Gerir como Crianças

O “Case”

Ouvi uma sonora freada de automóvel. Logo após, estaria eu passando por aquele lugar, pois era parte de meu trajeto. Duas pessoas exaltadas discutindo alto sobre quem tinha ou quem deixava de ter a razão. Pelo volume da “conversa”, acredito que nem um nem o outro ouvia qualquer palavra. Por estarmos em uma cidade pequena, logo a viatura policial chegou, mas com os organismos ainda carregados pela emoção, os prezados motoristas não se continham para que fluísse uma conversa inteligível. Até que o policial os chamou para a razão. Aguardei mais alguns minutos para ver se o trânsito seria desobstruído, mas como não foi, manobrei meu carro e parti para outra direção.

Crianças

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O Descontrole Emocional

Continuando meu caminho e refletindo sobre aquela acalorada cena, refleti sobre as causas daquele “bafafá” todo. Primeiro, pensei na desatenção de um dos dois (ou dos dois). Depois, pensei em uma falha mecânica, como uma luz de seta ligada para a direita, sendo que o veículo que freou estava, na verdade, indo em linha reta. Apenas suposições que até servem de lição para todos, porém o mais interessante é que após o acontecido não houve condição emocional suficiente para se resolver a questão civilizadamente. Interessante como é liberado certo lado irracional em nós, quando somos lesados financeiramente ou quando nos sentimos prejudicados de maneira geral. O descontrole emocional toma conta da maior parte das pessoas acuadas, disparando o lado “bicho” do sujeito.

Educação Infantil Financeira

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A Reportagem que Havia Lido Sobre Agir Como Crianças

O episódio me lembrou um texto sobre gestores que não sabem ouvir e que acabam causando grande tumulto em sua equipe. Ainda temos colegas de trabalho ou superiores hierárquicos que acreditam piamente que por meio da força as questões profissionais serão resolvidas. Ainda encontramos inúmeras pessoas que resolvem suas questões por meio da coação e do medo. Dadas as devidas proporções, qual a diferença entre um “comandante agreste” de escritório e um assaltante profissional de posse de uma arma de fogo? Acredito que nenhuma. Até “a função” naquele momento é a mesma: a de comandante da ação. “Ou concorda comigo, ou te demito…”. “Ou me dá o que eu quero, ou te mato…”.

Gestão Para Adolescentes

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Voltando à reportagem, o consultor da reportagem mencionava como é fácil de resolver as questões no mundo das crianças, onde elas são sinceras, dizem o que pensam e não estão muito preocupadas com quem errou primeiro. O que elas querem é resolver a questão, “ficando de bem” e continuarem a brincadeira.

Quantas empresas perdem dinheiro e prestígio porque seus executivos “ficam de mal” por muito tempo, comprometendo o clima organizacional?

Quantas famílias são desconstruídas porque os adultos e “responsáveis” pelas inocentes crianças não conseguem “ficar de bem” para o melhor gerenciamento de sua prole?

Maduros que somos, deveríamos acertar mais, como as crianças!

Autor: Dirceu Pereira Mendonça

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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