Crise no Bordel

Os Bordeis

Os bordeis, também conhecidos como prostíbulo e outros nomes mais baixos, são locais que são diretamente ligados a prostituição, e que muitas vezes funcionam de maneira ilegal, já que essa é uma prática ilícita em muitos países e a atividade é realmente considerada um crime. Os bordeis não devem ser confundidos com cabarés, já que de maneira geral, os cabarés são somente uma espécie de boate.

Esses ambientes são na maior parte das vezes gerenciados por mulheres mais velhas – que em grande parte dos casos são ex prostitutas – e que com o passar do tempo ganham a capacidade de administrar esse local, liderando todas as atividades. Essas mulheres são comumente conhecidas por cafetinas, e geralmente são muito respeitadas nos locais onde vivem. Vale ressaltar que nada impede de que um homem gerencie um bordel, mas normalmente o primeiro caso é mais comum.

Como já foi apontado, vários países entendem como um crime a existência desses locais, e aqui no Brasil isso não é diferente, sendo que o fato de uma pessoa possuir e manter um estabelecimento desse tipo – seja por conta própria ou trabalhando para terceiros – é um crime que se encontra descrito no Código Penal Brasileiro. Porém, algumas pessoas buscam interpretações alternativas para essa lei, dizendo que só é considerada crime se esse estabelecimento fazer com que as mulheres que lá trabalham sejam exploradas ou colocadas em situação de vulnerabilidade, e que caso contrário, é uma atividade regular.

A Prostituição Na Visão Feminista E a Crise Dos Bordeis

Existe um questionamento muito grande a respeito da prostituição nos assuntos do aspecto feminista, já que existem pessoas que afirmam que essa é uma forma de empoderamento, já que as prostitutas estão fazendo o que desejam com o próprio corpo, mas outras pessoas já são contra possíveis legalização da prostituição, alegando que essa é uma forma de abuso contra as mulheres.

O que é realidade é que mulheres e meninas tem sofrido muito e morrido da forma mais triste possível, só porque na maioria das vezes não existe outra oportunidade e nem outra forma de ganhar dinheiro para sobreviver, e assim precisam se sujeitar a garantir o prazer dos homens que se interessam na submissão feminina. É aí que se encontra a raiz desse problema: é fundamental que existam oportunidades de emprego e de vida digna para todas as pessoas, para que a prostituição acabasse, mas isso é praticamente utópico.

Ilustração de uma Prostituta

Ilustração de uma Prostituta

Existem alguns estudos que tentam entender as motivações das prostitutas iniciarem nessa vida, buscando participar das atividades em bordéis e ambientes do tipo, e os resultados mais típicos são: a falta de outra oportunidade, como é o caso das moradoras de rua por exemplo. Outro resultado muito pontual é que grande parte das prostitutas estavam sob custódia desses estabelecimentos, ou seja, precisavam de moradia e comida digna, e em troca disso se submetiam a esses tipos de atividades. Além disso, metade das mulheres que participaram dos estudos apontam que começaram a se prostituir antes dos dezoitos anos de idade, e o resultado mais surpreendente e relevante é que mais de setenta por cento delas alegam já ter sofrido abuso sexual quando eram crianças.

Ainda que possam vir a sofrer alguns prejuízos e crises – sendo essa a temática do artigo de hoje e que será tratado abaixo – os bordeis e os outros tipos de cafetinagem são negócios extremamente lucrativos, já que na maior parte das vezes o esquema funciona onde cada mulher dá uma porcentagem do seu valor cobrado para o dono do bordel, e quando isso é comparado com um salário mínimo, por exemplo, os valores são chocantes.

Então é por isso que muitas pessoas se sentem inicialmente atraídas por esse caminho. Porém, não é nenhum pouco agradável se sujeitar a fazer sexo com até vinte pessoas desconhecidas por dia, então ainda que possam gerar uma renda, a prostituição em bordeis envolve sim força, manipulação e persuasão, o que é muito problemático.

Assim sendo, na maioria das vezes os donos dos bordeis convencem as mulheres – ou até mesmo meninas – a entrarem nesse mundo, primeiramente como uma brincadeira, ou ainda passando uma ideia glamourizada e temporária, que infelizmente é muito convidativa. Porém, esse sexo comercial mostra suas piores faces com pouco tempo, e muitas vezes quando a mulher quer parar de trabalhar com isso, se vê presa, seja por condições financeiras, seja por pressão e outros problemas psicológicos e emocionais.

Outro grande problema que está ligado diretamente a prostituição é o tráfico sexual, já que isso é considerado até mesmo uma forma de escravidão dos tempos atuais. Esse termo pode ser explicado como a utilização de força, indução e vulnerabilidade para fazer com que uma pessoa seja explorada sexualmente. Para ser considerado tráfico sexual, não necessariamente a pessoa tem que ter sido levada de um lugar para outro, ou seja, um bordel pode ser sim uma forma de tráfico sexual.

Todos esses pontos apresentados podem e deveriam fazer com que os frequentadores desses ambientes que foram citados acima – os bordeis e prostíbulos – reflitam mais a respeito dessa temática, e que com o tempo, percam o interesse em participar desse comércio de corpos, fazendo com que os bordéis caiam em popularidade e consequentemente isso afete em uma crise nesse tipo de mercado. Isso pode ser ruim única e exclusivamente para as pessoas que exploram, mas com certeza as mulheres se toram muito mais livres e aliviadas.

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