Berkenbrock – Origem

Conheça a História da Menina Brasileira Beatificada

Nascida no município de Imaruí, Santa Catarina, no dia 11 de abril de 1919, Albertina Berkenbrock, perdeu sua vida de forma trágica em 15 de junho de 1931 defendendo a sua virtude. De origem humilde, a ‘Serva de Deus’, foi beatificada em 2007 pela Igreja Católica após lhe terem sido atribuídos inúmeros milagres. A seguir você poderá conhecer com mais detalhes a trajetória dessa menina que enfrentou com coragem a morte para se manter pura devido a sua imensa fé.

Quem Foi Albertina Berkenbrock?

Albertina foi uma menina criada de acordo com os preceitos da religião católica tendo se tornado devota fervorosa de Nossa Senhora. Era bastante dedicada a ajudar os pais com as tarefas de casa e também na lida com os animais do pequeno sítio. Tinha um comportamento exemplar não reclamando nem mesmo quando apanhava dos irmãos mais velhos.

Sempre que um padre visitava a comunidade de São Luís, em Imaruí, podia contar com a presteza de Albertina. Fiel aos sacramentos cristãos a menina gostava de ajudar ao próximo e buscava de todas as formas evitar o pecado para se manter alinhada com Jesus. Mantinha suas confissões em dia, frequentava missas e buscava comungar com fervor. Quando os adultos lhe perguntavam qual tinha sido o melhor dia de sua vida, Albertina, respondia sem dúvida que tinha sido o da sua primeira comunhão.

Doce com os Colegas

Uma das características mais marcantes de Albertina Berkenbrock certamente era a sua doçura com os colegas tendo inclusive brincado muitas vezes com os filhos daquele que viria a se tornar o seu assassino, Indalício Cipriano Martins (conhecido em Santa Catarina como Manuel Martins da Silva ou Maneco). Os professores e religiosos que conviveram com a menina a descreviam como uma pessoa de hábitos simples e forte defesa da castidade e boas ações.

A Morte Trágica de Albertina Berkenbrock

No fatídico dia 15 de junho de 1931, o pai de Albertina pediu que a menina o ajudasse a encontrar um boi que havia fugido da roça. No caminho de sua busca a menina encontrou Indalício que trabalhava para seu pai e era conhecido na região, logo ela perguntou se ele havia visto o boi. Já pensando em fazer mal a garota ele respondeu que sim, perto do bosque, e que iria ajuda-la.

Chegando ao bosque o homem revelou as suas intenções para Albertina que lhe disse que não iria se relacionar sexualmente com ele porque isso era pecado. Ao perceber que a menina não se sentia inclinada nem pelo canivete a atender aos seus desejos, Maneco, resolveu força-la. A futura beata se defendeu com todas as suas forças e acabou pagando com a sua vida tendo a garganta cortada. A morte aconteceu na hora.

Salvando um Inocente

Após ter cometido o crime por vingança, Indalício, disse a todos que havia encontrado o corpo de Albertina e que o assassino era João Candinho que por sua vez protestou quando foi preso alegando inocência. Maneco continuou fingindo sua inocência indo inclusive ao velório da menina. As suspeitas começaram a recair sobre ele pelo fato de que toda vez que se aproximava do corpo a ferida da garganta voltava a sangrar como se a sua própria Albertina estivesse apontando o seu algoz.

O prefeito da cidade ao receber relatos dos colonos a respeito da provável inocência de João Candinho o levou até o velório de Albertina e fez com que ele jurasse não ser o autor do assassinato com as mãos sobre um crucifixo no peito da jovem. A ferida parou de sangrar imediatamente e logo se entendeu que ele não era culpado. Percebendo que a população local estava desconfiada, Maneco, resolveu fugir sendo apanhado em Aratingaúba.

Prisão de Indalício

O assassino da jovem beata confessou seu crime quando foi apanhado e após ser condenado cumpriu pena em Laguna. Teve bom comportamento na prisão e faleceu alguns anos depois.

Beatificação

No ano de 2007, Albertina Berkenbrock, foi beatificada pela Igreja Católica.

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Categoria(s) do artigo:
Religião

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