Devido a um grande aumento nos cursos de Direito em todo o Brasil, as provas para o Exame de Ordem estão cada vez mais difíceis. Para trabalharem como advogados, os bacharéis em Direito precisam obrigatoriamente se submeter a uma avaliação feita pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Desde o final de 2010, a instituição responsável em organizar a prova em todo o Brasil cabe à Fundação Getúlio Vargas-FGV, que já aplicou dois exames, ambos recheados de polêmicas e reclamações dos examinandos.
Tanto as provas de 1ª fase, com 100 questões objetivas, quanto de 2ª fase, que conta com cinco questões dissertativas e uma peça processual, trouxeram inúmeras falhas e abordavam assuntos que ultrapassavam os principais conhecimentos dos bacharéis recém-saídos das faculdades de Direito.
Curso
O problema não vem de hoje, já que desde 2008, quando o Exame de Ordem passou a ser unificado, surgiram diversos problemas, como vazamento de informações e anulação de provas, como o que ocorreu em 2009, em que o exame 140 foi anulado por encontrarem um aluno com as respostas da prova da 2ª fase.
Esse acontecimento colaborou em desabilitar o contrato com a Cespe que, até então, era a instituição organizadora responsável pela aplicação do Exame de Ordem, a primeira a elaborar as provas unificadas.
Com a mudança de empresa organizadora, os cursinhos preparatórios para a Exame de Ordem precisaram passar por uma reformulação em seu conteúdo, já que no primeiro exame aplicado pela FGV, muitos alunos tiveram dificuldades em passar pelo fato de seu plano de estudos ser dirigido ao estilo “Cespe”, que costumava abordar em suas provas o conhecimento pelas letras de lei, ao invés de doutrinas, que são mais usadas pela FGV.
Conteudo
Além disso, as provas da FGV possuem enunciados muito mais longos, com fonte de letra reduzida, o que cansa e torna ainda mais exaustivo para o examinando responder as 100 questões de múltipla escolha da prova da 1ª fase.
Sem falar que se passar por essa prova, deve se preparar para a prova subjetiva, que contém uma peça processual em que pode fazer uso de apenas cinco folhas (sendo que, se cair um recurso para um tribunal superior, reduzirá seu espaço da peça para quatro), além das cinco questões dissertativas, que contam, na maioria, com três subitens (a, b e c).
Por isso, os candidatos precisam de dedicação intensa aos estudos. Professores de Direito recomendam estudar de quatro a seis horas diárias, tanto lei seca quanto doutrinas. É importante também escolher um bom cursinho preparatório. Antes de fazer a matrícula, faça uma pesquisa sobre o conteúdo abordado, para verificar se possui um estudo dirigido para as provas da FGV.
Atenção especial para a matéria de Direito Empresarial, já que no último exame aplicado em fevereiro, caíram seis questões sobre o assunto, enquanto que nas provas anteriores costumavam cair apenas duas.
Exame
Confira se o cursinho conta com bons professores nessa matéria, e não deixe de fazer testes e simulados de provas anteriores em casa. Com certeza, você terá um bom resultado no exame de ordem.
Confira os sites dos cursinhos para a OAB mais conhecidos:
Damásio de Jesus (São Paulo-SP): http://www.damasio.com.br/
Praetorium (Belo Horizonte-MG): http://www.praetorium.com.br/
Complexo de Ensino Renato Saraiva (Recife-PE): http://www.renatosaraiva.com.br/
