Os Segredos Escondidos no Nosso Modo de Andar

Quem acha que o nosso modo de andar não tem motivo algum, e cada um tem o seu, está muito enganado. Como quase tudo na natureza, o modo como andamos foi cuidadosamente melhorado com o passar dos anos, para que fosse cada vez mais eficiente do ponto de vista energético.

De acordo com uma pesquisa realizada por biomédicos da Universidade de Tecnologia de Delft e da Universidade de Michigan, ambas situadas nos Estados Unidos, o modo como um ser humano anda hoje em dia é resultado de uma lenta evolução, que acabou transformando nossa caminhada em um modelo de eficiência energética capaz de poupar cerca de três terços a mais de energia do que a caminhada de animais como o chimpanzé.

Avaliando a caminhada

Os Segredos Escondidos no Nosso Modo de Andar

Os Segredos Escondidos no Nosso Modo de Andar

Para avaliar o nosso modelo de caminhada os biomédicos criaram um modelo mecânico para reproduzir a dinâmica usada pelo corpo humano para caminhar, balançando os braços. Depois os testes foram reproduzidos com o auxilio de dez voluntários, para observar o modo de caminhada em modelos reais.

Os pesquisadores acreditam que nosso maior aproveitamento energético é produto da nossa evolução, já que o homem anda ereto há cerca de 4,5 milhões de anos. O que resultou em mais tempo para aprimorar o modelo energético.

Modelos de caminhada

Modo

Modo

O modo natural de andar, balançando os braços e pernas alternadamente suaviza o movimento da passada, reduzindo significativamente o gasto energético que os músculos teriam se os braços não servissem de ponto de equilíbrio para o movimento giratório das pernas.

O modo de andar imposto para os soldados, por exemplo, chega a gastar 12% mais energia do que o modo normal, balançando os braços. Isso porque segurar os braços ao dar as passadas afeta o equilíbrio natural do corpo, que acaba exigindo um gasto metabólico maior para conseguir manter os ombros fixados na lateral do corpo.

Mas o caminhar típico dos soldados não é o que mais gasta mais energia: o primeiro lugar de gasto metabólico vai para o passo em que a pessoa movimenta os braços e as pernas na mesma direção na hora de dar a passada.

Como o cérebro fica se esforçando para garantir que os braços permaneçam inoveis e alem disso ainda tem que cuidar para que ele se movimente para o mesmo lado em que a perna está indo, o gasto calórico tende a ser 26% maior do que o exigido para andar normalmente.

Eficiência energética

Modelo

Modelo

Este modo de caminhar alternando os braços e as pernas na hora de dar a passada garante tanta eficiência energética que é o modelo de caminhada escolhido pelos animais quadrúpedes, como felinos, cães e cavalos. No entanto, entre os bípedes os seres humanos são os que possuem a melhor passada.

Neto

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