Fim dos Ursos Polares

Os ursos polares se alimentam basicamente de focas e dependem do congelamento do mar para que possam chegar até elas. Assim que a primavera acaba esses animais deixam de se alimentar aguardando o período de baixa das temperaturas para então voltar a caçar focas. O aquecimento global tem como uma de suas principais consequências o aumento de temperatura das águas especialmente na região do Ártico.

Menos áreas congeladas significam menos áreas de caça de focas pelos ursos, a consequência é a redução de chances de se alimentar e eventualmente o falecimento precoce dos gigantes. A média de redução de área congelada por década é de 13%, nesse ritmo em breve os ursos não terão mais comida e habitat podendo inclusive desaparecer como espécie.

Terra Firme: O Grande Problema

A previsão é de que até o ano de 2050 a população de ursos polares tenha sido reduzida em cerca de dois terços pelo simples fato de não haver mais mar congelado para que eles possam caçar. Enquanto o mar não congela os ursos permanecem em terra firme, no entanto, não há nada de que eles possam se alimentar por lá. Nas últimas três décadas aumentou em praticamente 30 dias o tempo que eles passam em terra firme.

Fim dos Ursos Polares é Consenso?

Embora a redução de tempo de mar congelado seja uma constatação aceita por todos ainda há discórdia em relação à ameaça de extinção que isso representa para os ursos polares. Os cientistas contrários a ideia de urgência declaram que nos últimos 130 anos houve aumento de cerca de 0,75 graus na temperatura do planeta sem afetar verdadeiramente os ursos polares.

A base de argumentação está no fato de que há registro de cerca de 25 mil ursos polares atualmente, um número maior do que foi registrado em 1973 (ano em que se tornou proibido caçar ursos polares). Os cientistas que defendem a gravidade da situação de extinção dos ursos polares declaram que durante o século 19 o principal ponto de redução populacional foi a caça promovida pelo ser humano.

Com a saída de cena da caça que promovia a queda acentuada da população ainda se pode identificar redução da quantidade de indivíduos da espécie. Para se ter uma ideia a população de ursos da Baía de Hudson, no Canadá, foi de 1,2 mil para apenas 800 em apenas alguns anos. Além disso, os ursos polares apresentam saúde mais debilitada com aspecto mais magro devido a dificuldade de se alimentar.

Futuro Ameaçado

Em alguns pontos do planeta como no Estreito de Davis as populações de ursos polares se mantém estável. Esse fato traz à tona a discussão a respeito do quanto às mudanças climáticas está impactando realmente na vida do planeta. Para alguns cientistas os impactos do aquecimento global serão verdadeiramente percebidos dentro de alguns anos.

Os ursos polares podem chegar ao seu fim daqui algumas gerações, é necessário tomar atitudes de prevenção enquanto ainda se pode evitar uma verdadeira catástrofe. Uma corrente científica ainda propõe que os ursos polares seriam capazes de resistir ao aquecimento global valendo-se de genética molecular tal qual teriam feito há milhões de anos quando a espécie se originou dos ursos marrons, momento em que Terra passou por outra onda de calor.

Aqueles que rebatem esse argumento declaram que não existe uma prova de que os ursos polares conseguiram sobreviver a um aumento superior a um grau e meio no decorrer de sua evolução. De acordo com as condições atuais espera-se que haja um aumento de dois graus nos próximos 50 anos. Sendo assim espera-se um aumento de temperatura superior ao que os ursos polares já enfrentaram. Será que esses animais conseguem suportar o aumento de temperatura?

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Animais

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