Independência

Independência: Processo Teve Início Com a Fuga Da Família Real De Portugal Devido à Guerra Peninsular

O processo de emancipação do Brasil do Reino de Portugal que ocorreu no início do século XIX foi chamado de Independência. De uma forma oficial, essa data é celebrada no dia 07 de setembro de 1822, ocasião em que o então Príncipe Regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara de Bragança, deu o célebre Grito do Ipiranga: “Independência ou Morte!”. Mas, nos últimos tempos, essa cena que aparece nos livros escolares de história passou a ser contestada pelos historiadores.

Conquista

Conquista

Isso porque os historiadores modernos remetem que o processo de emancipação brasileiro teve seu início quando a Corte Portuguesa chegou ao Brasil Colônia, fugindo da Guerra Peninsular, comandada por Napoleão Bonaparte, durante o ano de 1808. Além disso, em 15 de julho de 1799, D. João Maria de Bragança, que era então o Príncipe do Brasil, precisou ser nomeado Príncipe Regente de Portugal, já que a então monarca, a Rainha D. Maria I, mãe de D. João, foi constatada como louca pelos médicos que a tratavam.

Independencia

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Como Napoleão Bonaparte passava a se afirmar cada vez mais no continente europeu, desde o ano de 1801, a corte portuguesa já pensava em se transferir para o Brasil Colônia, entretanto, duas facções do governo de Portugal dividiram suas opiniões: uma delas, a facção anglófila, era simpatizante à preservação através do mar, do Império Colonial de Portugal, mantendo assim todo o Reino, com apoio na aliança firmada com a Inglaterra. Já a segunda facção, a francófila, apoiava que Portugal se mantivesse neutro, e para manter uma política mais próxima com a França.

Independencia Do Brasil

Independencia Do Brasil

Tanto a facção anglófila como a francófila, recebiam apoio dos maçons ingleses ou franceses. Além disso, circulavam ideias do Iluminismo francês em livros clandestinos, que aumentavam cada vez mais.

Mas, com a decretação do Bloqueio Continental no ano de 1806 em Berlim, fez com que Portugal não conseguisse mais manter sua neutralidade. No ano seguinte, em 1807, foi decretado o Tratado de Fontainebleau que dividiu Portugal de forma arbitrária, em três reinos distintos. Além disso, desde outubro de 1807, o antigo embaixador da França na capital Lisboa, Jean-Andoche Junot, estava se preparando para invadir Portugal. Dessa forma, D. João fez um pacto com a Inglaterra e a partir de 29 de novembro de 1807, a Corte Portuguesa e a Família Real partiram de Portugal para a sua longa viagem para o Brasil Colônia.

No total, mais de 15 mil integrantes da corte e da família real seguiram para o Brasil, em 25 navios mercantes, com escolta de treze embarcações inglesas e dezoito portuguesas. Portugal passou a ser governado por uma Junta de Regência, que foi logo deposta por Junot sob comando de Napoleão Bonaparte.

Devido a presença da família real portuguesa a partir de 1808 no Brasil, muitos historiadores a chamam de “invasão metropolitana”, já que o Estado de Portugal passou a atuar a partir da colônia brasileira, e dessa forma, passou a deixar de ser uma colônia, mas sim passou a atuar como uma metrópole, já que o território de Portugal estava sob domínio da França.

A próxima etapa, que culminou com a Independência brasileira, foi com a Revolução Liberal do Porto, que ocorreu em 24 de agosto de 1820, fazendo com que os portugueses retomassem o seu domínio sobre o território de Portugal. Dessa forma, foi imposto o retorno de D. João V, deixando como regente, D. Pedro de Alcântara, seu primogênito.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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