Novo Presidente do Peru

Ollanta Humala tomou posse no último mês de julho como novo presidente do Peru. O político é chamado de nacionalista, ou seja, é de esquerda. Foi a primeira vez que um esquerdista venceu as eleições em tal país, e conquistar esse feito não foi fácil. O pleito foi disputado em junho e Humala venceu o primeiro turno com uma distância considerável para a segunda colocada, a conservadora Keiko Fujimori. No segundo turno, porém, os partidos de direita do país se uniram e colocaram muito dinheiro na campanha da candidata conservadora. A disputa foi apertada e Humala conseguiu a vitória depois de muito suor.

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Novo Presidente do Peru

A maior inspiração do candidato esquerdista, que vem de uma trajetória de lutas trabalhistas, é o ex-presidente do brasil – Luís Inácio Lula da Silva. Humala já havia disputado as eleições presidenciais do Peru em 2005, mas não obteve sucesso e acabou derrotado por Alan García, da extrema direita. O motivo do fracasso naquele ano foi um discurso muito radical, semelhante ao que o partido dos Trabalhadores (PT) utilizou no Brasil em suas primeiras disputas de eleição, como 1989. Em 2011, porém, inspirado no discurso mais liberal e aberto que Lula fez quando venceu em 2002, Humala e a esquerda peruana conseguiram conquistar os trabalhadores e ganhar a presidência.

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Humala e Lula

Cientistas políticos e economistas mais liberais afirmam que o Peru era um dos países mais atrasados da América do sul, no sentido político e econômico, e por isso estava começando a ficar com menos perspectivas de sucesso que os vizinhos.

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Política do Peru

Enquanto esses países já tinham governos chamados de progressistas, que tendem a enfatizar políticas públicas e econômicas voltadas para as classes médias e baixas, o Peru, por outro lado, vivia uma economia voltada para o latifúndio e com políticas públicas que pouco se importavam com as classes trabalhistas em geral, o que nos dias de hoje atrasa o crescimento social e também econômico. Tais políticas eram resultado de gestões conservadoras como a de Alan García. Keiko Fujimori deveria seguir a mesma linha.

Um dos pontos mais marcantes da eleição de Humala para a presidência do Peru foi a tomada de posse. Na ocasião, tradicionalmente o ex-presidente passa a faixa para o recém-eleito. Garcia, porém, deixou a faixa com funcionário do exército e nem se quer assistiu a posse do novo gestor. Fato sem precedentes na história da política peruana. Até no Brasil, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o cargo para Lula, rivais históricos que representam a luta entre neoliberalismo e progressismo, a faixa foi passada de um para o outro.

O novo presidente do Peru já era líder das classes trabalhadores, bem como o brasileiro Lula. Vem de uma família com sete irmãos. Em homenagem as raízes de seu país, seus filhos têm nomes Incas.

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