As origens da mortalha e da imagem são objetos de intensos debates entre os cientistas, teólogos, historiadores e pesquisadores. Publicações científicas e populares apresentam argumentos tanto para a autenticidade como aos possíveis métodos de falsificação. Desde o achado foi proposta variedade de teorias científicas a respeito da mortalha baseada em disciplinas desde química à biologia e a medicina forense na análise ótica de imagem do Santo Sudário de Turim.
Curiosidades Sobre o Santo Sudário De Turim
Igreja Católica e Santo Sudário De Turim
A Igreja Católica não tem aprovado ou rejeitado o sudário, mas em 1958 o Papa Pio XII aprovou a imagem como forma de associar com a fé Católica Romana à sagrada face de Jesus. De modo recente o papa Francis e seu antecessor, o Papa Bento XVI, ambos têm descrito o Sudário de Turim como um “ícone”.
http://www.youtube.com/watch?v=bL9Hc83fkVESanto Sudário: Idade Média
Em 1978, um exame detalhado foi realizado por equipe de cientistas norte-americanos que não encontraram evidência confiável de falsificação e chamou a atenção quanto ao fato da imagem se formar em torno de “mistérios”. No ano de 1988, um teste de datação por radiocarbono foi realizado em pequenas amostras do manto. Os laboratórios na Universidade de Oxford, da Universidade de Arizona, e o Instituto Federal Suíço de Tecnologia, concordaram que as amostras datam da Idade Média, entre 1260 e 1390.
Dimensões e Manchas No Sudário De Turim
O sudário é retangular e mede aproximados 4,4 × 1,1 m (14,3 × 3,7 pés). O pano está composto por linho. A característica marcante se encontra na imagem fraca, amarronzada de frente e vista traseira com homem nu que traz as mãos cruzadas sobre a virilha. Os dois pontos de vista se alinham ao longo do plano médio do corpo e do ponto em direções opostas que quase se encontram no meio do manto.
Manchas marrons avermelhadas são encaradas por incluir sangue ao mostrar feridas que, de acordo com os proponentes, se correlacionam com a imagem amarelada, a fisiopatologia da crucificação e a descrição bíblica da morte de Jesus: No entanto, os testes forenses demonstram que as manchas de sangue aparentes são de tinta têmpera que está matizada em vermelho com hematita e que de fato vestígios sanguíneos não se encontram presentes.
Detalhes Da Imagem Do Santo Sudário: Secondo Pia
Os detalhes da imagem no sudário não são distinguíveis de modo fácil ao olho nu. Foram observados pela primeira vez após o advento da fotografia. Em maio 1898 o amador fotógrafo italiano Secondo Pia foi autorizado a fotografar o sudário. Ele tirou o primeiro retrato do artefato na noite de 28 de maio de 1898.
Pia se assustou com a imagem visível da placa negativa na câmara escura. Negativos da imagem fornecem a aparência de imagem positiva, o que implica o conteúdo histórico como espécie de negativo de algum tipo original. Acusado de falsificar as fotografias, foi justificado em 1931, quando o fotógrafo profissional Giuseppe Enrie também fotografou a mortalha e os achados apoiados por Pia. No ano de 1978, Miller e Pellicori fizeram imagens ultravioletas do sudário.
O Homem Da Imagem Do Sudário!
A imagem do “Homem do Sudário” tem uma barba, bigode e cabelo na altura dos ombros, repartido ao meio. Ele é musculoso e alto (1,70 m). O sudário foi danificado em um incêndio em 1532, na capela Chambery, França. Existem alguns buracos de queimaduras e áreas queimadas para baixo de ambos os lados do linho, causados por contato com a prata derretida durante o incêndio que queimou as dobras do manto. Quatorze grandes manchas triangulares e oito rasgos menores foram costurados para reparar os danos.
História Do Santo Sudário
Os registos históricos para a cobertura são separados em dois períodos de tempo: Antes e depois de 1390. O primeiro é objeto de debate entre os historiadores. O autor Ian Wilson propôs que o Sudário consiste em imagem de Edessa, mas estudiosos como Averil Cameron, afirmaram que a história representa incógnita que não pode ser rastreada como uma imagem milagrosa.
História Do Santo Sudário
Não há registros históricos definitivos sobre a mortalha antes do século XIV. Apesar de existirem inúmeros relatos de Jesus no pano, ou uma imagem de sua cabeça, de origem desconhecida, sendo venerada em vários locais antes do século 14, não há nenhuma evidência histórica de que as evidências se referem à Catedral de Turim. Manto de enterro foi detido por imperadores bizantinos, mas desapareceu durante o saque de Constantinopla, no ano de 1204.
Os registros históricos parecem indicar que uma mortalha tem a imagem de homem crucificado na pequena cidade de Lirey, por volta dos anos 1353-1357, na posse de um cavaleiro francês. No entanto, a correspondência da mortalha com o Sudário de Turim e a própria origem são pontos debatidos por estudiosos e autores leigos com declarações falsas. De fato, parte dos especialistas afirma que a mortalha de Lirey foi obra de falsários.
Danos No Santo Sudário: Capela De Chambery
Em 1532, o sudário sofreu danos de um incêndio na capela de Chambery, capital da região de Saboia, local no qual estava armazenado. Uma gota de prata derretida do relicário produziu a marca nas camadas do pano dobrado. No ano de 1578, Emmanuel Philibert, duque de Saboia, ordenou que o pano fosse levado de Chambery para Turim. Reparos feitos para a mortalha em 1694 por Sebastian Valfre se direcionaram a melhorar os reparos das freiras. Outros remendos aconteceram em 1868, trabalho de Clotilde de Saboia.
Um incêndio criminoso ameaça a mortalha em 11 de abril de 1997. Em 2002, a Santa Sé teve o manto restaurado. O pano de apoio e trinta manchas foram removidos, tornando-se possível fotografar e digitalizar o verso do tecido que tinha sido escondido da vista dos olhos humanos.
Exposição Do Sudário
O Sudário foi colocado de volta em exposição pública (18 ª vez na história), em Turim, de 10 de abril a 23 de maio do ano de 2010. De acordo com funcionários da igreja católica, mais de dois milhões de visitantes fizeram a visita. Imagens da mortalha foram transmitidas pela televisão, em 30 de março de 2013.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
