por direito Leonor tinha o dote do pai, ducado e duas províncias situadas na parte sul da região francesa. Depois da separação pretendeu reaver as terras no sentido de oferecer ao novo marido. Porém, Luís VII não aceitou a reivindicação da ex-esposa e declarou guerra contra a Inglaterra. Vale ressaltar que os franceses perderam a batalha contra os ingleses.

Leonor De Aquitânia: Protagonista Na Guerra Da Barba

Alguns historiadores apontam que a relação entre e Henrique começou antes de iniciar a união oficial. A suspeita vem da data de nascimento do filho Guilherme que aconteceu ainda no ano de 1152. Após oito anos ela se separou do segundo marulho e se retirou para Aquitânia. O rompimento aconteceu por causa dos casos com outras mulheres do marido e a fato do mesmo não interferir em níveis significativos no Ducado de Leonor

De modo oficial a reconciliação jamais chegou, pelo contrário, os anos seguintes demostraram ainda maior derramamento de sangue.  No ano de 1773, Leonor junto com os filhos (Henrique o Jovem, Ricardo Coração de Leão e Godofredo) iniciou a revolta contra Henrique II, contando com a ajuda de Luís VII.

Vale ressaltar que a rebelião em si gerou intentas revoltas nas zonas de Poitou e motins de vassalos dentro dos feudos. O rei inglês conseguiu controlar a situação, perdoando os filhos franceses e decretando prisão de Leonor, acusada de ser principal instigadora dos movimentos. Ficou presa por dezesseis anos em diversos castelos espalhadas na Inglaterra.

Com a morte do ex-marido Ricardo assume o trono e liberta Leonor. Ele parte para a Terceira Cruzada (1189-1192) e ela se tornou regente da Inglaterra. Morreu no ano de 1204. O corpo está sepultado na Abadia de Fontevraud, junto com Ricardo I e Henrique II.

Leonor e Joana: Inglaterra X França

Assim como Leonor foi figura feminina que modificou posições geopolíticas entre as constantes guerras de ingleses contras franceses, Joana d’Arc mudou o curso da história e da maré da Guerra dos Cem Anos. Retratada pelo povo da época como santa, herege, fanática religiosa e vidente.

A camponesa de dezesseis anos de idade, crescendo e cuidando do gado em Domrémy, há alguns anos ouvia vozes. Ela às vezes vê os alto-falantes e os reconhece como São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida. As vozes de Joana refletem percepção política astuta que quase nenhum membro da elite apoiou de maneira significativa.

A vida das duas figuras femininas históricas se relaciona com ideia do rei e das pessoas comuns. Nas épocas cada rei francês adquire uma qualidade divina, levando em conta que eram ungidos com o óleo sagrado da Santa Ampola, em Reims.

Na época da Guerra dos Cem Anos existem dois pretendentes rivais à coroa francesa. Um deles é o jovem rei da Inglaterra Henry VI em aliança com os burgúndios para controlar o norte da França, incluindo Reims. O outro está na figura de Charles VII, rei de legítima descendência, figura fraca e confinada às redondas regiões.

A reputação de Joana como uma mulher possuída deve ter precedido a ela. Charles se esconde entre os cortesões para testar seus poderes. Ela diz querer fazer a guerra contra os ingleses a fim de abrir caminho para Reims.

Com os avanços conquistados em Reims Joana ganhou renome por toda a Europa, a garota que mudou o curso da história da Guerra dos Cem Anos. Porém, com a empolgação acabou sendo capturada pelos burgúndios no ataque que fez para defender a retomada da capital Paris.  Várias tentativas são feitas para convencer a se retratar da opção religiosa e aceitar a supremacia inglesa, mas nada adiantou. Foi sentença de morte no dia 30 de maio de 1431, queimada na fogueira como herege reincidente.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
História

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