Fotos de Salamandras

O Mistério das Salamandras

Na biologia, a terminologia Salamandra é e dada aos anfíbios que pertencem à ordem destinada aos caudados, especialmente aqueles originários de regiões temperadas, que possuem corpo comprido, com aparência de um lagarto, longa cauda e às vezes 01 ou 02 pares curtos de membros. Esses animais tanto podem ser terrestres quanto aquáticas, e da mesma forma anfíbios.

Muitos creem que essas espécies estejam inseridas dentre os mais antigos habitantes da Terra, já que cientistas descobriram fósseis que contavam com mais 165 milhões de anos na Mongólia e na China. Deve haver aproximadamente 450 espécies de salamandras, contando com diversos tamanhos.

Exímias caçadoras, elas têm um ataque bastante rápido, se alimentando de peixes, insetos e minhocas. Entretanto, são presas fáceis de cobras, aves,  peixes, tartarugas e demais anfíbios. Em razão disso, costumam esconder-se debaixo de plantas e ou pedras.

Determinadas espécies são bastante venenosas. Quase sempre são aquelas que possuem fortes e chamativas cores, isso para manter afastados os predadores, como acontece com a salamandra-de-fogo, amarela e preta. Seu veneno é capaz de queimar a pele de animais e pessoas, podendo inclusive, causar paralisia caso caia na corrente sanguínea.

Hábitos

As salamandras costumam viver sozinhas e quando estão em período de acasalamento desenvolvem uma substância com odor diferenciado para chamar os parceiros e ainda outro odor, com a finalidade de fazer a demarcação de seu território. Geralmente emitem som, mas apenas com a intenção de assustar aos predadores.

Tipos

Há 03 tipos desses animais:

  1. As semiaquáticas
  2. As aquáticas
  3. As terrestres
  • As salamandras semiaquáticas nascem em lagos e rios, e passam grande etapa da vida apenas na terra, retornando à água somente para por seus ovos. De acordo com a espécie, seus os ovos podem ser colocados na água, na terra ou ainda na vegetação aquática, como também em locais com troncos podres e úmidos.
  • Ao contrário de outros animais, os ovos podem chocar em pouco espaço de tempo, apenas alguns dias, e outros podem sofrer uma maior demora, que pode chegar a alguns anos. Do interior desses ovos saem larvas, que possuem brânquias, patas e nadadeiras.
  • Conforme a espécie de salamandra, o corpo passa a se desenvolver de maneira diferenciada para que a mesma seja capaz de se adaptar e sobreviver ao ambiente em que fora inserida.

Os Caudados

A ordem dos caudados, que recebe também o nome de urodelos, faz parte da ordem de anfíbios, na qual estão inseridos os tritões e as salamandras, sendo composta por 556 espécies. Esses seres possuem o corpo longilíneo, a cauda um pouco longa e as patas curtas. Para olhar de forma superficial, podem bem ser confundidos com um lagarto, diferenciando-se dos mesmos em razão deles terem de escamas. Os caudados possuem a propriedade de promover a regeneração de sua cauda e de seus membros se os mesmos forem cortados.

Grande parte das famílias que compõem essas espécies está disposta no Hemisfério Norte. Sua localização mais meridional acontece na região norte da América do Sul. A América Central e a América do Norte constituem a porção maior de diferentes salamandras. Os caudados possuem uma pele completamente sem nada, seja escamas ou pelos, por isso, mais propensa a ressecar. Em razão disso, preferem habitar as áreas úmidas de florestas, próximas de lagos ou rios.

Seu ciclo de vida tem início sempre na água, porém após isso podem passar a viver na terra. Determinadas espécies costumam continuar na água a vida toda, mantendo suas brânquias que são normais aos indivíduos jovens. Grande parte dos caudados são seres de pequeno porte. O maior exemplar deles é a salamandra-gigante, natural do Japão e da China, que pode chegar a medir 1,60 m de tamanho. Outra característica interessante deles é que hibernam no Inverno.

A Evolução das Salamandras

Os apontamentos fósseis mais remotos desses animais dizem que os mesmos fazem parte dos clados Karauridae, definidos como parentes das Urodelas, “salamandras modernas”. Ocorre que as disposições dos demais grupos já exterminados de salamandras, como  Scapherpetontidae, Prosirenidae   e Batrachosauroididae não puderam ser esclarecidos em razão do registro fóssil insuficiente.

O tipo Karaurus sharovi, os quais contam com registros datam da era jurássica do Cazaquistão, sendo um dos primeiros dentre os indivíduos caudados, já o Kokartus honorarius, pertencente ao Jurássico Médio, do Quirguistão, tem registro de ser 13 milhões de anos mais remoto que Beiyanerpeton jianpingensis e o Karaurus, e bem mais velho o Salamandroideo Oxfordiano.

A espécie Triassurus sixtelae é considerada como problemática dentre as salamandras, é partilha somente 02 características com elas, contando com um porte bem pequeno e uma pobre ossificação, que segundo consta é originária de seu estado de larva. Essa espécie tem origem no período Triássico, correspondendo então ao registro mais antigo deste animal.

As Salamandras e a Mitologia

As salamandras de fato existem, apesar de serem pintadas de todas as formas nas lendas e mitologias ao redor do mundo. À sua espécie foi atribuído o poder de estar em contato com o fogo e até mesmo habitar nele e, segundo sua vontade, extingui-lo. A mesma denominação foi cedida aos seres elementais do fogo, através do alquimista e médico Paracelso em 1566, ainda em seu Tratado que explicava sobre os Espíritos Elementais. O termo Salamandra é oriundo do grego, ou do persa fogo “Sam”, dentro dele “eandarūn”.

São seres mitológicos com relações profundas com o Fogo. Tal ligação se deu a partir da crença de que as salamandras seriam resistentes ao fogo, não se queimavam. No escrito de Paracelso, mencionado acima, as Salamandras surgem entre os elementais, fazendo parceria com aquelas da água, as ondinas,do ar, os silfos, e ainda aqueles da terra, os gnomos  .

Elas são caracterizadas por uma simbologia que faz referência à paz interior e à justiça. Também há ideias desses seres nos escritos psicanalíticos de Jung, sendo relacionada à superação e à transformação de obstáculos através dos caminhos seguidos pela individuação. Fato é que as salamandras estão no imaginário humano como seres de outro mundo, tal qual as fadas e duendes, por isso, podem ser capazes de realizar façanhas por aqui, coisas que não somos capazes de fazê-lo.

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Categoria(s) do artigo:
Anfíbios

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