Violência Contra as Mulheres no Paquistão

violência contra as mulheres no Paquistão continua sendo uma dolorosa realidade mesmo nos dias atuais quando na maioria dos países se luta pelos direitos das mulheres e todos os dias surgem novas leis como forma de assegurar as mulheres proteção e direito a liberdade. Denuncias acontecem diariamente, pois é comum vermos manchetes nas revistas e jornais do mundo inteiro a respeito do Mau trato Femininoentretanto por mais que estas aconteçam e que para nós pareça um número significativo na realidade estas denuncias representam uma parcela muito pequena diante da enormidade do número de casos de violência contra as mulheres no Paquistão.

As Mulheres São Fortes, mas infelizmente nada podem diante desses abusos que representam uma das maiores marcas no país e o seu combate nem mesmo de longe tem acompanhado os esforços que as autoridades dizem vem sendo feitos no sentido de eliminar o terrorismo e acabar com a violência que grassa solta neste conturbado país com leis tão esdrúxulas. Enquanto nós nos sentimos orgulhosos da Beleza da Mulher Brasileira e fazemos uso de uns cem números de procedimentos estéticos com o uso de diferentes produtos como o Ácido Hialurônico para melhorar a aparência, na violência contra as mulheres no Paquistão, usam ácido para deformar-lhes o rosto principalmente.

Se você tiver oportunidade de fazer alguma viagem ao Paquistão talvez possa ver Pessoas com Partes do Corpo Bizarras e pode ter certeza de que tais deformações são causadas por atos de violência que são assustadores para qualquer um. Com certeza neste país pode se encontrar muita Mulher Bonita, porém elas são proibidas de mostrar o rosto ou o corpo e para isso usam a chamada burca que as cobre totalmente. A violência contra as mulheres no Paquistão toma diferentes formas pois as leis permitem a vingança dos homens em muitos casos e a desonra é um deles porém as vezes o simples fato de falar com um homem é considerado adultério e passível de punição inclusive com a morte.

A violência contra as mulheres no Paquistão é tradicional e muda as formas conforme os costumes de cada região, e assim lugares onde O Poder da Educação nesse sentido está muito distante e onde as mulheres são apedrejadas, são assassinadas ou simplesmente são casadas com o alcorão para que não possam se tornar herdeiras da família deixando todo o dinheiro para os homens, pois estes sim têm todos os direitos que são negados as mulheres e muitos mais uma vez que tem o direito de vida e de morte sobre suas esposas e outras mulheres da família. A violência contra as mulheres no Paquistão exige uma solução de urgência, entretanto o Parlamento sequer aprovou uma lei mais rigorosa para a punição desses crimes que em sua maioria ficam impunes e mesmo quando são presos ficam pouco tempo detidos e as autoridades colocam barreiras para impedir as mulheres que querem pedir ajuda.

No Paquistão, a violência sofrida por mulheres, infelizmente, ainda é uma coisa comum. Para muitos, algo completamente normal. Os apoiadores dos “Direitos Humanos”, em prol do “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher” denunciaram a situação.

Os esforços para acabar com a violência contra a mulher no país não tiveram o mesmo empenho como o esforço para eliminar o terrorismo, e acabar definitivamente com a violência que assola o país. As mulheres são vítimas de vários tipos de violências, que vão desde “assassinatos por honra”, até agressões com uso de ácidos. Sem falar na grande discriminação.
“A violência contra a mulher é algo tradicional que ganha diferentes formas nas regiões do país”, falou uma assistente social pertencente a uma ONG à EFE, Nyla Qadri.

Nyla Qadri

Nyla Qadri

De acordo com a assistente Nyla, os costumes variam de acordo com as províncias. Uma província tem o costume de cometer “assassinatos por honra”, outra tem o costume de casa-las com Alcorão, para que percam o direito à herança da família, e tem ainda as que provocam queimadas jogando ácido nas mulheres.

Somente em uma das províncias, a de Sindh, existem aproximadamente o equivalente a 5000 mulheres que foram “casadas com o Alcorão”, de acordo com acusações da (AI) Anistia Internacional. Tal ato, de serem condenadas a se casarem com o Alcorão, dá permissão aos homens, parentes dessas mulheres, para que herdem todo os bens da família.

O número de mulheres mortas por parentes, que alegam que as mulheres tenham “desonrado a família”, chega a dezenas anualmente, muitas vezes por coisas insignificantes como, por exemplo, conversar com alguém do sexo masculino. Contudo, Há uma demora por parte do parlamento em aprovar uma lei que endureça e aumente a penalidade no caso de “crimes de honra”.

A maior parte dos crimes dessa natureza ficam impunes, relataram alguns defensores.
“Não há nada honroso em um assassinato, é um crime e deve ser punido como tal”, disse o então presidente em exercício a cinco anos no país, General Perez Musharraf, durante a 1ª condenação dessa tradição, mas que não teve efeitos concretos em relação às violências.

De acordo com relatos da CDHP (Comissão dos Direitos Humanos do Paquistão), somente 20% das pessoas denunciadas por cometer violência doméstica são detidas, mesmo assim, a maioria dos detidos não permanecem presos por muito tempo e são liberados rapidamente.

Membro da ONG HRW, Samya Burney, relatou que embora tenha feito muitas promessas, os governantes de Islamabad fizeram quase nada para mudar o cenário da violência doméstica no estado. “As autoridades criam barreiras para as mulheres que tentam pedir ajuda”, disse a ativista.

Dentre as maneiras mais frequentes de violência contra o sexo feminino no país, está o estrupo, que é cometido livremente sem haver nenhuma punição, como se fosse a coisa mais normal e corriqueira de acontecer.

Do mês de janeiro até o mês de outubro do ano de 2005, 155 mulheres haviam sido estupradas no Paquistão, e desses estupros, 142 foram em grupos.

“Em um país em que oito mulheres são estupradas a cada 24 horas, e no qual de 70% a 95% das mulheres sofrem violência doméstica, não se sabe que comemora o Dia Internacional da Violência contra as Mulheres”, falou à EFE a presidente da Comissão dos Direitos humanos do Paquistão, Asma Jahangir.

Asma Jahangir

Asma Jahangir

Comentários feitos em público por Musharraf a respeito da legitimidade das denúncias feitas pelas vítimas de violência, despertaram repúdio em meio às organizações que defendem os direitos femininos, e foram alvos de críticas, tanto dentro como fora do país.

“Os comentários de Musharraf sobre as vítimas de estupro não levam em conta a realidade do país”, relatou Jahangir, logo após afirmação do presidente de que há mulheres que fazem denúncia dessa forma de crime, aproveitando da oportunidade para assim ter acesso a um visto e conseguirem sair do país.

“A violência contra a mulher é endêmica no Paquistão e os estupros individuais e em grupos estão aumentando. O assunto é muito sério para ser tratado de forma retórica”, relatou a ativista. As mulheres do Paquistão estão expostas a outros tipos de riscos tão sérios quantos os descritos acima, riscos como serem usadas como pagamentos de dívidas das famílias e à prostituição.

“Ainda existem costumes no Paquistão como a “swara”, na qual a mulher e vendida, estuprada ou forçada a se casar com um homem em troca de uma dívida de sua família ou para selar uma aliança”, disse o educador Seemi Alam.

Mas as coisas estão mudando, Asif Saeed Khosa, principal juiz do país, comunicou na TV, em rede nacional, que serão criado no país vários tribunais, para que se possa fazer um combate mais efetivo da violência sofrida pelas mulheres. Tais informações derivam do jornal “The Guardian”.

Asif Saeed Khosa

Asif Saeed Khosa

O comunicado é de tamanha importância, pois vai de encontro a um problema que, segundo os ativistas, é ignorado a um longo tempo pela justiça Paquistanesa.

Saeed falou que, com a criação desses novos tribunais especiais, as pessoas que forem vítimas poderão se pronunciar sem receio de serem intimidadas, e nem de sofrerem retaliação. Em um país onde a maioria é muçulmano conservador, no Paquistão, muitas vezes a violência contra a mulher é tida como tabu.

“Teremos 1.016 tribunais para a violência de gênero em todo o Paquistão, com pelo menos um deles em cada distrito”, confirmou o juiz. “A atmosfera nesses tribunais será diferente da de outros tribunais para que as vítimas possam abrir seu coração sem medo”, concluiu.

De acordo autoridades locais, os tribunais que serão criados funcionarão nas jurisdições que já existem no país. Porém, as audiências que se tratarem de violência doméstica serão realizadas separadamente dos demais casos, possibilitando às vítimas testemunharem em total sigilo.

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