Jogadores Que Sofreram Racismo

O caso de injúrias raciais contra o goleiro Aranha dos Santos é só um entre os vários de jogadores que sofreram racismo.  O goleiro foi atacado verbalmente pela torcida do Grêmio e o assunto virou caso de polícia. Vale lembrar que racismo no Brasil é crime e por isso, quem passou a cuidar do caso foi a Polícia Civil de Porto Alegre.

Aranha dos Santos foi vítima de racismo no dia 28 de agosto de 2014 durante uma partida da Copa do Brasil contra o Grêmio, durante a fase das oitavas de final. O goleiro estava sendo insultado e podia ouvir o que era falado contra ele, mas os torcedores racistas não contavam com as câmeras de televisão. Uma torcedora do Grêmio foi flagrada chamando o goleiro de “macaco” durante a transmissão, Patrícia Moreira. Mas, não foi ela, outros gremistas que tiveram postura racista também foram identificados e chamados pela polícia.

O caso de Aranha ganhou grande repercussão nacional e internacional. A torcedora sofreu ataques pessoais e também tentaram incendiar a casa onde ela morava. Ela passou a viver na casa de parentes, sempre mudando, com medo de represálias, enquanto a polícia seguiu com a investigação.

Outros Casos De Racismo No Futebol

Uma das justificativas da torcedora do Grêmio que foi flagrada chamando o goleiro do Santos de “macaco” quando pedia desculpas, foi dizer que fez aquilo levada pelo calor do jogo. Segundo ela, não era a sua intenção ofendê-lo e colocou a atitude como uma situação de jogo de futebol. Mas, será mesmo que é assim que funciona?

Se é somente uma desculpa ou se realmente as atitudes de racismo em campo acontecem pelo calor do jogo, o que não as justificam, não se pode afirmar, porém, a quantidade de casos impressiona.

Os jogadores não sofrem racismo só no Brasil e não somente os brasileiros são vítimas. Na Itália, por exemplo, Gabriel Tiné, com apenas 16 anos foi chamado pelos torcedores da Juventus do juvenil de “macaco”. Neste caso, não estamos falando nem mesmo do time principal e sim do campeonato sub-16, o que dá para perceber que o racismo está em todas as partes.

Não é de hoje que atletas vem pedindo medidas para acabar com esse tipo de comportamento dentro e fora de campo.

Outros Casos De Racismo Dentro E Fora Do Brasileira

1- O Neymar já foi vítima de racismo, quando jogava no Santos. O caso aconteceu durante um jogo entre Santos e Ituano e na época gerou uma grande polêmica em relação ao racismo.

Neymar chegou a questionar o técnico do Ituano, Roberto Fonseca, se ele tinha mesmo o chamado de “macaco”. Mas, como o jogador não tinha como provar o fato, resolveu não ir adiante e evitar toda a polêmica que começava a ser gerada com a situação. Porém, essa não foi a única vez que o jogador por esse tipo de situação.

A primeira vez foi fora do Brasil, na Escócia, no ano de 2011, quando participou de um amistoso vestindo a camisa da seleção brasileira. A torcida adversário fez o que é normal, vaiou o jogador cada vez que ele chutou a bola, mas um torcedor da Alemanha, que estava no meio dos brasileiros, jogou uma banana no campo, provocando o jogador.

2- A situação da banana jogada em campo aconteceu também com o lateral direito Daniel Alves. O brasileiro que joga no Barcelona foi ofendido por integrantes da torcida do Real Madrid. Em resposta, Daniel Alves pegou a banana, descascou e comeu um pedaço. Gerando uma grande “corrente” de “não somos macacos” na internet.

A atitude do jogador e a comoção nas redes sociais, acabou gerando uma outra polêmica, a de que um apresentador de televisão estava usando a situação para fins comerciais.

3- Outro caso de racismo em campo aconteceu envolvendo o ex-zagueiro Antônio Carlos, quando ele era jogador do Juventude. Ele teria feito gestos contra o volante do Grêmio, Jeovânio, durante um jogo do campeonato Gaúcho. Apesar de ter negado o ato racista, o jogador ganhou suspensão de 120 dias e terminou a carreira indo para o Santos e lá vestou a camisa que foi de Pelé, a número 10.

4- Grafite também esteve envolvido em um dos casos de racismo no futebol. Ele foi ofendido quando jogava no São Paulo e não pela torcida, mas pelo colega jogador do Quilmes da Argentina, Desábato. O caso aconteceu durante a Libertadores da América no ano de 2005.

Além das agressões verbais, o jogador empurrou o adversário e também foi expulso. A confusão rendeu para ele dois dias preso, mas Grafite acabou retirando a queixa que tinha feita contra o jogador argentino.

5- Roberto Carlos também sofreu com racismo na Rússia. Integrantes da torcida do Zenit jogou bananas no campo na direção de Roberto Carlos. Por causa da situação, o brasileiro saiu do campo antes de terminar a partida.

6- O jogador Manuel do Atlético-PR sofreu racismo por parte do zagueiro do Palmeiras, Danilo durante uma partida dos dois times na Copa do Brasil. Manuel foi chamado de macaco por Danilo e recebeu 11 partidas de suspensão do Campeonato Brasileiro. O julgamento pelo ato racista demorou 3 anos para acontecer e o jogador ainda teve que pagar 350 mil de multa.

7- Outro caso de racismo em campo brasileiro foi entre Máxi Lopez do Grêmio, na época, e Elicarlos, volante o time Cruzeiro. Máxi teria chamado Elicarlos de “mono”, que é a palavra macaco em espanhol. Apesar da confusão, ele não foi preso.

8- Obina foi outro jogador brasileiro que sofreu com o racismo. O caso aconteceu em 2010, em um jogo da Copa do Brasil.

Os insultos contra Obina também aconteceram durante um treino, os torcedores do time adversário gritavam “macaco”. O jogador quis responder em campo. Não gerou polêmica em busca dos torcedores racista, mas marcou 3 gols na partida seguinte.

As campanhas contra o racismo em campo são intensificadas no Brasil e no mundo. Em grandes eventos, como a Copa do Mundo e nos principais campeonatos. Mesmo assim, os casos de jogadores que sofreram racismo só aumentam.

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Categoria(s) do artigo:
Futebol

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