Bandido Bonzinho

Você conhece o termo “anti-herói”? Um exemplo conhecido pela maioria das pessoas é a do personagem Robin Hood. Não se sabe ao certo se a história do mesmo é real ou fictícia, mas o fato é que sua repercussão tornou-se uma das mais populares no mundo. O bandido que roubava dos mais ricos para partilhar com os mais pobres viralizou como uma demonstração única, nunca vista antes, de altruísmo e de esperança para a luta contra a injustiça social.

Segundo o dicionário o termo “anti-herói” corresponde ao termo que define um protagonista que não apresenta as virtudes típicas e conhecidas de um herói. Ou seja, o papel principal da história não segue os preceitos da sociedade e mesmo assim é o queridinho do povo. São personagens, que não são completamente maus, mas algumas vezes praticam atos moralmente questionáveis.

A história do Robin Hood, um personagem mítico inglês, se assemelha muito à definição citada acima. Relatos sobre ele começaram a ser contados na Inglaterra, durante o século XII na época das grandes cruzadas. A lenda mais conhecida é que Robin Hood antes de começar com suas atividades ilegais participou ao lado do Rei Ricardo de uma enorme cruzada. Após retornar desta encontrou seu povoado destruído pelos grandes senhores que estavam no poder, além disso, novas leis abusivas foram implantadas quando Robin estava fora, como a proibição de caçar para próprio consumo e sustentação da família.

Insatisfeito com o novo cenário com o qual se deparou Robert Locksley (como era chamado antes de ser conhecido como Robin Hood) passa a se tornar um cidadão fora da lei. Como já sabia práticas de cavalgar, lutar e arquear por ter participado das Cruzadas, utilizou esses conhecimentos para por em prática suas ideias. Uniu-se a um grupo de homens fora da lei e partiu para o combate contra a nobreza inglesa tirana, roubando esses para dar o que coletou aos mais necessitados.

Seu nome foi modificado de Robert Locksley para Robin Hood, porque o jovem sempre andava por ai com um chapéu hood (um tipo de acessório com uma pena pendurada). Em alguns  relatos mais românticos, conta-se que o jovem em uma de suas batalhas venceu o príncipe da Inglaterra, Jonh, e casou-se com Maid Marian a sobrinha do rei que admirava sua luta. Por fim, o rei da Inglaterra, Ricardo Coração de Leão retorna de outras terras e nomeia Robin como um cavaleiro, tornando-o da nobreza (o que não faz muito sentido).

Independe das versões de histórias contadas sobre Robin Hood, ele representa um fora-da-lei. Um bandido bonzinho que começou a observar as injustiças sociais ao seu redor e não ficou parado, mas pelo contrário, lutou para conquistar justiça e respeito pelo seu povo.

Talvez nos dias atuais  essa história também inspire outras pessoas. Injustiças sociais não são poucas com as quais convivemos e nos deparamos todos os dias. Lógico que a melhor maneira não é a partir da ilegalidade e da violência, entretanto, em um país em que as minorias de poder aquisitivo são pouco representadas no governo, talvez outras estratégias de alcance para essa voz devam ser escolhidas.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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