Tchernobyl, uma Tragédia Ainda não Superada

Há 25 anos, o mundo parava para presenciar uma grande tragédia. Em 26 de abril de 1986, uma explosão do quarto reator da Central Nuclear de Tchernobyl, seria determinante para o futuro das áreas pertencentes a Ucrânia, Bielorrússia e Rússia. Naquele distante ano, o mundo era bem diferente de hoje.

Naquele período ainda existia firme e forte, a União Soviética e, em consequência, ainda respirávamos os tempos da guerra fria, em que o mundo dividia-se entre os Estados Unidos e a União Soviética. Vale lembrar que nesse período, pouco se sabia sobre o que ocorria na União Soviética, logo esse acidente de grandes proporções, de certa maneira, serviu para furar esse cerco.

Nessa União Soviética, até então pouco conhecida, o mundo presenciou muitas mortes, mas o que mais preocupava seus dirigentes não era somente isso, mas quais seriam as consequências da irradiação na população.

Passados 25 anos, verifica-se que essas preocupações não foram em vão, pois em um congresso realizado recentemente na Ucrânia, um dos países atingidos, constatou-se que desde então, há 594 doentes graves, decorrentes da irradiação, sendo que o orçamento do estado somente permite atender seis pacientes com doenças cancerosas a cada ano.

No entanto, outros números dessa tragédia continuam repercutindo. Sabe-se que muitos jovens e crianças foram acometidos por cancro da tireoide, algo em torno de seis mil.

Aliás, foi o órgão mais afetado, em razão do grande acúmulo de iodo radioativo decorrente da explosão nuclear. No entanto, os problemas entre os jovens não se resumem a isso, pois, verificou-se que houve um crescimento em quatro vezes de crianças que apresentaram alteração em seu comportamento psíquico; com problemas respiratórios, houve um aumento de 1,5 vezes; problemas cardíacos em 3.9 vezes e quintuplicou o número de acometidos por doenças do aparelho digestivo.

O que se sabe, é que se durante a explosão morreram aproximadamente 50 mil pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde; projeta-se que ainda morrerão, no mínimo, entre 50 a 100 mil pessoas. Isso transforma aquela região do leste europeu em um local condenado em que a morte está rondando o tempo inteiro.

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