Como Vivem os Esquimós?

Esquimós são povos indígenas que tradicionalmente habitavam a região circumpolar do leste da Sibéria (Rússia), Alasca (Estados Unidos), Canadá e Groenlândia. Há dois grupos principais que são referidos como esquimó: Yupik e Inuit. Um terceiro grupo, o Aleut (Unangan), tem relação direta. Em 1977, a Conferência Circumpolar Inuit, em reunião no Alasca, adotou oficialmente Inuit como designação para todos os povos nativos circumpolares, independentemente do seu ponto de vista local em um prazo adequado. Conheça um pouco da cultura e saiba como vivem os esquimós.

Características Gerais dos Esquimós

Os esquimós são povos que residem no Ártico há milhares de anos. Possuem organismo e cultura desenvolvida para sobreviver nas regiões mais frias do plante Terra. As teorias aceitas em nível mundial dizem que o surgimento é oriundo do deslocamento por parte dos índios americanos, que chegaram à região do Alaska depois de terem vindos do noroeste da Ásia via Estreito de Bering.

Não se pode dizer que os esquimós possuem nação própria. No entanto, grande parte das famílias possui alto nível de solidariedade e espírito acolhedor. Em termos gerais são considerados nômadas por natureza. A civilização está baseada em ordens poligâmicas e patriarcais nos quais os homens possuem maiores mulheres conforme o numero de riquezas que detém.

Os esquimós possuem regras importantes e de reconhecimento dos valores das crianças em consequência das próprias crenças religiosas e filosóficas.  De acordo com as regras do conjunto de crenças, as crianças representam reencarnações dos próprios antepassados.

Interessante notar que grande parte dos esquimós possui altura baixa, com média de 1,60 m por habitante. Mesmo com os membros curtos, possuem corpos fortes e musculosos fruto do constante exercício. Para sobreviverem os esquimós precisam pescar ou nadar. Normalmente fazem este itinerário acompanhado por cães de caça adaptados para a ação. Existem alguns cachorros que puxam os trenós, considerado com principal meio de transporte das tribos.

Nas residências as mulheres se dedicam nos serviços de costura e cozinha. Os esquimós aproveitam o máximo possível dos animais caçados, desde a carne até os ossos. Alimentos preparados com água fervida, porém, por causa da lentidão oriunda da escassez de combustível.

Esquimós no Alasca: Primeira Geração

Os Yupik do Alasca e da Sibéria oriental evoluíram no início há cerca de quatro mil anos atrás. O ramo da língua Inuit se tornou distinto em apenas algumas centenas de anos e se espalhou pelo norte do Alasca, no Canadá e na Groenlândia. A cultura mais antiga conhecida esquimó pode datar de cinco mil anos atrás, embora ainda não existam dados seguros relacionados com estimativa.

Hoje, os nove mil milhões principais grupos de esquimós são os Inuit do norte do Alasca. O Yupik compreende falantes de quatro diferentes línguas originadas no Alasca ocidental, no Centro-Sul, ao longo do Golfo da Costa do Alasca e extremo Oriente russo.

No Canadá e na Groenlândia, o termo esquimó tem caído em desuso e às vezes pode ser considerado pejorativo. Porém, leis constitucionais canadenses de 1982 reconheceram os Inuit como tribos aborígenes distintos na região que pode gozar de diversas defesas na lei por serem considerados povos nativos, isto é, os primeiros colonizadores da respectiva zona no Canadá.

Como resultado, o governo canadense substituiu o extinto termo esquimó por Inuit. Não se pode ignorar o fato de que o mesmo termo significa groenlandeses na Groelândia. Os esquimós utilizam tipos de armaduras laminares de couro endurecido, reforçadas por madeiras e ossos usados por nativos siberianos. Por causa das diferenças linguísticas, étnicas e culturais entre os povos Inuit e Yupik, há incerteza quanto à aceitação de qualquer termo que engloba todas as tribos. No entanto, mesmo o povo Inuit, no Alasca, refere a si mesmo como Inupiat.

Linguagem dos Esquimós Yupik e Inuit

Inglês, Inupiat e Barrow são as três línguas faladas no Alasca. A linguagem sirenikski, que é praticamente extinta, às vezes é considerada como outro ramo da família de línguas esquimós, embora a maioria das fontes considere a linguagem como grupo pertencente ao ramo Yupik.

Linguagem de esquimós compreende uma complexa cadeira ade dialetos que se estende por diversas regiões sutadas no eixo norte do globo terrestre. Em épocas antigas, os falantes de dois dialetos adjacentes eram capazes de entender línguas de outras tribos. No entanto a ação comunicativa aconteceria com dificuldade no que tange a compreensão exata.

Dialetos no oeste do Alasca, onde grande parte da Inupiat desenvolveu cultura há quinhentos anos, foram originadas as principais línguas que ainda são faladas pela população aborígene. Embora as estruturas gramaticais de línguas Yupik e Inuit fossem semelhantes, elas têm diferenças pronunciadas fonologicamente. As diferenças de vocabulário entre Inuit e qualquer uma das línguas Yupik é maior do que entre quaisquer outras duas línguas Yupik.

Esquimós Siberianos Yupik

Yupik siberiano residem ao longo da costa do Mar de Bering, na Península de Chukchi, Sibéria, no extremo Oriente russo e nas aldeias de Gambell e Savoonga, situadas na Ilha de São Lourenço. Na Sibéria, em cada trezentas pessoas, novecentas falam Yupik siberianos e estudam a linguagem na escola.

Alguns falantes de línguas siberianas Yupik falavam uma variante esquimó no passado, antes de serem submetidos às mudanças de linguagem. As peculiaridades deles ascenderam à ininteligibilidade mútua, mesmo com seus parentes mais próximos de linguagem. Muitas palavras são formadas a partir de diferentes raízes, mesmo a gramática tem várias peculiaridades.

Pouco se sabe sobre a origem desta diversidade. De acordo com uma suposição, as características dessa linguagem pode ser resultado de supostos isolamentos de outros grupos esquimós, estando em contato apenas com os falantes de línguas não relacionados por muitos séculos.

Mitos sobre o Esquimó

Muitos pensam que existem diversas palavras para designar as bolas de neve, o que representa equívoco grande. A variação das palavras tem relação com as formas, cores, idades, entre outros aspectos. Outro mito está no pensamento de que eles vivem em iglus. Na verdade, estas casas compostas por neves servem como abrigos temporários para as épocas de caça que acontecem no final do inverno ou da primavera. Foi uma importante habilidade de sobrevivência que faz uso de materiais disponíveis e ainda podem ser usada hoje em emergências, ou para se divertir, como parte da transferência do conhecimento tradicional entre gerações.

Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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