Qualquer cidadão, de uma determinada raça, olha para um irmão seu que é de outra raça, mas que é diferente na cor, nas suas aptidões, nos seus costumes e o discrimina, julgando-o inferior, é um preconceito racial. É a pratica da discriminação racial, pois está julgando sua raça superior a do outro. É a tendência de um pensamento distorcido em que um grupo se acha o certo, o bom, o correto e julga o outro grupo racial diferente. Estes fatores de rescisão têm suas raízes na história dos povos em que suas relações eram sempre de um vencedor e de um vencido, independente de raça, pois muitas vezes, povos da mesma matriz racial guerreavam entre si.
O preconceito racial é histórico. Na Idade Média, desenvolveu-se a idéia da superioridade religiosa. Essa Cultura Religiosa estabeleceu entre os portugueses e os africanos, que apesar de não terem atritos raciais, os negros foram tão subjugados que passaram a ser comercializados pelos brancos europeus, nos famosos mercados de escravos, para atender uma necessidade de trabalhadores numa sociedade, e não por uma questão racial.
Nessa transação comercial, muitos negros ganharam dinheiro trabalhando vendendo africanos aprisionados para os europeus. Mas com o aumento da colonização européia, esses conceitos foram mudando e o preconceito racial foi se afirmando. Os negros e os índios passaram a ser considerados de raças inferiores, aumentando a discriminação e o preconceito de inferioridade racial. Práticas inadmissíveis na sociedade de hoje, eram executadas contra os negros e os índios. O racismo declarado aumentou a tensão entre os dominadores e aqueles que não queriam se submeter às violências praticadas contra os mais fracos. Os casos mais deprimentes na história do racismo e do preconceito racial, foi o confinamento de índios em reservas e a introdução de lei discriminatória como foi a Lei Jin Crow e a Apartheid, na África do Sul.
No Século XIX, houve na Europa, uma tentativa de explicação científica para o racismo e o preconceito racial quando o Conde de Gobineru sustentou que a raça Ariana nasceu na aristocracia dominadora da Civilização Européia, afirmando que os arianos eram os senhores naturais das outras raças, consideradas raças inferiores. Nos EUA, o preconceito racial chegou ao extremo, quando negros, índios, asiáticos e latino-americanos, com a Lei Jim Crow negava aos cidadãos não brancos, uma série de direitos, além de serem submetidos a linchações e a serem queimados vivos sem julgamento. Não esqueça que a História nos dá lições de como não agir com os nossos semelhantes. São fatos que denegriram a história da humanidade. O Nazismo trouxe novamente o mito da raça Ariana, identificando-a com o povo alemão. Hoje se sabe que todas as raças provêm de um só tronco, o homo sapiens. Somos uma evolução do homo sapiens. Não existem raças superiores ou inferiores, elas são sim senhor, simplesmente diferentes, e segundo Kardeck, todas passaram pelo mesmo estágio evolutivo.