O Real Problema de um País

Em meados da década de 90 quando a internet começou a se propagar pelo país, com ela também  veio a chamada “globalização”, que nada  mais foi do que uma integração maior entre os paises. Se falou muito nessa época que com o avanço da tecnologia provocada pela internet e a globalização se tirariam muito empregos.  E o que se observou de lá para cá foi exatamente isso, uma  mecanização maior das empresas, porém, com a abertura de novas  profissões. Quem por exemplo  pensaria a vinte anos atrás que  existiria hoje a profissão de web design?? E tantas outras profissões ligadas  a tecnologia??

Porém, o que podemos  observar também  é que se continua  falando muito em desemprego como a  tempos atrás.Porque nos dias de hoje é muito  mais fácil se conseguir trabalho do que antes,  mesmo porque  a Internet  trouxe esse  grande facilitador. Não só por conta da  Internet mas das áreas ligadas a  ela, como da informática em que o “leque” de opções se abriu enormemente. Então como ainda  se explica tanto desemprego?? Tantas pessoas reclamando?? Será que o  mercado não consegue absorver tanta  gente assim??

Empregos

Empregos

Não, o que falta realmente tanto  a vinte anos atrás como ainda hoje é a qualificação no mercado  de trabalho. “Ah, mais os cursos técnicos e faculdade é uma coisa cara ainda, poucos tem acesso a um  ensino de qualidade”. Muitas  vezes  escutamos esses argumentos de quem  procura emprego ou ainda está se  preparando para tal. Então, voltemos ainda  lá atrás, falando exatamente da Internet, porque hoje em dia para se conseguir informações ou mesmo se aprender algo novo se consegue muita coisa atráves da Internet,  informações que enriquecem.Porque em termos de qualificação profissional o que vemos no nosso país muitas vezes são pessoas  que apenas assinam o próprio nome e já  são consideradas alfabetizadas,  o que dirá  então se exigir alguma  outra qualificação se nem  se comunicar através da escrita conseguem fazer direito?? E não podemos esquecer  que é apenas o básico saber se expressar direito pela escrita  para se conseguir um emprego como secretária por exemplo, anotando recados.

Então,  tudo está atrelado, não se pode ficar esperando que apenas o governo abra vagas em cursos  técnicos ou profissionalizantes que sejam gratuitos,  ou mesmo se aumente o número de quotas raciais nas faculdades para os grupos menores favorecidos, mas também está na vontade da própria pessoa em se  desenvolver, como ser humano, sua cultura, seus talentos. Em passar a ler, se informar, não apenas como obrigação de curriculo de escola ou algo parecido, mas pelo simples fato de se enriquecer culturalmente. Porque tendo essa mentalidade de enriquecimento cultural, ela cresce, a empresa em que trabalha cresce e a própria economia do país também acompanha esse crescimento, ou seja, todos ganham. Porque muitas vezes também vemos estudantes universitários  que sequer tem as minimas condições  de redigir um texto, imagine então depois que irem para o mercado de trabalho!!

São fatos como esses que a sociedade tem que parar um pouco para repensar. Principalmente o pessoal mais jovem que está entrando no mercado de trabalho agora e nas universidades, deixar um pouco de lado algumas culturas “inuteis” de saber quem casou com quem na midia e passar a se atentar em fatos mais importantes que vai mexer com o seu futuro profissional. Porque também não adianta ficar reclamando que esse ou aquele governo não presta, se em termos culturais deixa-se a desejar. Porque para analisar, precisa-se de um minimo de cultura para entender.  E todos precisam se desenvolver nesse sentido, justamente para que  todos falem a mesma “linguagem”.

Jupira Lucas Zucchetti
Contabilista em Campinas-SP

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Categoria(s) do artigo:
Comportamento

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