Faraó era o título atribuído aos reis no Egito Antigo. A maioria dos faraós eram governantes tiranos que exerciam autoridade arbitrária e absoluta, tinham índoles e interesses diversos. Em cerca de três mil anos de tradição, passaram pelo trono homens e mulheres, com aspirações muito diferentes – alguns eram construtores misteriosos de pirâmides e poetas místicos – e que governaram uma das mais influentes civilizações da história.
Maldição Do Faraó – TUTANCÂMON
As histórias de maldições se multiplicaram no século XIX, depois que o arqueólogo Howard Carter descobriu a tumba do faraó Tutancâmon (11º faraó da XVIII dinastia do novo império), e a maldição do Faraó é uma lenda contemporânea que surgiu no início do século XX, e afirma que se uma pessoa perturbasse a múmia de um faraó do Egito antigo, ela seria amaldiçoada e morreria logo em seguida. Havia uma crença de que as tumbas dos faraós tinham maldições escritas sobre elas e em seus arredores, uma espécie de advertência para que as pessoas não entrassem. A maldição associada com a descoberta da tumba do faraó Tutancâmon é a mais famosa na cultura ocidental.
Tutancâmon era apelidado de Rei Tut, e foi um jovem faraó egípcio que faleceu com apenas 19 anos (em 1324 a. C.), com problemas na estrutura óssea, causados provavelmente pela malária, não deixou herdeiros, e seu reinado durou apenas nove anos. Segundo estudiosos egípcios, ele se casou aos 10 anos de idade com sua meia irmã que tinha 12, que se chamava Anchsenpaaton. Assumiu o trono quando tinha apenas dez anos, e restaurou os antigos cultos aos deuses. O seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, porque morreu ainda muito novo, mas mesmo assim, fascina a imaginação moderna por ter sido uma das raras sepulturas reais encontradas parcialmente intacta.
Tudo tece início em 1891, quando o arqueólogo britânico Howard Carter foi ao Egito com o intuito de ser o descobridor de um sepulcro ainda não profanado. Lord Carnarvon, era um nobre aristocrata inglês e estudioso do Egito Antigo, e custeou a expedição.
Os faraós eram sepultados no Vale dos Reis, e alguns arqueólogos afirmam que ainda é o local mais rico do planeta. Howard Carter e Lord Carnarvon exploraram o vale metodicamente e foram os responsáveis pela grande descoberta em novembro de 1922, mas a câmara funerária só foi aberta oficialmente no dia 16 de Fevereiro de 1923, diante das autoridades egípcias.
Mumificação
A civilização egípcia tinha uma visão sobrenatural e peculiar sobre a morte, preservavam corpos para as jornadas em outros mundos, para isso, criaram a mumificação. Acreditava-se que eles necessitariam de seus bens materiais após a morte, por isso eram enterrados junto com os faraós. Para impedir que as tumbas fossem violadas e que eles permanecessem em paz, os sepulcros eram escondidos em lugares inacessíveis, pois ladrões saqueavam os principais sítios arqueológicos para pegar os tesouros dos grandes reis. Ainda hoje, mesmo com o desenvolvimento tecnológico, não foi possível compreender como realizavam o procedimento. A múmia de Tutancâmon estava intocável em seu sarcófago, protegido por uma máscara dourada, em um esquife tecido por ouro maciço, quando foi descoberta, continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre a civilização egípcia.
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Maldição Ou Coincidência?
A lenda afirma que alguns arqueólogos da equipe que desenterrou a múmia do faraó morreram de causas sobrenaturais. É verídico que vários membros da equipe morreram alguns anos depois da descoberta, inclusive o aristocatra Lord Carnarvon. Ele chegou eufórico ao Egito poucos dias depois da descoberta, cinco meses depois ele foi o primeiro a adoecer, e morreu de repente. Alguns afirmavam que ele provavelmente foi picado por um mosquito que provocou uma infecção, e que na bochecha do Faraó foi encontrada uma marca de picada no mesmo local em que Lord Carnarvon teria sido lesionado. Em 1929, mais dez pessoas envolvidas na expedição e descoberta morreram prematuramente sem qualquer razão aparente. A maldição jamais foi completamente elucidada. Curiosamente, Howard Carter, só morreu treze anos depois.
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O Vinho De Tutacâmon
Muitos aspectos da história da humanidade e do vinho foram descobertos quando a tumba intacta de Tutacâmon foi encontrada. Um dos aspectos que os cientistas estudaram, foi a viticultura (Cultivo das vinhas e o cuidado das plantações) dos primórdios da humanidade. Foram encontrados na tumba vasos e jarras de vinho (ânforas), que demonstraram como a viticultura já era organizada naquela época. As 26 ânforas – pesquisas comprovaram que havia vinho tinto, branco e fortificado – encontradas com Tutancâmon tinham a indicação do ano da safra, o faraó possuía seu próprio vinhedo, cuja produção era usada nos rituais funerário e no culto aos deuses.
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Descobertas Recentes- 2013
Cientistas britânicos acreditam que o famoso faraó Tutacâmon na verdade morreu atropelado por uma carruagem. A conclusão é de um estudo do instituto chamado “Egypt exploration society”, e seu conteúdo completo foi revelado através de um documentário transmitido na televisão britânica. A pesquisa revelou que o faraó apresentava ferimentos similares produzidos por uma colisão com uma carruagem. O diretor da instituição (Chris Naunton) revelou que ele foi ó único faraó encontrado sem o coração, e que sua mumificação foi um fracasso. A afirmação é baseada nas evidências de carne carbonizada encontrada num exame profundo nos ossos dele, que foi realizado pelo antropólogo Robert Connolly, na Universidade de Liverpool em 1969 (Howard Carter e Lord Carnarvon notaram os sinais de queimaduras em 1922, o exame de 1969 apenas confirmou a suspeita).
O antropólogo também conseguiu determinar (com provas químicas) que a carbonização ocorreu no interior do sarcófago, quando os óleos de embalsamar entraram em combustão por causa do oxigênio e telas, essa reação submeteu o corpo dele a temperaturas superiores aos 200 °C. Com todas essas evidências, o instituto trabalhou juntamente com o Instituto médico-legal Cranfield para realizarem uma autópsia virtual, para melhor análise dos traumatismos da múmia. As feridas foram comparadas em um cenário virtual simulado por computador, o resultado apontou que uma carruagem bateu violentamente quando ele estava de joelhos, assim, sua pélvis foi esmagada e sua costelas pressionaram os órgão vitais.
