São flores tristes que te ofereço, Flores sem viço, flores descontentes. Mas se faço um buquê do aço, Que me fere, com tua indiferença, Não lamento porque flores são eternas.
Deixo as rosas vermelhas, imponentes, Colho um pouco do perfume das begônias, Sinto o cheiro perfumado das azaléias e corro para ver o mimo de um amor-perfeito.
Chego a pensar que do seu amor não me resta mais que o consolo de uma flor que te ofereci. Há tempos não enxergo a beleza de uma hortênsia. E inicio a cuidar do doce lar de uma bromélia… A confundir-me a vista, são tantas cores, avisto a profusão florescente das kalanchoes.
Lírios, violetas e crisântemos, todas irmãs a conviverem numa profusa flora, despertando os sentidos de quem não mais chora, a libertar-se da dor do desamor, por que entendeu finalmente, que a natureza nos dá o consolo de quem tudo já perdeu.