Origem do Super Nintendo

O mundo dos games, atualmente, são muito badalados e acompanhados por revistas e sites especializados nisso. Hoje, os consoles estão muito avançados, se comparados aos antigos, de 20 anos atrás. Recursos como o 3D, as interações por meio dos movimentos e outros deixam mais emocionante a experiência de jogar os mais variados jogos.

Mas, para quem viveu a sua infância e adolescência nos anos 90, certamente irá dizer que os melhores videogames foram criados naquela época. Muitos se recordarão da Sega, uma empresa neste ramo que também tinha uma influência neste mercado, muito promissor naquele tempo.

Mas, nós vamos falar aqui da que, apesar de não ser pioneira nessa tecnologia, conseguiu uma grande leva de fanáticos. A japonesa Nintendo, que, entre outros, se consagrou com o Super Famicom, um videogame doméstico que soube prender a atenção de seus jogadores.

Para quem não sabe o que é o Super Famicom, vou dizer o nome mais conhecido dele no resto do mundo: Super Nintendo, ou somente abreviado para SNES. O console de 16 bits revolucionou em termos de jogabilidade, gráfico e também trilhas sonoras, especialmente em alguns games famosos do console.

Nós vamos, mais a frente, abordar a história do SNES (vamos chamá-lo assim para não ficar enjoativo), as razões para o seu lançamento, o impacto na sociedade, e alguns jogos que marcaram, tanto pelo seu enredo quanto pela trilha sonora que lhe foi aplicada. Então, vamos lá?

SNES – Razões Para a Sua Origem

As ideias para lançar um novo console vieram em meados do final da década de 1980. A Sega, jovem nesse conceito, acabara de lançar o Mega Drive, o primeiro vídeo game de 16 bits. Totalmente tecnológico e avançado, o Mega Drive conquistou muitos países, inclusive os EUA. A Nintendo, com o seu NES, foi ficando pra trás, em termos de tecnologia (Já que o NES era inferior ao Mega Drive) e também em liderança. Para você ter uma ideia, apesar de a Nintendo ter na época uma fatia de 90% no mercado dos consoles, o Mega Drive começava a despontar, sendo o maior sucesso da Sega. Ele já dava indícios de ameaçar o trono da Nintendo, que, vendo o risco iminente, convocou a sua cúpula para criarem outro vídeo game. E, foi daí, que o protótipo e o hardware foram criados para conceber o Super Nintendo.

O Super Nintendo

O Super Nintendo foi oficialmente lançado em terras japonesas no final do ano de 1990, sendo um videogame com missão de desbancar a Sega, que começava a fincar seus alicerces e a se consolidar neste meio de entretenimento.  Ele era mais tecnológico que o MegaDrive, mas ainda assim tinha um processador um pouco menos poderoso. Isso acarretava algumas lentidões em cenas que necessitavam de ação. Enquanto o SNES conseguia executar um jogo a 3,56MHz, o Mega Drive conseguia mais que o dobro, 7,67MHz.

Mesmo assim, o sucesso no Japão foi de imediato, já que o SNES poderia rodar jogos RPGs sem nenhum problema, visto que esse tipo de jogo era considerado lento, e assim, exigia menos do processador. Enquanto que o console da Sega poderia se dar bem com jogos que envolviam plataforma e também de plataforma.

O Super Nintendo Ganha o Mundo

O SNES foi lançado para os Estados Unidos da América tardiamente, quase um ano após o lançamento estrondoso no Japão. Algumas semanas mais tarde foi a vez do continente europeu começar a receber os exemplares do console. Já aqui na América do Sul, antes de 1993, somente se conseguia comprar um SNES no Brasil mediante importação. Isso acabou, quando em 1993 a Playtronic o lançou  por aqui.

Entretanto, esperando repetir o sucesso japonês, a Nintendo viu que os americanos e europeus não levaram muito a sério o seu console, dando preferência ao MegaDrive.  A demora do lançamento nesses territórios deu um gás para que a Sega se adiantasse e consolidasse o seu console. Ela investiu pesado em marketing nesses dois locais, o que contribuiu para a popularização. Embora a venda do SNES tenha sido satisfatório, A ‘’Era 16 Bits’’ era totalmente dominada pela Sega, assim como a Nintendo, com o seu NES, dominava a ‘’Era 8 Bits’’.

Se isso já não bastasse, a Nintendo teve ainda mais dor de cabeça: A Sega lança o ouriço Sonic e o jogo ‘’Sonic The Hedgehoc’’. O jogo, lançado com o propósito de bater frente a frente com o SNES surtiu resultado. Colocou a Nintendo e Mario, o símbolo da empresa, no chinelo. O ouriço azul tornou-se febre, se tornando uma verdadeira mania.

Apesar de deixar a Nintendo ocupando amargamente o segundo lugar, a Sega não contava que a companhia de Mario iria contra-atacar. A segunda colocação era inaceitável, e para chegar á liderança, a Nintendo lutou com unhas e dentes, lançando jogos que poderiam desbancar a Sega. A rival fazia o mesmo, e ambas as empresas ficavam nessa ‘’guerra’’, uma lançando um jogo melhor que a outra.

Mas a Nintendo dá a Volta por Cima

A Nintendo estava disposta a mostrar que não estava brincando, e que queria a todo custo a liderança mundial. Junto com a Capcom, lançou Street Fighter II, um jogo que já era conhecido na época arcade. Foi aí a arrancada para a primeira colocação. A Sega, lançou outros jogos, excelentes também, como Sonic 2.

Mas, foi em 1994, que a Nintendo apresentou a sua arma-secreta e, consequentemente, a levou para a liderança. O responsável por isso é o…

O Retorno de Kong

Donkey Kong foi lançado em 1981, em arcade, e foi ali o marco para Mario, mas também para Kong. Em 1994, a Nintendo, em conjunto com a Rare, lançou o primeiro da trilogia ‘’Donkey Kong Country. Foi ali o pontapé inicial para a Nintendo, que já estava conseguindo uma fatia considerável do mercado de consoles domésticos.

Apesar de ter lançado as continuações ‘’Donkey Kong Country 2’’ e ‘’Donkey Kong Country 3’’, sendo também sucessos, foi o primeiro a levar a Nintendo a liderança a locais fora do Japão.

E, Falando em DKC…

Vamos disponibilizar aqui, para aqueles que gostam de nostalgia, uma trilha sonora de Donkey Kong Country 2: Stickerbrush Symphony. Muitos irão se lembrar da ‘’Fase do Espinheiro’’, sendo ela difícil de completar. Ela é considerada como uma das melhores melodias do SNES. Ouça.

Aproveite.

Por Francisco Prado