No ano de 1336, a.C, nasceu no antigo Egito um menino que foi transformado em rei antes de ser um adulto. Seu nome era Tutancâmon. Ele ficou conhecido como o “Faraó Menino”.
Tutancâmon, era filho do faraó Aquenáton e, de sua segunda esposa a rainha Kiya.
Alguns historiadores, citam Nefertiti como sendo a mãe de Tutancâmon, pelo fato de ela ter sido a esposa principal de Aquenáton. Porém, ela teve seis filhas, nenhum filho homem. Como ter um filho homem na época, era quase uma obrigação, Aquenáton procurou tê-lo com outras mulheres. Há ainda outras versões sobre a origem de Tutancâmon.
Veja outra versão: embora, inscrições encontradas em blocos de pedra dão como certa a sua origem, alguns investigadores continuam dizendo que Tutancâmon era filho do rei Amenófis III e, de sua esposa a rainha Tié.
A curiosidade desses investigadores ficou ainda mais aguçada ao ser descoberto no túmulo de Tutancâmon, um cacho de cabelos da rainha Tié. Juntando esse fato com as semelhanças físicas entre eles dois, pensaram ter confirmado então, a origem de Tutancâmon. Até que exames de DNA feito nas múmias, comprovaram que o “Faraó Menino” era mesmo filho de Aquenáton e, de sua esposa Kiya. A semelhança física entre ele e a rainha Tié nada tem de estranho, visto que ela era sua avó paterna. Aquenáton, era filho do rei Amenófis III. Portanto, não existe dúvida sobre a sua origem.
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Uma Vida Marcada Por Tragédias
Tutancâmon teve a vida marcada por acontecimentos infelizes, desde o seu nascimento. Sua mãe, a rainha Kiya, morreu durante o seu parto. Essa afirmação deve-se ao fato de ter sido encontrada no túmulo de Aquenáton, uma cena em relevo que retrata um lamento de morte por um membro importante da família. Para os historiadores, levando em conta a idade de Tutancâmon e a época descrita na cena, o lamento era pela morte da rainha Kiya, mãe de Tutancâmon. O rei Aquenáton, morreu ainda muito novo. Deixando Tutancâmon ainda criança. Com a morte de Aquenáton ficou no trono em seu lugar, um nobre conhecido como Semencaré ( alguns historiadores acreditam que Semencaré era Nefertiti disfarçada).
A morte prematura de Semencaré ficou envolvida em mistérios. Com o trono vago, armaram uma emboscada liderada pelo vizir, que queria o trono para si. Promoveram uma matança onde estavam Tutancâmon, sua irmã, alguns funcionários e outras pessoas ligadas a ele.
Após a matança de onde somente Tutancâmon e sua irmã sobreviveram, alguns funcionários que serviam ao rei seu pai, sentiram a necessidade de tirar o menino dali e colocá-lo em segurança. Ele e sua irmã, Anchesenamon foram levados para Tebas para serem casados e coroados. Nessa época, ele tinha 9 anos e sua irmã 11 anos. Tutancâmon foi coroado e subiu ao trono como faraó. Mas, como era muito jovem, quem ficou governando o Egito nessa época, foram os seu tutores que eram dois altos funcionários do (Aye Horemheb) tempo de Aquenáton.
Como Era Tutancâmon?
Embora alguns historiadores descrevam Tutancâmon como “foi um jovem saudável”, estudos recentes comprovam o contrário.
Tutancâmon tinha a saúde muito debilitada. Exames feitos recentemente, bem cuidadosos, mostraram aos cientistas que ele sofria de malaria. Essa afirmação vem do fato de ter sido encontrado sinais do protozoário parasita que causa essa doença.
Analisando o DNA das múmias relacionadas (com parentesco) com Tutancâmon, descobriu-se que seus pais eram irmãos (no antigo Egito, isso era comum, para manter a coroa real dentro da família). Pode ser que, além das doenças que ele tinha, herdadas de seu pai, o fato deles (pais) serem irmãos ter provocado outras doenças. Tutancâmon sofria de fenda palatina, síndrome de Köhler-Freberg (essa doença impede que o fluxo sanguíneo chegue normalmente até aos pés).
Por ter sido encontrado: 130 bengalas em sua tumba, necrose em um osso e uma lesão em seu fêmur direito, os historiadores confirmam as doenças em Tutancâmon e afastam a hipótese de ele ter sido assassinado. Quanto à perfuração encontrada em seu crânio e atribuída antes ao seu assassinato, após estudos recentes, os cientistas concluíram que ela deve ter sido causada por acidente durante a mumificação. E, apontam como possível causa de sua morte o agravamento de uma infecção na lesão do fêmur. Tutancâmon morreu aos 19 anos.
A história diz que Tutancâmon morreu sem deixar herdeiros. Vivos, realmente não deixou. Contudo, foram encontrados em sua tumba, mumificados, dois fetos (femininos) que é muito provável que eram de suas filhas que nasceram prematuramente. Tutancâmon casou-se com sua irmã. (portanto era filho e genro do rei Aquenáton)
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A Tumba de Tutancâmon
Tutancâmon, não foi um faraó de grandes realizações no antigo Egito. Porém, quando se fala em faraó, pirâmide, Egito, o primeiro nome lembrado é o dele. O que o tornou tão conhecido e colocado entre os faraós mais populares da atualidade, foi a sua tumba. Que além de guardar maravilhas em seu interior estava totalmente intacta.
Sua tumba foi descoberta no dia 4 de novembro do ano de 1922, próxima ao túmulo de Ramsés VI, no túmulo do Vale dos Reis, pelo arqueólogo inglês Howard Carter. No entanto, a câmara funerária só foi aberta oficialmente no dia 16 de fevereiro do mesmo ano.
O corpo mumificado estava na tumba, dentro de um sarcófago, coberto com uma máscara mortuária de ouro. O caixão onde estava a múmia do faraó também é de ouro maciço. Na tumba de Tutancâmon foram encontrados mais de 5 mil peças: objetos, roupas, brinquedos, mobiliários, vinhos, etc.
Em janeiro de 2005, a múmia de Tutancâmon foi retirada do seu sarcófago para exames. Entre eles o de tomografia computadorizada. Em maio de 2005, egípcios, franceses e americanos reconstituíram sua face a partir de imagens de tomografia computadorizada.
De acordo com um escrito no túmulo de Tutancâmon, ele teria lançado uma “maldição” ou “praga da morte” contra quem perturbasse o seu descanso eterno. Por causa disso e por acontecimentos estranhos após a abertura do túmulo, gerou-se uma lenda. Lenda ou não, aquele que era mecenas de Carter Lord Carnavan faleceu em 5 de abril de 1923, não teve a oportunidade de ver a múmia e nem o sarcófago do “Faraó Menino”.
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