O Insigth
Em contato com um funcionário público de alta patente de uma instituição de renome no Brasil, pude ter o prazer de participar de explanação sobre toda sua vida estudantil em escolas federais, e, posteriormente emprego garantido para vida toda, com plano de carreira invejável. O ponto máximo da questão não é bem este; trata-se da “sacada” que este senhor teve, somente quando foi fazer um curso de administração em uma escola particular, passando a conviver com pessoas que, como a maioria do povo brasileiro, disputava o mercado de trabalho palmo a palmo. Só então pode entender algo sobre concorrência, insegurança em não cumprimento de metas, possibilidade de amanhã estar desempregado, entre outros fatores. Se você está ou esteve no mercado de trabalho, sabe bem do que falo.
Agnes Browne
Na Carne
Na teoria é uma coisa, na prática é outra. O que quero dizer? Você sabe como é não ter comida regular por dias a fio, dormindo sob uma marquise numa avenida de uma grande cidade? Se você viveu experiência do tipo, sabe do que falo. Eu não vivi, ainda! Conheço outras partes indesejáveis desta vida, mas a de dormir ao relento por necessidade, não vivi. Quando ouvimos falar por bocas alheias sobre uma tragédia, avaliamos a dor das pessoas, mas não a sentimos literalmente. Você pode imaginar o mau-cheiro daquela cidade haitiana dias após o terremoto? Pois é, não dá para imaginar. Só estando lá na força de paz ou sendo um nativo, para penetrar na dor daqueles semelhantes.
Livro Despertar da Vida
Quase Sempre
Quantas e quantas vezes nos equivocamos com o estado emocional do ser que mora do nosso lado. que pode ser a vizinhança, familiares em nosso sofá ou em nosso leito. Não despertamos ainda para a vida, para que mesmo procurando manter nossa unidade pensante, possamos entender os próximos semelhantes. Quase sempre preferimos a fuga, cuidando de um bicho ou do gramado do jardim, a resolver questões pessoais.
Mockingbird Don't Sing
Voltando ao Caso Inicial
Já dizia o poeta, “a dor da gente não sai no jornal”. O senhor do início do texto, que muitas vezes criticou seu emprego e teve vontade de sair romanticamente pelo mundo, só enxergou a problemática de próximos, quando esteve na linha de frente da “batalha”. Mesmo camuflado e protegido por sua situação estável, pode perceber a dificuldade que é viver fora dos muros da fortaleza, que se mostrava sua empresa.
As críticas pessoais ao nosso estado atual nem sempre têm fundamento, procuramos “achar chifres na cabeça de cavalo”, até para termos um sentido a mais em nosso cotidiano. É da índole de boa parte da raça humana, viver insatisfeita, buscando algo que não se sabe bem o que é.
FORTE abraço!
Autor: Dirceu Pereira Mendonça
