Monica de Bollle

Monica de Bollle

  •  Conhecendo Monica de Bolle

Se você se interessa por economia (como qualquer pessoa no mundo, que se importa com dinheiro), você esta no caminho errado se nunca ouviu falar em Monica de Bolle. Sua biografia nos conta que essa economista é uma pesquisadora nível sênior do Peterson Institute for International Economics, além de ser a diretora do Programa de Estudos Latino Americanos da Johns Hopkins University em Washington, nos Estados Unidos. Essa mulher que tem um currículo invejável, é nascida no Rio de Janeiro e antes de se mudar pros Estados Unidos foi professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio, além de ser sócio diretora da Galanto MBB Consultoria.

Na atual estadia pelos Estados Unidos, Monica de Bolle trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI). Atualmente Monica é professora da School for Advanced International Studies da Universidade John Hopkins. Sua formação é consideravelmente reconhecida, uma vez que ela é PhD em economia pela Escola de Economia de Londres (London School of Economics), e se especializou com várias formações ao longo de sua carreira em resolução e causas de crises financeiras. A primeira formação de Monica foi em licenciatura no Departamento de Economia pela PUC RIO (da qual se tornou professora no futuro).

Monica de Bollle

Monica de Bollle

Monica escreveu seus próprios livros, foi co autora de muitos outros, e inclusive traduziu best sellers incríveis para o português. Além disso, atuou nas mídias jornalísticas, começando na Folha de São Paulo e transitando para a televisão fechada, na CBN Brasil, entrando ao todas as quartas feiras em um programa ao lado do analista politico que hoje trabalha na Globo News e na Tv Globo, Carlos Alberto Sarnemberg. O programa tinha como objetivo analisar o turbulento clima econômico que o país vivia, e se chamava “Economia de Quarta”.

  • Obras de Monica de Bolle

Monica de Bolle tem algumas obras publicadas, algumas em seu nome de maneira única, e outras das quais ela participou como coautora, compartilhando escrita com grandes nomes da macroeconomia nacional, como Edmar Bacha e Dionisio Dias Carmeiro. Como colunista da jornal A Folha de São Paulo, Monica escreveu colunas até o final de 2015, abordados grandes temas e discussões que era muito pertinentes ao contexto da década passada (suas colunas eram publicadas semanalmente, pontualmente às quinta feiras). Além disso, Monica de Bolle teve um livro entre os mais vendidos no Brasil, com a tradução de “O Capital no século 21”, escrito por Thomas Piketty.

  • Como Matar a Borboleta Azul: Uma crônica da era Dilma

Como Matar a Borboleta Azul Uma crônica da era Dilma

Como Matar a Borboleta Azul Uma crônica da era Dilma

O nome desse livro faz uma metáfora bastante pertinente ao modo de observação politica de Monica de Bolle. Em meado de 1970, a Inglaterra sofria com uma grande super população de coelhos, e iniciou uma série de medidas ambientais das quais extinguiram a população local de borboletas azuis. Foi essa a escolha de Monica para representar a sequencia de atitudes governamentais no período Dilma Roussef no Brasil, que foi de 2012 a 2016. A fome da presidenta em mudar todos os rumos da economia brasileira, fez com que o Brasil se tornasse um país completamente destruído, fazendo com que restassem apenas as ruínas construídas ao longo dos últimos anos.

Nesse livro, Monica aborda a serie de erros, precipitações, dividindo em anos e fases do governo. A grande sacada da autora é abordas a história de maneira que não existissem dados matemáticos em excesso, nem mesmo tabelas e gráficos. Monica de Bolle conta tudo de forma a inserir personagens dentro da história, assim como heróis e vilões num roteiro, que se contado em uma obra literária de ficção, seria tão cômico quanto trágico.

  • Ruptura: Série A Pilha de Areia

Ruptura: Série A Pilha de Areia

Ruptura: Série A Pilha de Areia

“Ruptura” é o primeiro livro da série

“A Pilha de Areia”, onde a economista Monica de Bolle, aborda os efeitos da pandemia de COVID 19 sobre a economia brasileira e mundial. Monica aborda esses assuntos em seu canal no Youtube, contudo faz isso em seu livro de uma maneira muito mais detalhada e especializada. A abordagem da autora observa os primeiros impactos econômicos e desencadeia analises dos fatores humanitários ( que não deixam de ser fatores econômicos também, uma vez que a economia é uma ciência humana, composta por seres humanos). Um fator muito importante abordado nesse livro, assim como seus prós e contras, é o projeto muito defendido pela esquerda brasileira, a renda básica universal.

Monica conta que o Brasil já entrou na crise fragilizado e que por isso o país não conseguiria suportar a resolução da crise com medidas setoriais. O ideal segundo a autora, é a mescla de medidas setoriais e macro econômicas. A priorização do SUS (Sistema de Saúde Único), deveria ser a primeira medida, o que foi completamente contra a lista de ideais  implantada pela pasta do governo Jair Bolsonaro. O teto de gastos tão defendido pelos economistas neoliberais como Paulo Guedes, não poderia ser continuado durante a crise, uma vez que a situação da pandemia é completamente atípica e calamitosa.

  • Monica de Bolle e a Pandemia: Análise Final

Monica é defensora das quarentenas rígidas, e sabe que isso implica em consequências, principalmente para as empresas de pequeno e médio porte. Nos Estados Unidos (país onde Monica mora), muitos países da Ásia e Europa, essas empresas tiveram grande apoio governamental, o que não aconteceu no Brasil. Essas empresas empregam a maioria da população brasileira, e daí vem o grande desemprego segundo Monica: da falta de apoio da pasta econômica de Jair Bolsonaro.

A utilização de banco públicos, como BNDES (Banco nacional de desenvolvimento nacional), Caixa Econômica e Banco do Brasil, deveriam optar por fornecer credito às empresas menores. O problema ao não conceder crédito não foi de ordem quantitativa e econômica, mas sim ideológica, pois o governo Bolsonaro, segundo Monica, não queria cometer os mesmos erros que os governos antecessores do PT (o que dá um aspecto ideológico onde não cabe essa inserção). O BNDES não fornece mais credito de forma subsidiada, pois durante o governo Temer, foi aprovada uma emenda que torna a taxa de empréstimo, uma taxa pós fixada. Muitas empresas desapareceram por não ter recebido créditos, empregos foram perdidos, e a sustentação macro econômica foi quase zero.

Outra falha que poderia não ter ocorrido durante o governo Bolsonaro, é a discussão ideológica a respeito do seguimento ou não do teto de gastos: o centrão defende que houvesse uma extrapolação do valor, e a direita defende o controle dos gastos.

Contudo não houveram apenas erros. Segundo Monica, o auxilio emergencial foi a parte acertada do governo de Jair Bolsonaro. Mesmo com a ressalva, ela faz questão de destacar que o procedimento aconteceu de maneira excessivamente burocrática e demorada, além de ter valores aquém do considerado necessário para dar situações de sobrevivência às famílias brasileiras.

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Categoria(s) do artigo:
Economia

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