Sereias e Harpias na Mitologia Grega

Seres mistos de mulheres e animais (aves na figura clássica da mitologia grega), simbolizavam maus presságios e perigos e estavam presentes em alguns dos mais famosos mitos e obras gregos, como por exemplo a Argonáutica e a Odisséia.

Sereias

Dotadas de um canto irresistível que atrai os marinheiros para a morte nas águas, as sereias são, originalmente na mitologia grega, seres mistos de aves e belas mulheres. Porém a palavra “sereia” nas línguas portuguesa, espanhola, francesa, italiana e algumas outras é a mesma usada para representar uma criatura fantástica metade peixe e metade mulher. Embora esta sereia tenha alguma similaridade em poderes com a sereia grega, é outra criatura e na arte grega era representada como uma ave com cabeça de mulher ou então como uma mulher com asas e pernas de pássaro. Uma de suas possíveis origens é que eram companheiras de Perséfone, e que ganharam as asas pelo poder da deusa Deméter, para que a ajudassem a procurar pela filha, quando esta foi raptada por Hades.

Romana

Odisseu (Ulisses)

Foi um dos heróis gregos que encontrou-se com as sereias, em sua jornada de volta para Ítaca após a guerra de Tróia. Foi avisado por Circe a respeito do canto das criaturas e ordenou a seus marinheiros que tampassem os ouvidos com cera de abelhas. No entanto curioso a respeito do canto das mesmas pediu para ser amarrado ao mastro, aonde pôde ouvir as sereias sem ser capaz de jogar-se ao mar em direção a elas. Algumas histórias dizem que as sereias morreram após a passagem incólume de Odisseu.

Em outra história, tentaram também atrair com seu canto os argonautas em sua jornada, porém o grande músico Orfeu, ao ouvir seu canto, usou de sua lira para tocar uma música tão bela que anulou os efeitos da tentação das criaturas.

Harpias

Já as harpias eram muitas vezes representadas ou descritas como sendo horrendas e violentas, mas eram também representadas como aves com cabeças femininas ou torso ferminino. Em algumas fontes as harpias eram três: Aelo, Ocípete e Celeno.

Responsáveis por punir Fineu, que abusou do dom da profecia concedido por Zeus, roubando toda comida dele antes que ele pudesse consumi-la, ou sujando e estragando qualquer resto que ele pudesse encontrar. Foram encontradas pelos argonautas, que com o heroísmo dos boréades, guerreiros alados, conseguiram espantar as harpias e libertar Fineu. Porém como eram irmãs de Íris, divindade do arco celeste de mesmo nome, foram poupadas por pedido da mesma.

As harpias fizeram parte também da obra Eneida, aonde aparecem para os troianos com maus presságios durante um banquete, em que roubam a comida. Aparecem ainda no Inferno de Dante (parte da Divina Comédia), aonde fazem parte da punição dada aos suicidas, fazendo ninhos nas árvores que aprisionam as almas dos suicidas.

Por Guilherme Corrêa

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
História

Artigos Relacionados


Artigos populares

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.