Seres humanos são interessados nas origens e tentam entender sobre a existência através de histórias da criação. A sociedade nativa norte-americana tem contos relatando as ações e atos de “poder” no passado que explicam como as pessoas vieram morar, adquiriram ferramentas e costumes. Apesar das diferentes culturas as tribos contêm concepções fundamentais da natureza, sociedade e relacionamento pessoal com outros clãs.
Antropólogos e arqueólogos também têm histórias de criação que explicam como aconteceu a evolução dos povos nativos da América. Os primeiros seres humanos evoluíram da África há cinco milhões de anos.
Pré-História Americana: Características Gerais
Ponto Terrestre
Com a evolução através da interação, adaptação, sobrevivência e extinção, evoluíram as primeiras espécies de seres humanos. Por volta de 100.000 – 120.000 AC as pessoas que formaram os humanos modernos evoluíram na África.
Algumas delas migraram para o resto do mundo, chegando a Ásia Central e Oriental entre quarenta mil e cinquenta mil antes de Cristo. Os primeiros imigrantes nos solos americanos chegaram à América do Norte por volta de 12.000 AC, na “ponte terrestre” com a Ásia.
Ponto Terrestre
Em momentos durante o Pleistoceno (Idade do Gelo) nas vastas geleiras continentais (em lugares de até duas milhas de espessura) se formou a metade da América do Norte. As massas glaciais atingiram o ponto máximo e se uniram ao Alaska e nordeste da Sibéria pela “ponte terrestre”, que fazia parte de província chamada Beríngia.
De fato os caminhos terrestres apareceram e desapareceram várias vezes durante o Pleistoceno (Idade de Gelo). Na última emergência de alta latitude os caçadores nômades vieram do Nordeste da Ásia e cruzaram às Américas por meio da “ponte de terra”.
Os povos pioneiros viviam em pequenos grupos! Acontecia caça de animais grandes e médios, como mamute, boi almiscarado e o bisão, que também fornecia peles sob a forma de fonte de abrigo e roupas. O esterco era usado no lugar da lenha!
Bloqueio No Alasca
No Alasca os grandes caçadores foram impedidos de irem ao sul ou leste por causa da presença das geleiras de até dois quilômetros de espessura estendidas da costa atlântica às cadeias de montanhas do Alasca e da Colúmbia Britânica até as regiões polares do norte.
Em seguida, cerca de 10 mil AC, as geleiras começaram a desaparecer, um corredor apareceu, recuando do Alasca e Colúmbia Britânica até as zonas orientais do Canadá, abrindo a porta para as Américas pela primeira vez na história humana. Usando o corredor os pioneiros resistentes da Sibéria fizeram caminho ao sul, atingindo as Grandes Planícies da América do Norte.
Após a travessia os pioneiros se espalharam em direções distintas: Alguns grupos se mudaram para o leste dos EUA, outros ao norte do México: Paleo-índios são considerados populações ancestrais dos nativos americanos da atualidade.
Caçadores Clóvis
Povos “Clóvis” são evidências antigas da época e aceitas na atualidade. Os nomes dos caçadores consistem em homenagem aos achados no Novo México na década de 1930 sobre as pontas de lança de pedra encontradas em associação direta aos ossos de mamutes.
Caçadores Clóvis deixaram evidências de pedras e ossos de animais de talho espalhados por parte da América do Norte. Quando a datação por radiocarbono foi introduzida na década de 1950, os locais deles foram demostrados por variar entre idade de cerca de 11.000 a 11.400 AC, milhares de anos mais velhos do que outros locais nas Américas.
Tudo parece se encaixar bem: Há pessoas nas Américas antes de 10 mil AC (por causa das camadas de gelo). Porém a abertura do corredor sem gelo trouxe o aparecimento “repentino” de Clóvis, seiscentos anos depois. A propagação aconteceu de forma rápida sobre parte da América do Norte.
Pequenos grupos de caçadores nômades da Sibéria colonizaram a terra virgem ao longo de milhares de anos. Os descendentes se espalharam na América para dar origem aos povos de atualidade. A ideia dos caçadores Clóvis representou “evangelho” da arqueologia americana.
Porém, certos cientistas apontam que existe simplicidade em excesso na teoria. Arqueólogos, antropólogos, geneticistas, linguistas, geólogos e outros especialistas nativos da América buscam novos dados para idealizar modelos da origem genética e cultural.
As respostas emergem agora às perguntas dos primeiros americanos. De onde eles vieram? Como chegaram às Américas? Quando e quais foram os modos de vida durante a colonização inicial?
Quais São Os Primeiros Americanos?
As provas esqueléticas e genéticas acumuladas sugerem que as primeiras populações que se mudaram para as Américas não eram asiáticas, cuja base genética compôs os traços dos moradores do nordeste da Ásia e leste da Mongólia.
No final de 1999 os cientistas se reuniram na Califórnia e Novo México para meditar sobre as implicações da descoberta e reestudar antigos esqueletos americanos, cuja maioria data entre 8.600 e 11.000 anos. O que eles descobriram abalou os alicerces das comunidades antropológicas!
Em vez de se assemelhar aos índios americanos, a variedade de formas do crânio que vieram à luz exibe afinidades com populações diversas, como o Ainu do Japão, os povos da região central da Ásia, Australásia, Índia e sudoeste da Ásia.
A evidência genética também apoia a ideia de migrações de pessoas vindas de distintos grupos genéticos: Talvez quatro ou cinco tipos diferentes de populações diferentes.
Como Os Primeiros Povos Chegaram à América?
Enquanto algumas populações, talvez os antepassados genéticos e culturais do povo de Clóvis, atravessaram a “ponte de terra” e o corredor livre de gelo no oeste do Canadá, alguns teóricos estão começando a considerar a possibilidade de que pessoas migraram para as Américas por caminhar ou andar de barco ao longo da Beríngia, agora submersa, e nas plataformas continentais do Norte, Central e Sul da América.
Até mesmo as ideias sobre o meio ambiente da “ponte terrestre” mudam de modo constante. Talvez o corredor ao longo da costa do Pacífico da América ajude a explicar por que alguns dos locais mais antigos das Américas estão no Sul, não ao Norte.
Outros cientistas possuem a ideia de migração de pessoas com barco da Europa, baseando à hipótese de tecnologias compartilhadas e tipos de ferramentas entre Clóvis e Solutrenses, grupos que viviam na França em torno de 16 mil AC.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
