Microchip em Bebê na Europa

Em 2013, a notícia de que todo bebê que nascesse na Europa ganharia  um microchip, não especificando países, ganhou o mundo. A mesma notícia veio à tona em 2014, reforçando que a medida seria implantada a partir do ano de 2017, mas dessa vez, em todo o mundo, incluindo o Brasil, obviamente.

Claro, que foi só a notícia de que bebês receberiam microchip logo após o nascimento se espalhar para que junto com ela surgissem teorias de conspiração. Todos os fatos aconteceram na rede.

O assunto que foi mais falado é que a colocação do microchip era mais uma forma dos “poderosos” manterem o controle da população. Sem falar nas teorias que relacionavam o fato da notícia a religião. Seria o “fim dos tempos”. A verdade é que não faltaram teorias e discussões sobre o microchip em bebê na Europa na rede.

De Onde Veio A Notícia

A pergunta que não quer calar é de onde saiu essa notícia e por que ela ficou “rodando” na rede entre 2013 e 2014 e não vimos nada a respeito nos programas de televisão? Não dá para negar que o assunto seria um prato cheio para a mídia televisiva no mundo todo.

A notícia do microchip em bebê na Europa é atribuída a uma tradução de um site italiano cujo nome seria “Corriere di Roma”. Segundo a informação, a medida teria sido adotada pela União Europeia. O microchip que seria implantado nos recém-nascidos teria o tamanho de um grão de arroz.

Veja a tradução do texto que teria sido extraído do site mencionado, em maio de 2014:

Texto Traduzido Da Notícia do Microchip Em Bebês

“O microchip cujo tamanho não ultrapassa a de um grão de arroz será colocado no tecido subcutâneo da pele de cada recém-nascido. A tecnologia usada para tal fim é chamada de “passiva”. O objetivo é conseguir através desse microchip encontrar crianças que foram raptadas ou estiverem perdidas. O microchip é do mesmo tipo que é usado em alguns países para o controle da vacinação.

Ficou decidido que não somente os recém-nascidos receberão o microchip, então, a partir de maio de 2014, os pais de todo Europa ficam convidados a levar os seus filhos menores em hospitais da rede pública dos seus respectivos países, para a instalação da tecnologia.

O microchip não terá nenhum custo para família, que ainda receberá as instruções com todas as informações que ficarão contidas no objeto, que tem a função de GPS. Para o seu funcionamento, o microchip carrega uma pequena bateria que deverá ser substituída a cada 2 anos, sempre em hospitais públicos.

O uso da tecnologia para encontrar as crianças é possível graças a sua conexão direta via satélite. Os pais não são obrigados a implantar nos filhos o microchip, é uma escolha democrática. Porém, uma vez feita a escolha deverá seguir todas as normas e participar do termo de adesão da ASL. A escolha deixará de ser permitida a partir do ano de 2017, quando a instalação do microchip deverá ser obrigatória. O governo afirma ainda, que o processo de colocação do microchip é sem dor e o lugar em que ele é colocado é logo abaixo do cotovelo do braço esquerdo, local onde não existem terminações dos nervos.”

A Verdade Sobre o Microchip em Bebês

Depois de ler o texto acima não há a menor dúvida de que o microchip existe e a essa altura uma boa parte das crianças da Europa, apesar de não ficar muito claro de que parte do continente, estão devidamente “monitoradas”.

Talvez o único ponto que tenha feito com que uma pessoa se questionasse ao ler essa notícia, que circulou em vários blogs brasileiros é a questão “Europa”. Quando se fala que é uma decisão da União Europeia, podemos pensar que então, a colocação do tal microchip se limite aos países que fazem parte do grupo. Ou a União Europeia tem poder para decidir por toda Europa, até mesmo por aqueles países que não aderiram ao grupo?

Sobre as teorias de conspiração que surgiram imediatamente depois da repercussão da notícia é feito entendê-las. Ligado ao tema religião, o microchip apareceria na Bíblia, no livro Apocalipse, como a “marca da besta”, segundo uma interpretação daqueles que pensam e falam sobre conspirações.

Porém, o que muitas pessoas que leram a “tal” notícia ignoraram é que além do fato de não ter sido noticiada fora da rede, em outros meios de comunicação, ela nunca entrou na pauta dos sites de notícias. Você pode considerar esse um grande sinal de que “alguma coisa está errada”.

Imagina o quanto esse tipo de tecnologia custaria para os cofres dos governos e mais, seria questionada a privacidade das pessoas e o direito de ir e vir. Uma pessoa com um microchip instalado no corpo seria monitorada, caso fosse do interesse do governo, o tempo todo. Seria muito mais do que um Grande Irmão, imaginado pelo escritor inglês George Orwell, no seu livro “1984”. Sendo assim, levantaria um debate mundial de grandes proporções e claro, a mídia mundial não perderia por nada. Mas, isso não aconteceu, não é mesmo?

A Construção da Notícia Falsa

A verdade é que a rede tornou-se um dos lugares mais comuns para divulgação de notícias falsas. O pior é a velocidade com que elas se tornam “verdadeiras”. O motivo pelo qual um fato mentiroso vira “verdade” é simples e perigoso: quem lê não se preocupa em constatar se o fato é verdadeiro antes de compartilhar a notícia.

Basta dar “uma voltinha” no Google para descobrir a verdade dos fatos. As siglas usadas na falsa matéria, por exemplo, como se fossem órgãos seriam  suficiente para desmontar o artigo. Obviamente a ASL não existe. Depois buscar o jornal que é citado como fonte e principalmente ir de fato onde interessa, na página do Ministério da Saúde de um dos países da União Europeia e da própria UEE.

Infelizmente, a preguiça aliada a vontade de “contar” novidades nas redes sociais, está fazendo com que muita notícia falsa ganhe repercussão nacional e que seja repetida como verdade. O problema é que até conseguir desmenti-la é possível que a notícia tenha causado algum tipo de estrago ou arranhado a reputação de alguém. Por isso, não acredite em tudo o que você lê, questione sempre.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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