Fumo Passivo e Riscos na Gravidez

De acordo com especialistas as mulheres grávidas que são expostas ao fumo passivo, ou sejam não são fumantes, mas as pessoas ao redor delas fumam, apresentam um risco maior de cerca de vinte e três por cento de que a criança já nasça morta, pois foi constatado que o fumo passivo aumenta o risco de óbitos nos bebês.

Já foi constatado através de vários estudos que o fumo durante a gravidez pode trazer sérios prejuízos ao bebê , como por exemplo, aumentando o risco de que a gestante tenha um  aborto espontâneo ou ainda a possibilidade da criança nascer com um peso abaixo do ideal. Porém um novo estudo detectou que além desses problemas já conhecidos há ainda o perigo do fumo passivo para a mulher gestante, pois ele pode promover o risco de haver malformações congênitas ou até mesmo da criança já nascer morta.

Os pesquisadores chegaram  a essa conclusão através de uma revisão feita em dezenove estudos já realizados. De acordo com os cientistas as mulheres grávidas  que não fumam mas tem contato com a fumaça de cigarro através dos fumantes, tem o risco maior em mais de vinte por cento de que a criança gerada venha a óbito, sendo que a possibilidade do feto apresentar malformações congênitas é ainda maior ( Em torno de treze por cento). Na pesquisa nenhuma das gestantes haviam fumado durante o período gestacional, porém elas tinham aspirado a fumaça do tabaco de  familiares,amigos e companheiros. De acordo com os dados da pesquisa o pai da criança, era a primeira fonte de fumaça do cigarro que afetava as mulheres em grande parte dos estudos realizados.

Segundo especialistas em pneumologia é bem difícil fazer uma associação entre gravidez e risco dos fumo passivo nas gestantes, por que vários fatores devem ser levados em consideração como por exemplo, a quantidade de fumaça presente no ambiente em que ela se encontra e o número de vezes em que há a exposição da grávida a fumaça do cigarro. Para uma análise mais profunda é necessário saber a concentração do poluente, porém já se sabe que se a mulher for exposta à fumaça de cigarro por várias vezes, com certeza o feto correrá vários riscos, que acontece porque há uma vasoconstrição causada pela fumaça do cigarro, que causa a redução do fluxo de sangue na placenta do organismo feminino.

Desse modo com uma irrigação menor há um aumento da probabilidade do feto já nascer morto. Vale ressaltar que  os possíveis mecanismos que acontecem no corpo da mulher exposta a fumaça do cigarro e que resulta na malformação congênita da criança ainda não foram identificados pelos cientistas. O que se sabe até o momento é que esse risco existe.

Salete Dias