Introdução
Perguntando se você é do tipo que tenta resolver ou foge da questão, o que me diria?
O Caso

O Profissional e o Perfil
Num domingo de amanhecer lindo em minha pequena cidade, saí para caminhar e no terceiro quilômetro em uma estrada vicinal, me deparei com uma situação um tanto curiosa. Ouvi uns latidos chorosos como se um cachorro pedisse socorro. Aproximei-me de um bueiro de onde ouvia o som e vi um cachorrinho lá dentro.
O bicho estava estressado e começou a latir para mim como se eu fosse responsável por sua situação um tanto incômoda. Avaliei as possibilidades de entrar naquele caixote de 1,50 x 0,50 x 1,70 m para retirar o bicho, mas fiquei intimidado com a brabeza do pequeno animal e as chances de morder minhas pernas ou minha genitália e declinei da ideia de pular lá dentro.
A Primeira Ação para Retirar o Bicho

História
Caminhei mais cinco minutos até terminar o trajeto, voltei naquela corridinha mixuruca que tenho feito ultimamente e em casa, apanhei uma tábua suficientemente grande para fazer uma rampa para o cãozinho subir. Imaginando que ele ia escorregar, levei uns pedaços de madeira para fazer travas, caso necessário. Chegando lá, ele estava quietinho em canto do buraco; havia desistido de pedir socorro e parecia que tinha “entregado os pontos”.
Coloquei a tábua e ele entendeu logo do que se tratava e tentou começar a escalada, porém, escorregava e não passou de trinta centímetros sua subida. As unhas escorregavam e nem conseguia tirar as patas traseiras do chão. Providenciei então as travas na rampa, pregando os sarrafos que havia levado. Depois de algum “convencimento”, começou a subir, foi até a metade do caminho, escorregou e caiu. Ficou amedrontado e estressado com a queda e não houve acordo para uma nova tentativa.
Cheguei a pensar em ir embora, afinal o problema não era meu e sim dele. Uma hora do meu domingo já tinha sido investida em tentar resolver algo que não estava me prejudicando. Resolvi tentar mais um pouco.
A Solução Final

Situações
Vinha vindo um rapaz olhando com certa curiosidade para a cena: um carro parado com o alerta ligado, ferramentas à beira da estrada e um sujeito argumentando e olhando para um bueiro. Disse-lhe bom dia e contei o caso enquanto vinha em minha direção. Parou, olhou para o cão caído e me disse que era apenas um vira-latas e que desceria para retirar o cão. Embora o cão estivesse rosnando para nós, desceu e com intimidade de quem convive com animais, retirou o bicho do bueiro. O cão partiu sem cerimônia.
Moral da História
Por vezes o acaso nos concede situações que por insegurança medo ou outro motivo não buscamos a solução ou escolhemos a mais complicada. Por uma questão de perfil não conseguimos ver uma maneira fácil de resolver aquela questão; investimos muito e o retorno é pequeno ou inexistente. No caso acima, a questão foi resolvida de maneira menos dispendiosa, por pessoa talhada para aquela situação.
Extrapolando para o lado profissional, podemos associar ao recrutamento e seleção de pessoas, onde o perfil do profissional deve estar adequado à função que vai executar, para que o trabalho realizado satisfaça quem o faz, quem o contratou para fazê-lo e quem se beneficiará com o produto ou serviço executado por aquele trabalhador.
Estudos comprovam que fazer com gosto e se orgulhar do que faz, resulta em ganho de qualidade. Devido à necessidade e à falta de oportunidade, temos muita gente em função inadequada ao seu perfil no mercado de trabalho, prestando serviço com qualidade aquém do esperado. Invista em uma carreira profissional que o agrade!