Ultimamente esta cada vez mais comum ouvir falar em tremores de terra e terremotos, que atingem vários locais no mundo, causando um grande estrago na vida de muitas pessoas. Os tremores de terra não comprometem somente a estrutura do solo, dos locais que atingem, eles quase sempre pegam as populações despreparadas e causam desmoronamentos, incêndios, quedas de prédio ou pontes e outros tantos estragos. O resultado é desolador, muitos mortos, cidades inteiras comprometidas e o medo de que o desastre ocorra novamente. E nesse momento, muitas pessoas se perguntam o que leva a ocorrência dessas catástrofes? Pois uma das explicações são as teorias, que mostram a formação de placas tectônicas. Placas, que segundo os especialistas fazem parte da estrutura do planeta terra, sendo divididas em várias partes que formam o solo onde pisamos. Claro que elas estão muito abaixo de nossos pés, e são divididas em várias camadas. Mas podemos imaginá-las como grandes pedaços de terra, em forma de placas que se movem suspensas sobre a astenosfera, que é uma camada composta pelo magma, com mais de 1.000 graus de temperatura. Esses movimentos provocados pelo ambiente viscoso em que estão suspensas fazem com que elas se choquem e com isso produzam os elementos topográficos , como a formação de novas cadeias montanhosas, erupções de vulcões e as fossas oceânicas. Além dessas manifestações naturais, seus movimentos também podem provocar os terremotos. Isso porque essas placas tectônicas apresentam em suas extremidades os “limites de placa” que se tocam causando essas catástrofes.
Pulando
Limites Das Placas Tectônicas
Sabe-se atualmente que os limites em que as placas podem se tocar são divididos em três tipos, são eles, os limites transformantes ou conservativos, divergentes ou construtivos e convergentes e destrutivos. Esses limites determinam o efeito que esse choque ou afastamento pode representar, quando nos referimos aos movimentos tectônicos. No caso dos limites transformantes ou conservativos, as placas apenas se roçam uma na outra, não causando muita destruição ou modificações na estrutura do solo. Um exemplo desse tipo de encontro é a falha de Santo André ou falha de Acores-Gibraltar. Já no limite construtivo ou divergente, as placas se afastam e aparecem as fissuras, que permitem que o magma suba até a superfície criando uma nova camada da litosfera. Podemos utilizar esse caso para explicar fenômenos como a expansão do fundo oceânico que estão intimamente associados com o vulcanismo fissural. Já o conhecido como limite destrutivo ou de convergência, é considerado o pior deles, pois seu encontro é dado através do choque das placas tectônicas, e seu movimento resulta em modificações maiores. Quando o choque ocorre entre placas que estão do continente e oceano, o resultado é a o avanço da placa continental que pode gerar uma cadeia montanhosa, como, por exemplo, a formação da Cordilheira dos Andes. Já quando essas placas colidem dentro do oceano, o resultado pode ser a formação de ilhas de origem tectônicas. E quando essas placas são continentais e entram em choque, a formação de cadeias montanhosas podem ser o resultado, como por exemplo, o Himalaia. Esse ultimo limite das placas (destrutivo), é talvez o responsável por grande partes das catástrofes naturais, como vulcões, deformações nas rochas, sismos e outros abalos.
Tremendo
O Que Aconteceu no Terremoto do Haiti
Todos ficaram atônitos, com a notícia que era dada em todos os jornais do mundo, sobre o grande terremoto que abalou o Haiti, na cidade de Porto Príncipe. Pois a resposta esta exatamente num dos casos dos limites das placas tectônicas. No caso do Haiti o que houve foi o encontro através do “limite conservativo”. Onde as placas do Caribe e America do Norte se deslocaram roçando uma na outra e atingiram a região, que fica bem próxima dessa falha. Diferente que se pensa, não houve um choque entre as placas, já que na região os movimentos estudados não são de encontro de placas tectônicas. Já no caso do Chile o movimento de choque existe, e os terremotos são resultado desse tipo de deslocamento.
Movimentos Que Fazem a Terra Tremer
Previsão de Terremotos Pelo Mundo
Por incrível que pareça, as previsões de terremotos são ainda muito falhas, pois é muito difícil saber exatamente, em que momento essas placas tectônicas vão se movimentar e se tocar. Hoje em dia, já é possível prever o acontecimento de um terremoto, com horas ou dias de antecedência, mas sempre com um grande índice de probabilidades de erros. E outra questão, que está tirando o sono dos cientistas é o processo de retirada das pessoas. Pois no caso de você saber que vai haver um terremoto em um determinado lugar, como irá fazer para tirar toda a população do local em apenas um dia, ou horas. Isso ocorreu de certa forma na Itália, na cidade de Áquila, onde os representantes avisaram que dali a três dias haveria a ocorrência de um terremoto. Uma cidade com 200 mil habitantes, que tem que conseguir evacuar o local em três dias, e correndo o risco de não haver absolutamente nada. Eles acabaram sendo atingidos.
Agora imagine quem mora na Califórnia, se fosse sair da cidade a cada previsão de terremoto, de fato seria até engraçado. Existem também outros sinais de que a catástrofe se aproxima, é o caso dos chamados “foreshocks” que traduzindo do inglês, significam pré choques. Esses choques indicam que a falha geológica esta dando os principais sinais de movimento, é quando elas liberam energia e indicam que algo esta por vir. Mas de fato, ainda é muito difícil prever com 100% de certeza o momento exato em que as placas vão provocar o terremoto. Portanto, é sempre bom estar atento aos locais mais atingidos e quando for visitá-los, estar preparado para se retirar ou procurar abrigo.
Autoria: Clarissa Pippi
