O Circo
Os circos são basicamente uma companhia em que vários artistas – das mais variadas especialidades – se reúnem visando fazer apresentações e espetáculos para entreter e divertir o público, sendo que as principais especialidades são o malabarismo, a atuação como palhaços, o contorcionismo, o equilibrismo, o ilusionismo, a acrobacia – que é o foco do artigo de hoje – entre muitos outros.
Normalmente essa apresentação citada é feita por meio de um conjunto de vários atos que são previamente ensaiados e coreografados em conjunto com música e outros artistas. O circo na maioria das vezes é organizado em uma arena onde ao centro se encontra um picadeiro circular e em volta existem os assentos, podendo até mesmo ficar na forma da arquibancada. Já os circos itinerantes, que são ainda mais comuns, tem a tendência de ser realizado embaixo de uma grande lona ou tenda.
A história da origem dos circos é bem antiga, pois existem registros que comprovam que há pelo menos mil anos, esse tipo de arte já era praticada, principalmente pelos chineses, gregos, indianos e egípcios, que eram as civilizações antigas mais ligadas a isso. Porém, o circo no qual conhecemos atualmente, começou a tomar essa forma apenas durante o Império Romano.
O primeiro circo a realmente alcançar a fama foi o Circus Maximus – que é um circo antigo que se localizada em um estádio que era utilizado com fins de promover corridas de biga, sendo assim um dos maiores locais de entretenimento da Roma. – Esse circo foi inaugurado no século VI a.C. e possuía uma capacidade ótima, principalmente pros parâmetros da época, podendo acomodar cerca de cento e cinquenta mil pessoas.
Como foi citado, na época, a principal atração que lá se possuía eram as corridas feitas com carruagens, porém, conforme o tempo foi passando, foram adicionadas novas modalidades, como apresentações de animais selvagens, lutas de gladiadores e ainda a apresentação de pessoas que tinham habilidades fora do comum, como aquelas pessoas que engolem fogo, por exemplo, sendo que isso é comum até nos dias de hoje.
Esse anfiteatro foi tomado por um imenso incêndio, e desse modo, destruído. Porém, no ano de quarenta a.C., ele foi substituído pelo famoso Coliseu, que no dia de hoje é um dos principais pontos turísticos e cartões postais de Roma. Por todos esses motivos é que a Roma é considerada uma das cidades mais importantes para a história e para a difusão do circo e das artes circenses de maneira geral.
Com o início da era medieval e o fim do império dos Césares, os artistas que eram mais populares começaram a improvisar suas apresentações em locais públicos, como feiras, praças e entradas de igrejas e com isso passou – se a existir a tradição de famílias que se juntavam e passavam a viajar entre as mais variadas cidades com o objetivo de apesentar diferentes números artísticos, como os de pirofagia, os de dança e teatro e ainda os de malabarismo.
Porém, tudo isso que foi citado é considerado somente uma “pré história” das artes circenses, pois o circo moderno, com as características que conhecemos hoje – como o picadeiro circular e com a disposição das atrações da maneira atual – surgiu apenas no século XVIII, na Inglaterra.
O antigo militar chamado Phillip Astley, que era um cavaleiro com muitas habilidades, criou e inaugurou o Anfiteatro Real das Artes, ou Amphitheatre of Arts, no ano de 1768 em Londres, visando apenas as apresentações que envolviam palhaços. Mas como tudo tinha um clima muito sério, se teve a ideia de fazer uma quebra com apresentações de palhaços, acrobatas e malabaristas, deixando o clima mais leve e divertido.
Essa ação gerou tanto sucesso, que depois de se passarem cinquenta anos esse tipo de circo inglês passou a ser difundido por várias outras cidades, não ficando limitado apenas na Europa, mas sendo espalhado por todo o mundo.
Já no Brasil, o circo e toda a sua história se iniciou no século XIX, época em que as famílias que vinham da Europa passaram a se agrupar em guetos e vinham como modo de manifestar todos os seus sentimentos e emoções as interpretações teatrais, nas quais não mostravam apenas seus interesses pessoais e individuais, mas sim, pensavam no coletivo e tentavam despertar a consciência de toda uma sociedade.
História do Circo
Nessa época aqui no Brasil já era possível encontrar ciganos europeus, já que lá eles eram extremamente perseguidos, mas apesar disso, eles sempre se relacionavam fortemente com o circo e suas principais especialidades eram o ilusionismo, as exibições com animais (principalmente o cavalo) e os domadores de ursos. Esses artistas começaram a viajar de cidade em cidade e faziam adaptações em suas apresentações conforme os gostos daquela população, e os números que não agradavam muito o público eram removidos daquele programa.
Atualmente é possível encontrar circos novos e extremamente modernos, como é o caso do Cirque du Soleil, que é um tipo de movimento mais recente, mas que ainda adiciona as técnicas tradicionais dos circos em seus números, porém, carregando ainda a influencia de outros tipos de arte, como o teatro e a dança.
Um fator que é muito controverso nos dias de hoje é a utilização de animais nos circos, onde as pessoas que são contra esse uso argumentam que esses animais na grande maioria das vezes sofrem maus tratos, que vão desde cerrar os dentes dos animais de modo precário e indevido até a mantê-los em locais muito pequenos e submetê-los a um estresse indevido. Outro ponto é que acidentes com animais selvagens é algo muito comum, onde as pessoas acabam saindo feridas ou em casos mais extremos, até mesmo mortas.
Porém existe outra vertente de pensamento que acha que o uso de animais nos espetáculos é algo bastante comum, que alegam que vários circos brasileiros contam com uma infraestrutura séria, contando com o auxilio e a orientação de biólogos e veterinários que são contratados especificamente para garantir o bem estar dos mesmos, além de também possuírem uma documentação adequada do Ibama.
Hoje em dia aqui no Brasil o uso dos animais como forma de entretenimento nos circos é proibido em doze estados e em algumas cidades, porém, na maioria ainda é permitido legalmente essa utilização.
Mestre das Acrobacias
As acrobacias são um tipo de arte circense que trabalham movimentos corporais que demandam muita destreza. Elementos que podem auxiliar na apresentação desse tipo de arte são os balanços, os pêndulos e os trapézios, sendo que muitas vezes eles são colocados em uma altitude elevada, visando deixar os números do circo ainda mais emocionantes.
Esse tipo de arte se originou no ano de 1500 em espetáculos da Grécia Antiga, e o principal objetivo dela é realizar coreografias com músicas, podendo ser realizada individualmente, em pares ou até mesmo em equipes. Ela é considerada um tipo de arte que necessita de muito treinamento e persistência, e que não é facilmente realizada, dependendo de um esforço considerável da pessoa e também não sendo praticada por uma grande parte da população. Por esse motivo, pessoas que se saem bem na acrobacia acabam sendo consideradas como mestres
